https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/issue/feed (Des)troços: revista de pensamento radical 2024-04-22T01:33:08-03:00 Andityas Soares de Moura Costa Matos | Editor-chefe destrocos@direito.ufmg.br Open Journal Systems <p><em><span style="font-weight: 400;">(Des)troços: revista de pensamento radical</span></em><span style="font-weight: 400;"> (e-ISSN 2763-518X) é um periódico eletrônico semestral, de acesso aberto, publicação contínua do grupo de pesquisa </span><em><span style="font-weight: 400;">O estado de exceção no Brasil contemporâneo: para uma leitura crítica do argumento de emergência no cenário político-jurídico nacional</span></em><span style="font-weight: 400;"> da Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Nossa linha editorial propõe escovar a tradição filosófica a contrapelo, fazendo emergir correntes subterrâneas ou marginais do pensamento com o objetivo de promover uma crítica radical e não disciplinar dos discursos filosóficos que moldaram e moldam a construção do Direito e do Estado no Ocidente. Esses discursos, embasados em visões autoritárias do político, ocultam estruturas e dispositivos de dominação, tais como gênero, classe, raça e sexualidade, os quais acabam por normalizar a exceção e legitimar a violência do poder político-jurídico.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O periódico aceita trabalhos em fluxo contínuo para os dois números do volume anual, além de contribuições para os dossiês temáticos.</span></p> https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/47480 Le corps noir et le racisme dans Lupin (2021) de George Kay et François Uzan 2024-01-12T11:02:30-03:00 Beaton Galafa bgalafa@unima.ac.mw <p>Alors que les pays occidentaux continuent d’évoluer vers des sociétés qui embrassent aujourd’hui la diversité, nous sommes souvent confrontés à des événements qui vont à l’encontre du récit du multiracialisme et de la multiethnicité. Ainsi, le racisme et les stéréotypes, qui ont servi de base au colonialisme et à l’esclavage, sont des phénomènes récurrents. En France, par exemple, le racisme et les stéréotypes restent des motifs de la culture populaire, signalant l’existence de ces phénomènes dans la société contemporaine. Une production intéressante dans laquelle de tels thèmes sont récurrents est la série <em>Lupin </em>(2021) de George Kay et François Uzan. Dans cet article, l’auteur analyse la représentation du corps noir vis-à-vis de la race et des stéréotypes de la société française contemporaine dans la série. Partant de travaux universitaires qui abordent la question du racisme et de la représentation des corps noirs dans le cinéma français sous différents angles, l’auteur se concentre sur le racisme et les stéréotypes, avant de s’intéresser à l’image globale : un corps noir en révolte à travers les exploits d’Assane Diop, le protagoniste. Dans son analyse, l’auteur s’appuie sur <em>La condition noire</em> (2008) de Pap Ndiaye, qui soutient que le fait d’être noir est systématiquement associé à des positions spécifiques dans les hiérarchies sociales. Ce lien est perpétué par le discours raciste, et les individus se voient attribuer certaines caractéristiques sur la base de ce postulat.</p> 2023-11-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Beaton Galafa https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/47769 A migração como forma-de-vida 2024-02-12T23:23:26-03:00 Maria Lucia Rodrigues da Cruz mari.luciac@gmail.com <p>O presente artigo perfaz uma imersão no campo da linguagem, pensando o conceito de forma-de-vida numa dimensão política no campo das migrações. Para isso, recorremos aos trabalhos de Giorgio Agamben, especialmente as obras <em>Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua</em> (1995), <em>Altíssima Pobreza: regras monásticas e forma de vida</em> (2011), <em>O uso dos corpos</em> (2017). Procedemos um caminho metodológico fundado numa análise interpretativa dessas obras. Assim, argumentamos que a migração pode ser compreendida enquanto forma-de-vida. Nesse sentido, finalmente, estabelecemos uma relação entre o conceito de formas-de-vida e a temática das migrações, almejando radicalizar determinada ruptura dos limites normativos presentes na linguagem da política atual – que apenas tem se preocupado em realizar a captura biopolítica das vidas, separando-as de suas formas.</p> <p> </p> 2024-02-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Maria Lucia Rodrigues da Cruz https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/52365 O que pode um corpo queer? 2024-04-22T01:33:08-03:00 Thiago César Carvalho dos Santos carvalho.thiagoc@gmail.com 2024-04-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Thiago César Carvalho dos Santos https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48656 Visibilidade radical, performance genderfuck e desidentificação, ou como a subversão queer crip veste a teoria política 2024-01-12T11:02:27-03:00 Erwan Sommerer erwan.sommerer@univ-angers.fr Fransuelen Geremias Silva fransuelensilva@hotmail.com <p>Tradução de:<br />SOMMERER Erwan. Visibilité radicale, performance genderfuck et désidentification, ou comment la subversion <em>queer crip</em> habille la théorie politique. In: HOURMANT François, SOMMERER Erwan (org.). <em>Vêtements, modes et résistance</em>. Paris: Hermann, 2023.</p> 2023-12-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Erwan Sommerer; Fransuelen Geremias Silva https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48625 Da “testo” ao texto 2024-03-12T10:07:02-03:00 Alinne Nogueira Silva Coppus alinnenogueiracoppus@gmail.com Lorena Loures lorena.s.loures@gmail.com <p>As dissidências de gênero materializam uma subversão pós-moderna dos termos da identidade e da identificação, as quais ganham uma conotação simbólica dado o lugar fulcral do identitarismo no laço contemporâneo, devendo ser lidas como formas autênticas de conhecimento. <em>O objetivo </em><em>deste artigo é problematizar a concepção do eu em psicanálise a partir do que aprendemos com as transidentidades.</em> Para tanto, 1) faz-se uma leitura da identidade à guisa da descrição freudiana do eu e de sua releitura lacaniana; 2) aborda-se a escrita química de Preciado, bem como o caráter simbólico de seus usos do corpo e da testosterona no laço contemporâneo; 3) diferencia-se transgeneridade e transidentidade, defendendo-se o uso do segundo termo. O referencial teórico deste artigo, que resulta de um levantamento e análise bibliográficos partindo do binômio corpo e transidentidade, é a teoria psicanalítica que afirma o eu como projeção de superfície e a experiência de Preciado em <em>Testo Junkie</em>. Consideramos o descompasso estrutural entre corpo e imagem enquanto oportunidade de modelagem de novos significados e apropriações do corpo, partindo da singularidade dos processos identificatórios e para além da fixação derradeira em uma identidade, tal como nos demonstra o filósofo. Por fim, sustentamos o legado ético do psicanalista no testemunho das novas montagens corporais.</p> <p> </p> 2024-03-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Alinne Nogueira Silva Coppus, Lorena Loures https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48533 Entre el exilio de Reinaldo Arenas y Néstor Perlongher 2024-02-09T08:56:18-03:00 Ana Lilia Félix Pichardo ana_lilia199@hotmail.com <p>As trajetórias de Reinaldo Arenas e Néstor Pelongher são comparáveis sob diferentes perspectivas. Ambos foram exilados devido à perseguição em seus países por causa de sua identidade política e sexual, mas a recepção de cada um deles nos países de exílio e a recuperação contemporânea de suas figuras divergem amplamente. O estigma contra os escritores e intelectuais cubanos, que se exilaram por vários motivos após 1959, colocou-os em uma posição que os distanciou de seus pares sul-americanos. O ostracismo dentro da ilha foi reproduzido nos espaços políticos e culturais onde os exilados sul-americanos se reuniam. Faço uma comparação entre os exílios de Arenas e Perlongher, com base na análise de suas cartas pessoais, textos ensaísticos e literários, confrontando esses arquivos com fontes históricas que permitem ao leitor dimensionar a disputa que ambos os escritores sustentaram contra o poder do Estado. O objetivo é destacar também como as vicissitudes de ambos os escritores dentro dos movimentos de esquerda ou revolucionários estão relacionadas à sua identidade/orientação sexual. O confronto de Arenas é contra o poder simbólico da Revolução e seus apoiadores fora de Cuba. O distanciamento de Perlongher de uma certa esquerda revolucionária se desdobra em uma militância queer ou <em>marica</em>, o que lhe permite um enraizamento positivo no Brasil, enquanto Arenas está constantemente no limiar de não ser um comunista e tampouco um escritor <em>proyankee</em>.</p> 2024-02-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Ana Lilia Félix Pichardo https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48569 (Fé)sta da Chiquita no Círio de Nazaré 2024-02-26T21:00:57-03:00 Bartos Batista Bernardes bartinho3011@gmail.com José Alfredo Oliveira Debortoli dbortoli@eeffto.ufmg <p>Este estudo procurou compreender os sentidos que emergem das experiências socioculturais, políticas e econômicas da Festa da Chiquita, contextualizada no Círio de Nazaré, ao entrelaçar a devoção e o divertimento. Foi possível identificar peculiaridades do Círio de Nazaré e sua relação com outros movimentos, não necessariamente religiosos, tendo como protagonista a Festa da Chiquita. Essa festa da diversidade abraça o público LGBT, conectando o lazer a importantes movimentos mobilizadores de lutas em prol de direitos para essa comunidade. Norteada por uma pesquisa de campo, com observação participante, este artigo contemplou entrevistas com 8 pessoas, entre 19 e 70 anos, ao longo dos anos 2021 e 2022. A perspectiva foucaultiana de poder destacou-se durante a análise do material. Nas considerações, foi possível compreender que o entrelaçamento de aspectos como lazer e devoção faz da Festa da Chiquita um importante acontecimento cultural e político, com alertas contundentes na luta pelos direitos da comunidade LGBT. Desse modo, ficou evidente a constante necessidade de políticas públicas em prol da população LGBT, inclusive quanto a manutenção dos benefícios já adquiridos. Considerou-se ainda que o reconhecimento da Festa da Chiquita, pela organização do Círio, seria de grande valia como fortalecimento no combate ao preconceito.</p> 2024-02-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Bartos Batista Bernardes, José Alfredo Oliveira Debortoli https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48638 Indignidade e necrotransfobia 2024-02-20T21:28:37-03:00 Clarisse Mack da Silva Campos mackclarisse@gmail.com Jailton Macena de Araújo jailtonma@gmail.com <p>Na sociedade ocidental, sobretudo no Brasil, em razão das estruturas violentas como o machismo e o patriarcado, corpos e identidades dissidentes são reduzidos a um lugar de abandono e ausência de cuidados, como no caso das travestilidades. Nesse sentido, com vistas a compreender o que chamamos de “prostituição compulsória” e sua relação com a degradação do direito fundamental ao trabalho, traçamos inicialmente uma análise desta prerrogativa constitucional sob a ótica do princípio da dignidade da pessoa humana, em consonância com o constitucionalismo brasileiro, o qual apregoa os princípios da supremacia constitucional e da máxima efetividade das normas constitucionais. Ademais, adentramos na seara da análise de gênero, nos valendo dos conceitos de cisgeneridade, cisnormatividade, travestilidade e do próprio transfeminismo, para compreender como o direito ao trabalho se deteriora com as normas hegemônicas. Para a compreensão de tal deterioração defendemos a existência de uma necrotransfobia, conceito derivado dos estudos acerca da necropolítica. Para este fim, realizamos uma pesquisa bibliográfica, pautada também na pesquisa normativa, o que trouxe como resultado a compreensão de que a prostituição compulsória é resultado da lógica necrotransfóbica, consequência direta da cisnormatividade que desumaniza e indignifica as identidades não cisgêneras.</p> 2024-02-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Clarisse Mack da Silva Campos, Jailton Macena de Araújo https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48336 Penser des pédagogies queers 2024-04-03T10:21:12-03:00 Corentin Louis corentin.louis.fr@gmail.com <p>Queremos reflectir sobre a possibilidade de um ideal <em>queer</em> (<em>queertopia</em>), o que significa, o que o impede (antiguidade) num mundo neoliberal e o que poderia fazer com que isso acontecesse, nomeadamente através de métodos pedagógicos e da reinterpretação de meios artísticos. A nossa análise será, portanto, inspirada nas teorias marxistas (particularmente Antonio Gramsci) e anarquistas, tentando uma abordagem da <em>queerness</em> com a ajuda de ferramentas anti-racismo (graças a tatiana nascimento), com o objectivo de uma prática bastante indisciplinar, em vez de transdisciplinar, para compreender nossos mecanismos de relacionamento e imaginação juntos de um possível mundo <em>queer</em>.</p> 2024-04-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Corentin Louis https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48633 Salmo queer 2024-03-29T20:45:33-03:00 Geraldo Lucas Lopes Ferreira gllf.adv@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo investigar a influência das perspectivas <em>queer</em> nas discussões sobre gênero, sexualidade e linguagem. Partindo da premissa de que esses conceitos vêm sendo alvo de campanhas ideológicas de normalização de corpos pelo Direito, os estudos críticos <em>queer</em> surgem enquanto campo de pesquisa que visa desestabilizar as estruturas de poder baseadas na cisheteronormatividade. Diante desse cenário, a linguagem se apresenta como importante meio de formação das identidades de gênero tradicionais, mas também como um caminho para a multiplicidade das categorias binárias de gênero. Para abordar esse tema, emprega-se uma estratégia metodológica de revisão bibliográfica focada nos estudos <em>queer </em>e na influência da linguagem, a partir das contribuições dos pensadores Michel Foucault, Paul Preciado, Judith Butler e Monique Wittig. Conclui-se que as perspectivas <em>queer</em>, quando aplicadas à linguagem, podem se transformar em uma ferramenta poderosa para desconstruir o binarismo de gênero.</p> 2024-03-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Geraldo Lucas Lopes Ferreira https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48618 Deus, uma travesti negra e indígena 2024-03-12T10:05:56-03:00 Guilherme Almeida de Lima guialmeidadelima@gmail.com <p>Este artigo discute a gênese do modo de produção de conhecimento que incide sobre os corpos, gêneros e subjetividades, sob um parâmetro filosófico, teológico, epistemológico e político, desafiando a hegemonia do discurso científico positivista e oferecendo uma abordagem ético-política que se articula com os movimentos decoloniais e as epistemologias do sul global. O presente estudo de caráter exploratório, descritivo e de natureza bibliográfica, explora horizontes de pensamentos que buscam uma produção de conhecimento descentralizada do discurso hegemônico, propondo os rascunhos de uma epistemologia <em>queer</em>, que valoriza os saberes subversivos e marginais na produção de conhecimento, rompendo com paradigmas lógico-positivistas, anátomo-clínicos e biomédicos. Os resultados apontam para a necessidade de uma subversão radical dos sistemas discursivos dominantes, abrindo espaço para discursos que resgatam cosmovisões ancestrais silenciados ao longo da história, defendendo a descolonização do conhecimento e a valorização da pluralidade mística e teológica, desafiando visões tradicionais e hegemônicas da divindade. A epistemologia <em>queer</em> representa a possibilidade de transformar o conhecimento hegemônico em um conhecimento plural e diverso, questionando as relações de poder que configuram o conhecimento, apontando para a necessidade de novas abordagens epistêmicas e modos de subjetivação, promovendo a pluralidade e o reconhecimento das vozes subterrâneas na construção do saber.</p> 2024-03-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Guilherme Almeida de Lima https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/45742 Além da flecha do cisheterofuturismo 2024-01-12T11:02:35-03:00 José Juliano Gadelha jjulianogadelha@outlook.com <p>Este artigo de teoria crítica atravessa a relação entre futuridade e cisheteronormatividade, desde uma perspectiva anticolonial e além do <em>queer</em>, interpelando como entram na governança reprodutiva aquelas sexualidades e gêneros desobedientes/insolentes à gramática normativa. O texto analisa como a governança produz uma assimetria acerca de quais corpos importam, inclusive no registro da negatividade e da dissidência normalizada/regulada, apontando impossibilidades do conceito de futurismo reprodutivo e movendo o argumento para uma “necropolítica sexualis” como matriz de uma governança reprodutiva.</p> 2023-11-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Juliano Gadelha https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48631 El género como espacio de poder 2024-02-26T21:00:54-03:00 Luis Armando Alvarado Pérez luis.alvarado@iebem.edu.mx <p>Este trabalho tem como objetivo explorar a complexa relação entre gênero, discurso e poder nas sociedades modernas. Investiga como os discursos de gênero operam como ferramentas poderosas, construindo e perpetuando normas sociais e relações de poder desiguais. No entanto, o gênero e suas regras não aparecem como uma estrutura imutável; as relações de poder que inauguram são apresentadas de forma diferente em cada sociedade. Além disso, o gênero pode interseccionar-se com outras opressões, moldando situações de dominação que não aparecem em outros contextos. Indivíduos não são passivos diante disso; pelo contrário, lutam, resistem e negociam, empregando táticas de resistência contra estratégias de dominação.</p> 2024-02-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Luis Armando Alvarado Pérez https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48637 Experiência de desapego queer 2024-02-23T18:04:31-03:00 Marcos Sardá-Vieira marcos.vieira@uffs.edu.br <p>Neste artigo analisam-se os meandros da arquitetura enquanto dispositivo voltado aos prazeres sexuais em áreas <em>cruising</em> de Berlim, tendo como base a relação de desapego <em>queer</em>. Através de metodologia cartográfica e método fenomenológico, a intenção é compreender como corpos masculinos e desejos homossexuais são induzidos por dispositivos espaciais, objetos e efeitos de luzes/imagens, ao mesmo tempo em que tais corpos e suas performatividades também alteram as maneiras como a espacialidade pode ser concebida e adaptada. Assim, ao romper com convenções arquitetônicas diante de experiências dissidentes da heteronormatividade, destaca-se a ambiência de desapego para o desempenho de práticas sexuais não autorizadas no espaço público ou mesmo pela convenção arquitetônica, em troca da exploração consentida desses corpos e desejos pelos estabelecimentos comerciais. Tal interação de confinamento em quartos escuros (e verdades ocultas) reforça o fator de atração de outros corpos consumidores, submetidos ao suposto controle e disciplina de comportamentos e desejos sexuais associados à subcultura <em>gay</em> e ao regime farmacopornográfico, tendo como subterfúgio a estética disruptiva do corpo quando associado à arquitetura.</p> 2024-02-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Marcos Sardá-Vieira https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48320 Notas sobre erotismo, excesso e acumulação bilionária 2024-02-05T18:10:02-03:00 Paula de Toledo Ordonhes paula.ordonhes@protonmail.com <p>Partindo da noção de erotismo de Georges Bataille, que traz a desmedida e o excesso como elementos fundamentais, procuraremos refletir sobre os processos de subjetivação dos maiores acumuladores financeiros de nosso tempo, os bilionários. Interrogaremo-nos se a desmedida acumulação que praticam poderia ser expressão de um Eros ruinoso aparentado ao dos personagens criados pelo Marquês de Sade e tematizados por Bataille e outros autores. Investigaremos características presentes nos protagonistas das ficções sadianas, como a apatia, o gosto pela enumeração e a linguagem demonstrativa, cotejando-as às práticas corporativas neoliberais com o intuito de verificar possíveis aproximações. Analisaremos ainda se os pré-requisitos para a consecução dos deboches sadianos, como o enclausuramento e a aliança entre iguais, podem ser também pensados como condições para a acumulação financeira levada ao paroxismo por bilionários.</p> 2024-02-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Paula Ordonhes https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/46130 Cirurgia plástico-escritural traveco-terrorista 2024-04-19T01:54:20-03:00 Rafael Leopoldo Antonio dos Santos Ferreira ralasfer@gmail.com <p>O presente ensaio é dividido em três partes: 1) propaganda pela utopia; 2) reescritura traveco-terrorista; 3) performances. Na primeira parte procuro propor que na análise da tática anarquista da <em>propaganda pela ação </em>se dá muito ênfase na ação e se esquece o elemento da propaganda, ou seja, o seu elemento publicitário do conteúdo teórico. Dado outro é salientar que talvez exista uma linha histórica que envolva a <em>propaganda pela ação</em>, os <em>happenings</em> e as atuais <em>performances</em>. Assim, creio poder afirmar a existência de uma <em>propaganda pela utopia</em> que compõe diversos manifestos atuais, mas, especificamente o <em>Manifesto Traveco-Terrorista</em> de Terluliana Lustosa. Na segunda parte, penso o manifesto de Tertuliana como uma prática literária, mas que envolve uma possível experiência desértica e uma política de desidentificação. Na última parte, faço a análise de duas performances de Lustosa – a cuceta traveco terrorista e a lenda da trava leiteira – no intuito de mostrar uma utopia dissidente e a possível expansão dos modos de vida.</p> 2024-04-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Rafael Leopoldo https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/46416 Queersport 2023-06-03T15:07:32-03:00 Igor Maciel da Silva professorigormaciel@gmail.com <p><strong>Discóbolo queer (2021)</strong></p> <p><em>Técnica:</em> Aquarela e nanquim s/ Canson<br /><em>Descrição:</em> Na intenção de fazer refletir sobre os estereótipos vigentes na Educação Física, produzi a obra com intervenções queer, pois o discóbolo é o símbolo da área.</p> <p> </p> <p><strong>Futqueer (2023)</strong></p> <p><em>Técnica</em>: Aquarela e nanquim s/ Canson<br /><em>Descrição:</em> Por entender o futebol como um ambiente estremamente machista e cheio de "fobias", proponho a obra Futqueer em que se vê um time misto, as mulheres acima dos homens e todos os rostos são parecidos, pois imitam bolas de futebol. Tudo isso para tentar ressignificar esse espaço e prática.</p> 2024-03-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Igor Maciel da Silva https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48592 Queer e orgulhose 2023-10-29T20:35:31-03:00 Sara Luiza Ferreira Carvalho saraluizac@gmail.com <p>Experimentações gráficas que visam demonstrar distintas formas de corpos trans (o meu incluso). Uso diferentes materiais e busco expressar sentimentos alinhados à estética de devires trans e queer de maneira geral. Cada representação visual é feita de forma à contemplar a identidade de bandeiras que levanto, cabendo ao público buscar a interpretação que melhor lhe convém de cada artefato apresentado.</p> 2024-04-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Sara Luiza Ferreira Carvalho https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48645 Corpo (re)nascer 2023-10-31T23:57:16-03:00 Sirlene Moreira Fideles sirlenefideles@ufj.edu.br Angélica Ferreira de Freitas angelicaferreirafreitasufj@gmail.com 2024-03-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Sirlene Moreira Fideles, Angélica Ferreira de Freitas https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/51889 Sobre o uso de inteligência artificial 2024-03-29T23:02:32-03:00 Thiago César Carvalho dos Santos carvalho.thiagoc@gmail.com 2024-04-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Thiago César Carvalho dos Santos