Percepção da equipe multidisciplinar acerca de fatores intervenientes na ocorrência de eventos adversos em um hospital universitário

Autores

  • Regiane Pereira Martins Lima CampinasSP, PUC- Campinas, Hospital e Maternidade Celso Pierro , Unidades de Terapia Intensiva, Brasil
  • Marta Maria Melleiro São PauloSP, USP, EE , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20130024

Palavras-chave:

Qualidade da Assistência à Saúde, Avaliação dos Serviços de Saúde, Gerenciamento de Riscos

Resumo

Os objetivos deste estudo foram analisar a percepção da equipe multidisciplinar de um hospital universitário acerca de fatores intervenientes na ocorrência de eventos adversos (EA) e relacioná-los com as dimensões de qualidade de Parasuraman, Zeilthaml e Berry. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa, com coleta prospectiva de dados. A população foi composta de 98 profissionais com bacharelado em saúde. A coleta de dados ocorreu no período de maio a junho de 2010, por meio da aplicação de um questionário, após a anuência do Comitê de Ética da referida instituição. Na caracterização dos profissionais verificou-se que a população constituiu-se, em sua maioria de adultos jovens, 74,5% eram do sexo feminino e 31,6% apresentavam pós-graduação latu senso. As percepções dos profissionais acerca dos fatores intervenientes na ocorrência de EA relacionados às dimensões de qualidade que se destacaram foram: responsividade com o direito à recusa do usuário a ser submetido a procedimentos, empatia com satisfação dos usuários e confiabilidade referente à indicação da instituição. Entre os participantes, as categorias profissionais que mais expressaram sua percepção foram os analistas clínicos, farmacêuticos e enfermeiros. Os EAs mais citados pelas categorias foram os efeitos patológicos esperados ou inesperados em bula para tratamento medicamentoso, erro de medicação e queda. Por conseguinte, esta pesquisa possibilitou conhecer a percepção da equipe multidisciplinar acerca dos fatores intervenientes na ocorrência de EA, fornecendo subsídios para a reformulação dos processos assistenciais e gerenciais com foco no gerenciamento de risco.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

1. Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS. To Err is Human. Washington (D.C.): Committee on Quality of Health Care in America; 2000.

2. Brasil. Resolução n.50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília; 2002. [Citado em 2011 abr. 23]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf

3. Brasil. Organização Nacional de Acreditação. Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Brasília: Organização Nacional de Acreditação; 2010.

4. Abboud CS, Feldman LB. Implantação do Programa de Gestão de Risco (PGR): experiência do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. Nursing. 2009; 11(129):71-6.

5. Hokerberg YHM, Santos MAB, Passos SRL, et al. O processo de construção de mapas de risco em um hospital público. Cienc Saúde Coletiva. 2006; 11(2):503-13.

6. Balestrin F. Gerenciamento de risco legal em saúde não evita apenas erros. Consultor Jurídico. 2003. [Citado em 2011 mar. 19]. Disponível em: http://www. conjur.com.br/2003 nov-7/importancia_gerenciamento_risco_legal_saude

7. Feldman LB. Como alcançar a qualidade nas instituições de saúde. Critérios de avaliações, procedimentos de controle, gerenciamento de riscos hospitalares até a certificação. São Paulo: Matinari; 2004.

8. Kern AE, Lima APF, Feldman LB. Gerenciamento de riscos. Rev GTH. 2010; 2(2):28-30.

9. Adami NP. Melhoria da qualidade nos serviços de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2000; 13(N Esp – Parte I):190-6.

10. Monzoni A. Erros de medicação e subnotificação. Rev Coren SP 2006; 8(70):8-9.

11. Zeithaml V, Parasuraman A, Berry LL. Delivering service quality: balancing customer perceptions and expectations. New York: The Free Press; 1990.

12. Parasuraman A, Zeithaml V, Berry LL. Refinement and reassessment of the SERVQUAL dimensions. J Retailing. 1991; 67:420-50.

13. Leape LL, Bates DW, Cullen DJ, et al. Systems analysis of adverse drug events. JAMA 1995; 274(1):35-43.

14. Táxis K, Barber N. Ethnographic study of incidence and severity of intravenous drug errors. BMJ. 2003; 326(7391): 684-7.

15. Carvalho VT, Cassiani SHDB. Erros na medicação e conseqüências para profissionais de enfermagem e clientes: um estudo exploratório. Rev Latinoam Enferm. 2002; 10(4):523-9.

16. Marin HF, Bourie P, Safran C. Desenvolvimento de um sistema de alerta para prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. Rev Latinoam Enferm. 2000; 8(3):34-41.

17. Vaitsman J, Andrade GRB. Satisfação e responsividade: formas de medir a qualidade e a humanização da assistência à saúde. Cienc Saúde Coletiva. 2005; 10(3):599-613.

Publicado

01-06-2013

Edição

Seção

Pesquisa

Deprecated: json_decode(): Passing null to parameter #1 ($json) of type string is deprecated in /var/www/html/ojs/plugins/generic/citations/CitationsPlugin.php on line 68

Como Citar

1.
Percepção da equipe multidisciplinar acerca de fatores intervenientes na ocorrência de eventos adversos em um hospital universitário. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de junho de 2013 [citado 13º de julho de 2025];17(2). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50242

Artigos Semelhantes

11-20 de 1625

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.