A Enfermagem é a profissão que apresenta o mais alto risco de tensão e adoecimento pelo desgaste e estresse decorrentes do cotidiano, podendo haver sofrimento psicológico no momento em que não se é capaz de adequar o estado psíquico-mental à relação física. Conduziu-se este estudo com o objetivo de identificar o que motivou os profissionais de enfermagem a atuarem em saúde mental e a conhecer os possíveis problemas que essa atividade provoca em sua saúde. Para a realização da pesquisa, foram entrevistados 10 profissionais da equipe de enfermagem que trabalham em saúde mental há mais de um ano em uma instituição psiquiátrica substitutiva do sul de Minas Gerais, mediante entrevista semiestruturada com questões norteadoras sobre a atuação da equipe de enfermagem. Foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin como referencial metodológico e como referencial teórico utilizou-se a teoria de Margareth Newman. Por meio dos resultados obtidos percebeu-se que o ingresso na saúde mental se deu em razão da falta de opção para trabalhar em outras áreas ou pelo desemprego. O trabalho em saúde mental não interfere na saúde física e psíquica do trabalhador, sendo passível de satisfação e mudança de atitude. Concluiu-se que estudos dessa natureza podem contribuir para a reflexão da prática da equipe de enfermagem, com vistas à melhoria da assistência prestada ao indivíduo com transtorno mental, a partir da compreensão de que é necessário repensar os preconceitos que ainda existem em relação à saúde mental.
Enfermería es la profesión con mayor riesgo de tensión y enfermedades debido al desgaste y estrés del día a día. Puede llevar al sufrimiento psicológico si no se es capaz de adecuar el estado psíquico-mental a la relación física. El objetivo del presente estudio fue identificar el motivo por el cual los profesionales de enfermería eligieron trabajar con salud mental y conocer los posibles problemas que esta actividad provoca en su salud. Para realizar la investigación se llevaron a cabo entrevistas con 10 profesionales de enfermería de un hospital psiquiátrico sustitutivo del sur de Minas Gerais que trabajaban desde hacía más de un año en salud mental. Se realizaron entrevistas semi-estructuradas con preguntas sobre la actuación del equipo de enfermería. Se utilizó el Análisis de Contenido de Bardin como referente metodológico y, como referente teórico, la teoría de Margareth Newman. Los resultados indicaron que la elección de trabajar con salud mental se debía a la falta de opciones en otras áreas o al desempleo. El trabajo en salud mental no interfiere con la salud física o psíquica del trabajador y es susceptible de satisfacción y de llevar a cambios de postura. La conclusión de esta investigación es que estudios como éste pueden contribuir a la reflexión de la práctica del equipo de enfermería, con miras a mejorar la atención al individuo con trastorno mental, desde que se entienda que hay que repensar en los prejuicios que todavía se tienen contra la salud mental.
Nursing is the profession that presents the highest risk of tension and illness due to the burden and stress occurring in daily life, making it possible to generate psychological suffering at the moment when one is unable to adapt the psychic-mental state to the physical relationship. This study was conducted with the objective of identifying what motivated the nursing professionals to work within mental health, and to acknowledge the possible problems that this activity provoked in their health. To perform this research, ten nursing staff professionals who worked in mental health for more than one year in a substitutive psychiatric institution in the south of Minas Gerais were interviewed, by means of a semi-structured interview with guiding questions about the performance of the nursing team. The content analysis method of Bardin was used as the methodological reference, and as the theoretical reference, the theory of Margaret Newman was used. By means of the results achieved, it was perceived that entry into mental health was due to the lack of options for work in other areas or due to unemployment. The work in mental health did not interfere in the physical or psychological health of the staff, who were able to achieve satisfaction and a change in behavior. It was concluded that studies of this nature can contribute to reflection on the practice of the nursing staff, with a view to the improvement of the care given to the individual with mental illness, starting from the comprehension that it is necessary to rethink the prejudices that still exist in relation to mental health.