FATORES PREDITORES DA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA EM PRÉ-ESCOLARES ASSISTIDOS POR CRECHE PÚBLICA

Autores

  • Amanda Katarine Correia Paes Barreto Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem, Recife PE , Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem. Recife, PE - Brasil. http://orcid.org/0000-0001-7831-0517
  • Eliane Rolim de Holanda UFPE, Centro Acadêmico de Vitória, Núcleo de Enfermagem, Vitória de Santo Antão PE , Brasil, UFPE, Centro Acadêmico de Vitória, Núcleo de Enfermagem. Vitória de Santo Antão, PE - Brasil. http://orcid.org/0000-0001-6433-9271
  • Hákilla Pricyla de Jesus Souza Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem, Recife PE , Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem. Recife, PE - Brasil. http://orcid.org/0000-0002-2017-6703
  • Bruno Felipe Novaes Souza Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem, Recife PE , Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Departamento de Enfermagem. Recife, PE - Brasil. http://orcid.org/0000-0001-5738-3717

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v25i1.44495

Palavras-chave:

Infecções Respiratórias, Creches, Pré-Escolar, Saúde da Criança, Enfermagem Pediátrica

Resumo

Objetivo: avaliar os fatores preditores entre a ocorrência de infecção respiratória aguda e as condições clínicas e sociodemográficas de pré-escolares em uma creche pública. Método: estudo transversal desenvolvido com 121 acompanhantes responsáveis por crianças de dois a seis anos, em uma creche do município de Recife, Pernambuco, Brasil. Formulário semiestruturado foi utilizado para coleta de dados, realizada no período de maio a agosto de 2018, cujas informações diziam respeito às características clínicas e sociodemográficas dos pré-escolares e da família. Os dados foram submetidos a testes de associação na análise estatística bivariada e aplicada regressão logística múltipla. Resultados: encontrou-se prevalência de 40,5% de infecção respiratória aguda entre as crianças. A análise multivariada revelou que o tempo de permanência na creche superior a cinco horas (OR=2,448; IC95% 1,126-5,323; p=0,024) e a baixa escolaridade do responsável (OR=2,552; IC95% 1,179-5,528; p=0,017) dobraram a chance de a criança adquirir infecção respiratória aguda. Conclusão: a identificação dos fatores relacionados ao desenvolvimento de infecções respiratórias no ambiente pré-escolar fornece subsídios para a promoção da saúde das crianças com vistas à redução das internações por distúrbios respiratórios nesse grupo etário.

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Publicado

08-11-2021

Como Citar

1.
Barreto AKCP, Holanda ER de, Souza HP de J, Souza BFN. FATORES PREDITORES DA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA EM PRÉ-ESCOLARES ASSISTIDOS POR CRECHE PÚBLICA. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 8º de novembro de 2021 [citado 12º de setembro de 2024];25(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/44495

Edição

Seção

Pesquisa