Buscou-se estimar os fatores associados à não realização do exame de Papanicolaou no município de Belo Horizonte, Minas Gerais, entre mulheres de 18-65 anos, durante o ano de 2008. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, utilizando-se dados de inquérito realizado por entrevistas telefônicas para monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis - VIGITEL 2008. Foram consideradas informações de 1.214 mulheres. Utilizou-se a regressão de Poisson para verificar a associação entre a não realização do exame de Papanicolaou com as variáveis independentes. A frequência de realização do exame entre as mulheres foi de 76,43% (IC 95%: 69,56-83,30). Ser jovem; possuir baixa escolaridade; viver sem companheiro; não ter realizado o exame de mamografia; declarar como ruim o estado de saúde; e não possuir diagnóstico médico de hipertensão mostraram associação independente com a não realização do teste. A prevalência do exame em Belo Horizonte foi satisfatória, porém insuficiente para impactar no perfil epidemiológico do câncer do colo uterino. É preciso fortalecer e qualificar as ações de promoção da saúde necessárias para mais adesão das mulheres que não estão realizando o exame de Papanicolaou.
Se ha buscado estimar los factores asociados a la no realización de la prueba de Papanicolaou en la ciudad de Belo Horizonte, Minas Gerais, entre mujeres de 18 a 65 años durante 2008. Se trata de un estudio transversal de base poblacional que utiliza datos de una investigación realizada por medio de entrevistas telefónicas para monitoreo de la frecuencia y distribución de factores de riesgo y protección para enfermedades crónicas no transmisibles - VIGITEL. Fueron consideradas informaciones de 1.214 mujeres. Fue utilizada la regresión de Poisson para verificar la asociación entre las variables de interés y la no realización de la prueba. La frecuencia de realización de la prueba fue de 76,4% (IC 95%: 69,56 - 83,30). Ser joven, tener baja escolaridad, vivir sin compañero, no haber realizado examen de mamografia, declarar tener mala salud y no tener diagnóstico médico de hipertensión son factores que mostraron asociación independiente a la no realización de la prueba. La prevalencia de la prueba en Belo Horizonte fue considerada satisfactoria; sin embargo, insuficiente como para repercutir en el perfil epidemiológico del cáncer de cuello uterino. Es necesario fortalecer y cualificar las acciones de promoción de la salud necesarias para que haya más adhesión a esta prueba.
This study aimed to estimate factors associated with the non-performance of the Papanicolaou test in women of 18 to 65 years of age in the city of Belo Horizonte, Brazil, in 2008. This work was a cross-sectional population based study, collecting data through questions asked in telephone interviews to monitor the frequency and distribution of risk and protective factors for non-communicable chronic diseases, entitled VIGITEL 2008. The collected data analyzed 1,214 women. Poisson Regression was used to verify the association between the non-performance of the Papanicolaou test and the independent variables. The frequency with which the Papanicolaou test was performed among the women of this study was of 76.43% (95% CI: 69.56 - 83.30). Being a teenager, low level of education; not living with a partner; not having performed a mammogram; referring to one's health condition as bad; and not having a medical diagnosis of hypertension showed independent associations with the non-performance of the Papanicolaou test. The prevalence of the examination in Belo Horizonte was satisfactory; however, it proved insufficient to impact the epidemiological profile of uterine cancer. Actions are necessary to strengthen health promotion regarding a greater adherence of women to Papanicolaou screening.