Revista de Ciências do Estado https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice <p><span style="font-weight: 400;">A Revista de Ciências do Estado – REVICE é um periódico científico discente fruto do jovem bacharelado em Ciências do Estado (2008) da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. A REVICE teve seu primeiro número publicado em julho de 2016, o qual inaugurou um novo campo de publicações na área das ciências do Estado. Bem como a graduação, a Revista de Ciências do Estado apresenta um perfil de intensa interdisciplinaridade, que parte dos saberes políticos, jurídicos e sociais para o diálogo transversal com as diversas áreas do conhecimento em Humanidades. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A REVICE se revelou, em seu curto período de existência, um importante centro de discussão científica tanto discente quanto docente que privilegia a abordagem crítica de problemas, teorias, doutrinas e realidades, tornando-se um espaço para a publicação de estudos filosóficos, históricos, problematizantes, teóricos ou práticos das ciências do Estado.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A Revista de Ciências do Estado pretende, ainda, construir um ambiente qualificado para discussão de temas que exigem abordagens diferenciadas e metodologias inovadoras, capazes de fazer frente aos desafios contemporâneos que afetam e, muitas vezes, confluem com o Estado, a Política, a Cidadania, os Estudos Estratégicos, a Administração e a Governança Públicas; por isso, serão privilegiados trabalhos que prezam por conexões originais e inovadoras nos campos do conhecimento e que retomam e dialogam com artigos anteriores da própria REVICE. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Inspirada na divisão entre dois percursos do bacharelado em Ciências do Estado, que se desdobra tanto no percurso de </span><em><span style="font-weight: 400;">Estado Democrático e Contemporaneidade</span></em><span style="font-weight: 400;"> como no percurso de </span><em><span style="font-weight: 400;">Democracia e Governança Social</span></em><span style="font-weight: 400;">, a REVICE aceita abordagens desde o local até o global. A Revista de Ciências do Estado pretende estimular os alunos de graduação e pós-graduação a formarem suas capacidades de pesquisa na área, contribuindo não apenas para sua formação acadêmica, mas também para a sociedade civil.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A Revista de Ciências do Estado é classificada pela Capes como A4 na Classificação de Periódicos do Quadriênio 2017-2020. e-ISSN 2525-8036 / ISSN 2595-6051.</span></p> Universidade Federal de Minas Gerais pt-BR Revista de Ciências do Estado 2595-6051 <p>1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.</p> <p>2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na&nbsp;<strong>Revista</strong>, desde que citada a fonte.</p> <p>3. Ao submeterem seus trabalhos à&nbsp;<strong>Revista </strong>os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).</p> <p>4. Os direitos autorais dos artigos publicados na&nbsp;<strong>Revista</strong>&nbsp;são do autor, com direitos de&nbsp;<strong>primeira publicação</strong>&nbsp;reservados para este periódico.</p> <p>5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).</p> <p>6. A&nbsp;<strong>Revista</strong>&nbsp;é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.</p> <p>7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.</p> <p>8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.</p> <p>9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.</p> Encantamento do direito pela filosofia popular brasileira https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e51777 <p>O presente artigo busca a interrelação entre os aspectos culturais do Direito e a sua contextualização a partir da filosofia popular brasileira, trazendo como proposta a descolonização constitucional por meio das epistemologias marginalizadas dos povos de terreiro e das categorias de sujeitos coletivos de Direito. Neste sentido, o artigo trabalha sob o marco teórico do pensamento crítico à colonialidade, passando pela construção sócio-histórica do Direito enquanto um dispositivo Moderno/Colonial de controle da alteridade, com a criação do outro absoluto. A partir da ótica da colonialidade do poder, do ser e do saber, o artigo realiza crítica à epistemologia fundante da teoria constitucional, arraigada pela racionalidade eurocêntrica, apostando na pluridiversidade como potência democrática para o exercício da cidadania. Em consequência, identifica no ebó epistemológico do Direito a chave de leitura para a desencriptação constitucional, tendo como pano teórico-político a análise filosófica arruaceira, sugerindo, portanto, uma teoria constitucional popular.</p> Danilo Sardinha Marcolino Copyright (c) 2024 Danilo Sardinha Marcolino https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-16 2024-09-16 9 2 1 21 10.35699/2525-8036.2024.51777 Uma nova mudança estrutural da esfera pública? https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e51998 <p>Sessenta anos após o diagnóstico de <em>Mudança estrutural da esfera pública</em> (1962) e trinta anos após o diagnóstico de <em>Facticidade e validade (1992), </em>os impactos da digitalização, impulsionados pela rede mundial de computadores, da política econômica neoliberal nos fornecem um cenário ambíguo. Por um lado, novas esferas públicas são inauguradas a todo o tempo pelas sociedades civis por meio de uma tecnologia midiática que não se circunscreve ao território dos Estados-nação. Por outro lado, a expansão midiática e econômica desregulamentada produz fenômenos patológicos que ameaçam o modelo democrático-deliberativo de perda da sua dimensão epistêmica. Explicar esses fenômenos é o que motivou Habermas em <em>Ein neuer Strukturwandel der Öffentlichkeit und die deliberative Politik</em> (2022), obra que suscitou uma ampla apreciação mundo afora, da qual destacamos a intervenção de William Scheuerman no simpósio organizado pelo periódico <em>Constellations</em> (2023). Primeiro, o diagnóstico habermasiano será explicitado e confrontado com as críticas a ele dirigidas por W. Scheuerman em sua contribuição. Os argumentos de W. Scheuerman demandam uma reconstrução do diagnóstico habermasiano sob o pano de fundo das premissas da Teoria Discursiva do Direito e da Democracia (1992), demonstrando sua compatibilidade. Em terceiro lugar, contrastam a proposta habermasiana em 1992 com as críticas mais abrangentes de W. Scheuerman, desenvolvidas em outros textos. Em quarto lugar, reconstruir-se-á a constelação conceitual formada por <em>democracia deliberativa</em>, <em>esfera pública</em> e <em>aprendizagem social</em>, confrontando as críticas de William Scheuerman à Teoria Discursiva do Direito e da Democracia habermasiana, especialmente quanto ao valor posicional do seu conceito de democracia deliberativa.</p> João Pedro Lopes Fernandes Marina de Souza Pompermayer Copyright (c) 2024 João Pedro Lopes Fernandes, Marina de Souza Pompermayer http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-09-10 2024-09-10 9 2 1 28 10.35699/2525-8036.2024.51998 Karl Marx, um cidadão do mundo https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e51039 <p class="western" lang="pt-BR" align="justify">Neste trabalho, resenhamos a obra O velho Marx: uma biografia de seus últimos anos (1881-1883), do escritor italiano Marcello Musto, que é nos dias atuais uma das principais referências internacionais das pesquisas sobre a retomada dos estudos sobre a vida e a produção teórica de Karl Marx. O livro foi pensado como uma série de produções literárias, historiográficas e audiovisuais que buscam redescobrir o conjunto analítico marxiano, priorizando as pesquisas, ainda inéditas em língua portuguesa, cujas abordagens trazem fatos e curiosidades da vida do filósofo alemão, principalmente com informações pouco conhecidas da incursão analítica de Karl Marx nas áreas da matemática, botânica, antropologia, e outros temas desconhecidos do grande público, contribuindo, de forma relevante, para a divulgação e a valorização do pensamento marxiano.</p> Alexandre Francisco Braga Copyright (c) 2024 Alexandre Francisco Braga https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-18 2024-09-18 9 2 1 12 10.35699/2525-8036.2024.51039 Do poder pastoral e a direita cristã: imbricações https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e51261 <p>O objetivo deste texto é fazer uma breve análise do uso do poder pastoral na estruturação da direita cristã nos Estados Unidos e na redação da agenda política desta, fazendo-a convergir com o neoconservadorismo de origem leiga. Além disso, introduz-se na compreensão do poder pastoral como técnica de poder que constitui o sujeito evangélico e traça sua <em>agere et figura</em> nos termos da anatomopolítica e da biopolítica brindados por Michel Foucault. Secundariamente, depois de introduzir os tópicos, trataremos da gênese do poder pastoral com ênfase na metáfora pastor-rebanho para daí explanar a configuração do poder pastoral como <em>epimeleia ton allon</em> e como <em>omnes et singulatim</em> e detalhar suas características, princípios e propriedades. No próximo tópico, explicaremos as duas principais técnicas do poder pastoral na modernidade e o mecanismo da oikonomia das almas como tecnologia do poder. Em uma quarta secção, percorreremos as principais transformações do poder pastoral na modernidade para entender sua nova relação com o estado-mercado na constituição do sujeito moderno. Em quinto lugar, veremos, pela mão do texto "Neoconservadorismo de periferia" de Marina Basso Lacerda; o entrelaçamento do <em>establishment</em> com a agenda do movimento evangélico, isto ao longo do século XX e com o poder pastoral como charneira.</p> Jorge Enmanuel Pérez de Zayas Copyright (c) 2024 Jorge Enmanuel Pérez de Zayas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-06 2024-10-06 9 2 1 24 10.35699/2525-8036.2024.51261