OS IMPLEMENTOS DA VIOLÊNCIA E O PROGRESSO TECNOLÓGICO EM ARENDT

Autores

  • José João Neves Barbosa Vicente Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
  • Reinaldo Batista dos Santos Filho Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Resumo

Neste texto abordaremos as implicações da ideia de progresso defendida no século XIX, segundo o pensamento de Arendt, a partir do ensaio Sobre a violência . A violência se constitui como sendo de caráter instrumental – uma vez que por instrumental entende-se todo armamento bélico em potencial para fazer a guerra – enquanto que o poder pressupõe ação em grupo. O implemento de armas é a condição necessária para a constituição da violência. O progresso ilimitado, defendido pelos hommes de lettres do século XIX, é o desenvolvimento do que já temos em algo melhor, maior, etc. E, segundo essa concepção, a história é considerada como um processo cronológico contínuo, em que o progresso é ademais inevitável. Porém, as imprevisíveis consequências do desenvolvimento bélico – como a destruição dos que se engajam no aperfeiçoamento de armas – coincidem com o progresso da ciência e estão em muitos casos levando ao desastre. Este artigo tem por objetivo reunir elementos conceituais a fim de responder a seguinte questão: a ação seria suficiente para interromper o processo cronológico contínuo da história? Levando-se em conta a instrumentalização bélica e o progresso técnico do século XX, buscar-se-á, por intermédio desta investigação, um diálogo entre a obra da pensadora semita e a realidade política da atualidade. 

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Biografia do Autor

José João Neves Barbosa Vicente, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Reinaldo Batista dos Santos Filho, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

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Publicado

2017-04-24