A comunicação de más notícias pelo enfermeiro no cenário do cuidado obstétrico
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20160051Palavras-chave:
Comunicação, Comunicação em Saúde, Cuidados de Enfermagem, Enfermagem Obstétrica, Adaptação, PesarResumo
A comunicação de más notícias é uma difícil e importante tarefa da equipe de saúde. Na Obstetrícia, essa questão torna-se ainda mais complexa, pois esse cenário, que representa vida, vai de encontro às expectativas das mulheres, familiares e profissionais envolvidos. O estudo teve o objetivo de realizar uma análise reflexiva sobre a atuação do enfermeiro na comunicação de más notícias no cenário de cuidados obstétricos. Trata-se de estudo reflexivo para contribuir para o aprofundamento do tema na área da saúde. A notícia difícil é permeada de significados responsáveis por reações em todos os envolvidos, principalmente quando vinculada à presença inexorável da morte. Os enfermeiros aprendem na academia a auxiliar no processo de nascimento e de cura e não a lidar com situações de perdas ou de morte. A comunicação de notícias difíceis pode desencadear emoções que deixam o ouvinte incapaz de assimilar toda a conversa, portanto, a acolhida e o tempo de elaboração são fundamentais. Essa comunicação requer entrosamento da equipe entre si, com a mulher e sua família. Há lacunas nas pesquisas científicas que evidenciam a enfermagem como comunicadora de más notícias e apoiadora desse processo de enfrentamento.
Downloads
Referências
Broca PV, Ferreira MA. A equipe de enfermagem e a comunicação não verbal. REME - Rev Min Enferm. 2014[citado em 2016 jul. 15];18(3):697-702. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/956
Bramhall E. Effective communication skills in nursing practice. Nurs Stand. 2014[citado em 2016 jul. 15]; 29(14):53-9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25467362
Medeiros LA, Lustosa MA. A difícil tarefa de falar sobre morte no hospital. Rev SBPH. 2011[citado em 2016 jul. 15];14(2):203-27. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582011000200013
Silva MJP, Araújo MMT. Comunicação de cuidados paliativos. In: Carvalho RT, Parsons HF. Manual de cuidados paliativos. 2ª ed. São Paulo: Agência Nacional de Cuidados Paliativos; 2012. p.75-85.
Lancaster G, Kolakowsky-Hayner S, Kovacich J, Greer-Williams N. Interdisciplinary communication and collaboration among physicians, nurses, and unlicensed assistive personnel. J Nurs Scholarsh. 2015[citado em 2016 jul. 15];47(3):275-84. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25801466
Kübler-Ross E. Sobre a morte e o morrer: o que doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 8ª ed. São Paulo: Martins Fontes; 2005.
Pullen S, Golden MA, Cacciatore JJ. "I'll never forget those cold word as long as live": parent perceptions of death notification for stillbirth. J Soc Work End-of-Life Palliat Care. 2012[citado em 2016 jul. 15];8(4):339-55. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23194169
Rocha L, Monticelli M, Martins A, Scheidt D, Costa R, Borck M, Burigo RA. Sentimentos paternos relacionados à hospitalização do filho em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Enferm UFSM. 2012[citado em 2016 jul. 15]; 2(2):264-74. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/5382
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
Bandeira D, Cogo SB, Hildebrandt LM, Badke MR. A morte e o morrer no processo de formação de enfermeiros sob a ótica de docentes de enfermagem. Texto Contexto Enferm. Florianópolis. 2014[citado em 2016 jul. 15];23(2):400-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n2/pt_0104-0707-tce-23-02-00400.pdf
Steen SE. Perinatal death: bereavement interventions used by US and Spanish nurses and midwives. Int J Palliat Nurs. 2015[citado em 2016 jul. 15];21(2):79-86. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25715163
Mestriner RG. Uma realidade revisitada em tempos de Zika vírus e microcefalia: estamos preparados para comunicar um diagnóstico de deficiência? Ciênc Saúde (Porto Alegre). 2015[citado em 2016 jul. 15];8(3):98. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/292072389_Uma_realidade_revisitada_em_tempos_de_Zika_virus_e_microcefalia_Estamos_preparados_para_comunicar_um_diagnostico_de_deficiencia
Pontes EP, Couto DL, Lara HMS, Santana JCB. Comunicação não verbal na unidade de terapia intensiva pediátrica: percepção da equipe multidisciplinar. REME - Rev Min Enferm. 2014[citado em 2016 jul. 15];18(1):152-7. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/915
Paneque CM. Addressing perinatal bereavement. Metas Enferm. 2011[citado em 2016 jul. 15];14(5):58-61. Disponível em: http://www.enfermeria21.com/revistas/metas/articulo/80201/
Smart CJ, Smuth, BL. More than a band-aid: a transdisciplinary team approach to perinatal loss. MCN Am J Matern Child Nurs. 2013[citado em 2016 jul. 15];38(2):110-4. Disponível em: https://www.uregina.ca/nursing/assets/docs/pdf/notes-on-nursing.pdf
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.