@article{Guimarães_2022, place={Belo Horizonte}, title={Necropolítica como gestão do luto}, volume={7}, url={https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e39331}, DOI={10.35699/2525-8036.2022.39331}, abstractNote={<p>O artigo, de natureza bibliográfica, discute a necropolítica como um dispositivo de poder que não só provoca a morte como busca impedir que o sofrimento gerado pela morte produza sensibilidade e comoção no espaço público, por meio de uma gestão do luto. A tese defendida é de que o luto, mais que um mero estado emocional de reação à perda, é capaz de levar à tomada de consciência sobre relações de dominação e restituir o estatuto de perdas humanas às mortes que a necropolítica tenta invisibilizar. Inicialmente, o artigo revisita a formulação do conceito de necropolítica em Achille Mbembe, mostrando como se pode expandir seu escopo original para compreender o luto como objeto do controle necropolítico. Em seguida, retoma a reflexão freudiana do luto como processo de recuperação da capacidade de engajamento com o mundo pela ressignificação da perda sofrida. Na sequência, relê as ideias de Freud à luz dos aportes oferecidos por Judith Butler, sobre a distribuição desigual da condição de ser passível de luto, e por Angela Harris, sobre o papel das emoções na crítica social, para teorizar sobre a possibilidade de uma experiência do luto que funcione como mecanismo de articulação política contra-hegemônica. Ao final, o artigo aborda alguns aspectos da administração da pandemia de covid-19 no Brasil como breve exemplo da gestão necropolítica do luto e das possibilidades de sua subversão à luz dos argumentos apresentados.</p>}, number={2}, journal={Revista de Ciências do Estado}, author={Guimarães, Heitor Moreira Lurine}, year={2022}, month={ago.}, pages={1–24} }