Revista do Centro Pedagógico

JANELAS VIRTUAIS E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA DURANTE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

2023-02-06T07:58:34-03:00

Este texto apresenta o trabalho de docência compartilhada, entre professoras de português do 5º ano escolar, durante os processos de trocas e de conhecimentos de uma realidade virtual que se impunha à educação, no momento em que o mundo se viu às voltas sobre que rumos a vida tomaria quando se instauraram o isolamento social e as medidas para contenção da pandemia. Fazia-se necessário que currículos e metodologias fossem adaptados para o ensino remoto. Era urgente conquistar a confiança de famílias e, especialmente, de crianças, para que os recursos tecnológicos passassem de companheiros de lazer, de acesso a redes sociais, a tecnologias imprescindíveis para o acompanhamento escolar. Saímos do presencial para o virtual e janelas foram abertas ou não. A leitura e o mundo dos saberes, das palavras, se fizeram presente. Com todos os desafios impostos, as janelas da literatura se abriram, fossem elas janelas virtuais ou janelas da alma. A sensibilidade se aflorou em gincanas literárias, na escrita de narrativas, em contação de histórias, acreditando que ali estariam linguístico, cultural, social e, (por que não dizer?) pessoal. Frutos da plataforma Árvore de livros foram colhidos, a comunicação se fez por página de diário, por outros gêneros e por momentos em que a fantasia deu lugar à fuga de um mundo de aprendizagens individuais e solitárias,
mas também solidárias. Este é o trabalho: apresentar um pouco do fazer docente de língua portuguesa para o quinto ano no Ensino Fundamental, em janelas virtuais que se abriam para as possibilidades.

PRECISAMOS DE AFETO PARA (RE)ENCONTRAR O FIO DA MEADA

2023-08-02T09:29:06-03:00

Este texto é fruto de um trabalho investigativo-formativo que se encontra em andamento, sendo realizado por docentes de Matemática do Centro Pedagógico da Escola de Educação Básica e Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais. Inspirados pela experiência de uma das professoras com a “Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas” (SUAREZ, 2011), os autores desenvolveram um processo de escrita de narrativas sobre suas experiências pedagógicas com o Ensino Remoto Emergencial e refletiram coletivamente sobre elas. O texto narra, em primeira pessoa do plural, os primeiros movimentos dessa experiência de “pesquisa-formação” (PASSEGGI, 2016) entre pares, trazendo à tona uma das lições tecidas por docentes de Matemática que, diante do desafio de vivenciar a escola no contexto da pandemia da Covid-19, reconstruíram sentidos para o pensar, o sentir, o fazer e o ser docentes da educação básica. “Precisamos de afeto para (re)encontrar o fio da meada” é uma lição que condensa vários sentidos importantes para os autores em torno da temática da afetividade na docência. O artigo é a primeira produção compartilhada pelo grupo, em que os autores construíram um modo de contar o que lhes aconteceu desde o início da pandemia e como foram percebendo o afeto como uma necessidade da docência (e da vida).

PALCO ABERTO DO CP/UFMG: UM CONVITE À EXPERIÊNCIA ARTÍSTICA EM DISTANCIAMENTO FÍSICO

2023-08-03T07:54:56-03:00

O presente artigo apresenta o Palco Aberto, evento organizado pelo Programa de Extensão Encontros com Arte, do Núcleo de Arte do Centro Pedagógico da UFMG, com foco nas edições realizadas no contexto da pandemia da Covid-19: o Palco Aberto #Em Casa, em 2020, e o Palco Aberto Cenários, em 2021. Pretende-se explanar sobre a adaptação do evento para o formato on-line, considerando a participação da comunidade escolar ingressa e egressa, a repercussão do evento na comunidade universitária e os desdobramentos do Palco Aberto nas duas edições citadas. Por via da restruturação do evento para que ele pudesse aproximar pessoas em distanciamento físico, o artigo aponta sobre formas de promover conexões por meio do fazer e da apreciação artística, de modo a dar visibilidade às inúmeras formas de expressão artística e cultural.

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL DO CENTRO PEDAGÓGICO: LIMITES E ARRANJOS

2023-08-02T10:06:15-03:00

A pandemia provocada pela Covid-19 desafiou e demandou novos arranjos para a humanidade enfrentá-la e manter minimamente seus modos de viver. No campo da Educação, do qual destacamos a Educação Física, não foi diferente. O presente artigo objetiva a partilha das experiências dos professores do Núcleo de Educação Física do Centro Pedagógico/UFMG no enfrentamento da pandemia com o Ensino Remoto Emergencial implementado nessa escola. Os rearranjos pedagógicos e tecnológicos para se pensar o corpo e o movimento no ensino da Educação Física são aqui relatados a partir da organização empregada nos três ciclos de formação humana da escola.

A EXPERIÊNCIA DE COORDENAR O PROGRAMA IMERSÃO DOCENTE NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

2023-08-02T10:13:55-03:00

Este texto apresenta reflexões tecidas pelo movimento de narrar experiências vivenciadas em 2020, no contexto do Ensino Remoto Emergencial, pela equipe de coordenação geral do Programa Imersão Docente do Centro Pedagógico (CP) da Escola de Educação Básica e Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Programa Imersão Docente (PID) destina-se à formação de estudantes das licenciaturas e outros cursos da UFMG que formam profissionais para atuar na educação, por meio de sua imersão em uma escola de ensino fundamental, com o exercício de atividades integradas ao cotidiano da mesma e com a vivência de tempos e espaços que promovem a reflexão coletiva sobre essas atividades. A coordenação geral do programa é feita por uma equipe constituída por dois docentes e uma técnica em assuntos educacionais que atuam no Setor de Formação Docente e Profissional do CP. No ano de 2020, a equipe também contava com uma estudante de licenciatura que era bolsista desse setor. No cenário da pandemia da Covid-19, as experiências relatadas no texto transitam entre os movimentos que possibilitaram a produção do novo documento institucional (CENTRO PEDAGÓGICO, 2020) do PID e a coordenação de encontros que, inspirados na “Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas” (SUÁREZ, 2011), propiciaram que os participantes do PID pudessem escrever, ler e conversar sobre suas “experiências de formação” (FARIA, 2018). Entre as reflexões apresentadas, os autores destacam a importância dos movimentos de parar, respirar, narrar e refletir sobre suas práticas e o potencial das narrativas para promover processos reflexivos na formação inicial docente.

POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM SOBRE A PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

2023-08-03T07:35:31-03:00

O objetivo deste texto é compartilhar o processo reflexivo ocorrido, a partir de uma reunião de orientação entre uma monitora participante do Projeto de Imersão Docente e sua orientadora, tendo em vista as contribuições do processo de observação, de registro, de reflexividade e autoria para a formação docente. O que suscitou esta reflexão ocorreu durante uma reunião de orientação semanal, a partir de um comentário feito pela monitora - que nos pareceu despretensioso, à primeira vista - de que uma das aulas que ela havia observado teria sido rápida. Ao lançarmos uma percepção mais apurada para o comentário verbalizado, “a aula de Matemática foi rápida” buscamos descobrir, inicialmente, o que o comentário escondia, e também revelava, do ponto de vista da prática pedagógica e da aprendizagem de estratégias didáticas, no contexto da formação docente. Ao longo do processo de orientação, sucessivas perguntas foram feitas para conhecer o contexto das aulas, contrapondo os possíveis objetivos das professoras e as possibilidades para conhecer elementos da prática docente. A observação e o registro possibilitaram potencializar o processo reflexivo sobre o que foi vivido na perspectiva dos sujeitos docentes autores. Consideramos que a produção do presente texto funcionou, na perspectiva da reflexividade, como um dispositivo para a formação docente.

GESTÃO ESCOLAR NO CENTRO PEDAGÓGICO/UFMG E UM CONVITE À PROFISSIONALIZAÇÃO

2023-08-03T07:40:49-03:00

A partir da experiência como vice-diretor e diretor do Centro Pedagógico da UFMG, este relato busca trazer algumas reflexões preliminares a respeito das condições de trabalho dos professores que decidem contribuir na gestão escolar deste Colégio de Aplicação em específico, mas que podem ser transpostas para outras realidades. O texto busca relatar, em linhas gerais, o cenário que se apresenta aos gestores, para em seguida apontar a necessidade de haver investimentos prévios em preparo técnico, e também durante a gestão, considerando as diversas variáveis que envolvem a gestão escolar, especialmente para que haja embasamento para se dialogar com as especificidades de cada setor e cada profissional. A ausência de abordagens acadêmicas dessa natureza durante a formação da maior parte dos docentes, com o consequente despreparo para este trabalho, constitui um problema que torna o desenvolvimento institucional mais lento, ou mesmo o condicionamento de ocupação de cargos de gestão por profissionais com formações acadêmicas específicas. Reforça-se, no entanto, que mesmo com esses desafios, entende-se que a gestão escolar deve ser feita pelos próprios professores da Instituição - os quais possuem vínculos e compromissos de longo prazo -, sem que haja intervenções ou ingerências externas.

REFLEXÕES E PERSPECTIVAS SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR EM GESTÃO ESCOLAR NO ERE

2023-08-03T07:46:09-03:00

Neste artigo, refletimos sobre a percepção de entrevistados sobre as ações realizadas pela Gestão Escolar para minimizar os impactos da pandemia de COVID-19 no processo de ensino e aprendizagem, que gerou a necessidade de afastamento físico e um ensino não-presencial. Entre essas ações gestoras, elencamos: a continuidade de promoção de Estágios Curriculares (o nosso foco é o estágio em Gestão Escolar) mesmo à distância, a necessidade de implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para possibilitar o ensino e a aprendizagem, e, a disponibilização de meios para garantir que os estudantes público-alvo de educação especial, os casos de inclusão bem como os estudantes em condição de vulnerabilidade social pudessem ter acesso a uma formação humana integral, tal qual norteia a missão educacional do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais.

APRESENTAÇÃO: O CP NO ERÊ

2023-01-31T10:31:58-03:00

Começamos a apresentação deste Volume 1, de estreia da Revista do Centro Pedagógico, que versa sobre o processo de ensino e aprendizagem na modalidade remota exigida pelo contexto pandêmico de 2020-2021, com uma constatação: o Ensino Remoto Emergencial (ERE) tal como ocorreu no colégio de aplicação da UFMG foi diferenciado. Um dos aspectos que nos leva à essa reflexão é a reconfiguração das aulas via Moodle visando o público alvo: crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos do Ensino Fundamental.