(Des)troços: revista de pensamento radical https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos <p><em><span style="font-weight: 400;">(Des)troços: revista de pensamento radical</span></em><span style="font-weight: 400;"> (e-ISSN 2763-518X) é um periódico eletrônico semestral, de acesso aberto, publicação contínua do grupo de pesquisa </span><em><span style="font-weight: 400;">O estado de exceção no Brasil contemporâneo: para uma leitura crítica do argumento de emergência no cenário político-jurídico nacional</span></em><span style="font-weight: 400;"> da Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Nossa linha editorial propõe escovar a tradição filosófica a contrapelo, fazendo emergir correntes subterrâneas ou marginais do pensamento com o objetivo de promover uma crítica radical e não disciplinar dos discursos filosóficos que moldaram e moldam a construção do Direito e do Estado no Ocidente. Esses discursos, embasados em visões autoritárias do político, ocultam estruturas e dispositivos de dominação, tais como gênero, classe, raça e sexualidade, os quais acabam por normalizar a exceção e legitimar a violência do poder político-jurídico.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O periódico aceita trabalhos em fluxo contínuo para os dois números do volume anual, além de contribuições para os dossiês temáticos.</span></p> Belo Horizonte MG: Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito e Ciências do Estado, Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito (DIT) pt-BR (Des)troços: revista de pensamento radical 2763-518X Le corps noir et le racisme dans Lupin (2021) de George Kay et François Uzan https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/47480 <p>Alors que les pays occidentaux continuent d’évoluer vers des sociétés qui embrassent aujourd’hui la diversité, nous sommes souvent confrontés à des événements qui vont à l’encontre du récit du multiracialisme et de la multiethnicité. Ainsi, le racisme et les stéréotypes, qui ont servi de base au colonialisme et à l’esclavage, sont des phénomènes récurrents. En France, par exemple, le racisme et les stéréotypes restent des motifs de la culture populaire, signalant l’existence de ces phénomènes dans la société contemporaine. Une production intéressante dans laquelle de tels thèmes sont récurrents est la série <em>Lupin </em>(2021) de George Kay et François Uzan. Dans cet article, l’auteur analyse la représentation du corps noir vis-à-vis de la race et des stéréotypes de la société française contemporaine dans la série. Partant de travaux universitaires qui abordent la question du racisme et de la représentation des corps noirs dans le cinéma français sous différents angles, l’auteur se concentre sur le racisme et les stéréotypes, avant de s’intéresser à l’image globale : un corps noir en révolte à travers les exploits d’Assane Diop, le protagoniste. Dans son analyse, l’auteur s’appuie sur <em>La condition noire</em> (2008) de Pap Ndiaye, qui soutient que le fait d’être noir est systématiquement associé à des positions spécifiques dans les hiérarchies sociales. Ce lien est perpétué par le discours raciste, et les individus se voient attribuer certaines caractéristiques sur la base de ce postulat.</p> Beaton Galafa Copyright (c) 2023 Beaton Galafa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-21 2023-11-21 4 2 e47480 e47480 10.53981/destroos.v4i2.47480 A migração como forma-de-vida https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/47769 <p>O presente artigo perfaz uma imersão no campo da linguagem, pensando o conceito de forma-de-vida numa dimensão política no campo das migrações. Para isso, recorremos aos trabalhos de Giorgio Agamben, especialmente as obras <em>Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua</em> (1995), <em>Altíssima Pobreza: regras monásticas e forma de vida</em> (2011), <em>O uso dos corpos</em> (2017). Procedemos um caminho metodológico fundado numa análise interpretativa dessas obras. Assim, argumentamos que a migração pode ser compreendida enquanto forma-de-vida. Nesse sentido, finalmente, estabelecemos uma relação entre o conceito de formas-de-vida e a temática das migrações, almejando radicalizar determinada ruptura dos limites normativos presentes na linguagem da política atual – que apenas tem se preocupado em realizar a captura biopolítica das vidas, separando-as de suas formas.</p> <p> </p> Maria Lucia Rodrigues da Cruz Copyright (c) 2023 Maria Lucia Rodrigues da Cruz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-12 2024-02-12 4 2 e47769 e47769 10.53981/destroos.v4i2.47769 O que pode um corpo queer? https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/52365 Thiago César Carvalho dos Santos Copyright (c) 2023 Thiago César Carvalho dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-22 2024-04-22 4 2 e52365 e52365 10.53981/destroos.v4i2.52365 Visibilidade radical, performance genderfuck e desidentificação, ou como a subversão queer crip veste a teoria política https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48656 <p>Tradução de:<br />SOMMERER Erwan. Visibilité radicale, performance genderfuck et désidentification, ou comment la subversion <em>queer crip</em> habille la théorie politique. In: HOURMANT François, SOMMERER Erwan (org.). <em>Vêtements, modes et résistance</em>. Paris: Hermann, 2023.</p> Erwan Sommerer Fransuelen Geremias Silva Copyright (c) 2023 Erwan Sommerer; Fransuelen Geremias Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-06 2023-12-06 4 2 e48656 e48656 10.53981/destroos.v4i2.48656 Da “testo” ao texto https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48625 <p>As dissidências de gênero materializam uma subversão pós-moderna dos termos da identidade e da identificação, as quais ganham uma conotação simbólica dado o lugar fulcral do identitarismo no laço contemporâneo, devendo ser lidas como formas autênticas de conhecimento. <em>O objetivo </em><em>deste artigo é problematizar a concepção do eu em psicanálise a partir do que aprendemos com as transidentidades.</em> Para tanto, 1) faz-se uma leitura da identidade à guisa da descrição freudiana do eu e de sua releitura lacaniana; 2) aborda-se a escrita química de Preciado, bem como o caráter simbólico de seus usos do corpo e da testosterona no laço contemporâneo; 3) diferencia-se transgeneridade e transidentidade, defendendo-se o uso do segundo termo. O referencial teórico deste artigo, que resulta de um levantamento e análise bibliográficos partindo do binômio corpo e transidentidade, é a teoria psicanalítica que afirma o eu como projeção de superfície e a experiência de Preciado em <em>Testo Junkie</em>. Consideramos o descompasso estrutural entre corpo e imagem enquanto oportunidade de modelagem de novos significados e apropriações do corpo, partindo da singularidade dos processos identificatórios e para além da fixação derradeira em uma identidade, tal como nos demonstra o filósofo. Por fim, sustentamos o legado ético do psicanalista no testemunho das novas montagens corporais.</p> <p> </p> Alinne Nogueira Silva Coppus Lorena Loures Copyright (c) 2023 Alinne Nogueira Silva Coppus, Lorena Loures https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-12 2024-03-12 4 2 e48625 e48625 10.53981/destroos.v4i2.48625 Entre el exilio de Reinaldo Arenas y Néstor Perlongher https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48533 <p>As trajetórias de Reinaldo Arenas e Néstor Pelongher são comparáveis sob diferentes perspectivas. Ambos foram exilados devido à perseguição em seus países por causa de sua identidade política e sexual, mas a recepção de cada um deles nos países de exílio e a recuperação contemporânea de suas figuras divergem amplamente. O estigma contra os escritores e intelectuais cubanos, que se exilaram por vários motivos após 1959, colocou-os em uma posição que os distanciou de seus pares sul-americanos. O ostracismo dentro da ilha foi reproduzido nos espaços políticos e culturais onde os exilados sul-americanos se reuniam. Faço uma comparação entre os exílios de Arenas e Perlongher, com base na análise de suas cartas pessoais, textos ensaísticos e literários, confrontando esses arquivos com fontes históricas que permitem ao leitor dimensionar a disputa que ambos os escritores sustentaram contra o poder do Estado. O objetivo é destacar também como as vicissitudes de ambos os escritores dentro dos movimentos de esquerda ou revolucionários estão relacionadas à sua identidade/orientação sexual. O confronto de Arenas é contra o poder simbólico da Revolução e seus apoiadores fora de Cuba. O distanciamento de Perlongher de uma certa esquerda revolucionária se desdobra em uma militância queer ou <em>marica</em>, o que lhe permite um enraizamento positivo no Brasil, enquanto Arenas está constantemente no limiar de não ser um comunista e tampouco um escritor <em>proyankee</em>.</p> Ana Lilia Félix Pichardo Copyright (c) 2023 Ana Lilia Félix Pichardo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-09 2024-02-09 4 2 e48533 e48533 10.53981/destroos.v4i2.48533 (Fé)sta da Chiquita no Círio de Nazaré https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48569 <p>Este estudo procurou compreender os sentidos que emergem das experiências socioculturais, políticas e econômicas da Festa da Chiquita, contextualizada no Círio de Nazaré, ao entrelaçar a devoção e o divertimento. Foi possível identificar peculiaridades do Círio de Nazaré e sua relação com outros movimentos, não necessariamente religiosos, tendo como protagonista a Festa da Chiquita. Essa festa da diversidade abraça o público LGBT, conectando o lazer a importantes movimentos mobilizadores de lutas em prol de direitos para essa comunidade. Norteada por uma pesquisa de campo, com observação participante, este artigo contemplou entrevistas com 8 pessoas, entre 19 e 70 anos, ao longo dos anos 2021 e 2022. A perspectiva foucaultiana de poder destacou-se durante a análise do material. Nas considerações, foi possível compreender que o entrelaçamento de aspectos como lazer e devoção faz da Festa da Chiquita um importante acontecimento cultural e político, com alertas contundentes na luta pelos direitos da comunidade LGBT. Desse modo, ficou evidente a constante necessidade de políticas públicas em prol da população LGBT, inclusive quanto a manutenção dos benefícios já adquiridos. Considerou-se ainda que o reconhecimento da Festa da Chiquita, pela organização do Círio, seria de grande valia como fortalecimento no combate ao preconceito.</p> Bartos Batista Bernardes José Alfredo Oliveira Debortoli Copyright (c) 2023 Bartos Batista Bernardes, José Alfredo Oliveira Debortoli https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-26 2024-02-26 4 2 e48569 e48569 10.53981/destroos.v4i2.48569 Indignidade e necrotransfobia https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48638 <p>Na sociedade ocidental, sobretudo no Brasil, em razão das estruturas violentas como o machismo e o patriarcado, corpos e identidades dissidentes são reduzidos a um lugar de abandono e ausência de cuidados, como no caso das travestilidades. Nesse sentido, com vistas a compreender o que chamamos de “prostituição compulsória” e sua relação com a degradação do direito fundamental ao trabalho, traçamos inicialmente uma análise desta prerrogativa constitucional sob a ótica do princípio da dignidade da pessoa humana, em consonância com o constitucionalismo brasileiro, o qual apregoa os princípios da supremacia constitucional e da máxima efetividade das normas constitucionais. Ademais, adentramos na seara da análise de gênero, nos valendo dos conceitos de cisgeneridade, cisnormatividade, travestilidade e do próprio transfeminismo, para compreender como o direito ao trabalho se deteriora com as normas hegemônicas. Para a compreensão de tal deterioração defendemos a existência de uma necrotransfobia, conceito derivado dos estudos acerca da necropolítica. Para este fim, realizamos uma pesquisa bibliográfica, pautada também na pesquisa normativa, o que trouxe como resultado a compreensão de que a prostituição compulsória é resultado da lógica necrotransfóbica, consequência direta da cisnormatividade que desumaniza e indignifica as identidades não cisgêneras.</p> Clarisse Mack da Silva Campos Jailton Macena de Araújo Copyright (c) 2023 Clarisse Mack da Silva Campos, Jailton Macena de Araújo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-20 2024-02-20 4 2 e48638 e48638 10.53981/destroos.v4i2.48638 Penser des pédagogies queers https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48336 <p>Queremos reflectir sobre a possibilidade de um ideal <em>queer</em> (<em>queertopia</em>), o que significa, o que o impede (antiguidade) num mundo neoliberal e o que poderia fazer com que isso acontecesse, nomeadamente através de métodos pedagógicos e da reinterpretação de meios artísticos. A nossa análise será, portanto, inspirada nas teorias marxistas (particularmente Antonio Gramsci) e anarquistas, tentando uma abordagem da <em>queerness</em> com a ajuda de ferramentas anti-racismo (graças a tatiana nascimento), com o objectivo de uma prática bastante indisciplinar, em vez de transdisciplinar, para compreender nossos mecanismos de relacionamento e imaginação juntos de um possível mundo <em>queer</em>.</p> Corentin Louis Copyright (c) 2023 Corentin Louis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-03 2024-04-03 4 2 e48336 e48336 10.53981/destroos.v4i2.48336 Salmo queer https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48633 <p>Este artigo tem como objetivo investigar a influência das perspectivas <em>queer</em> nas discussões sobre gênero, sexualidade e linguagem. Partindo da premissa de que esses conceitos vêm sendo alvo de campanhas ideológicas de normalização de corpos pelo Direito, os estudos críticos <em>queer</em> surgem enquanto campo de pesquisa que visa desestabilizar as estruturas de poder baseadas na cisheteronormatividade. Diante desse cenário, a linguagem se apresenta como importante meio de formação das identidades de gênero tradicionais, mas também como um caminho para a multiplicidade das categorias binárias de gênero. Para abordar esse tema, emprega-se uma estratégia metodológica de revisão bibliográfica focada nos estudos <em>queer </em>e na influência da linguagem, a partir das contribuições dos pensadores Michel Foucault, Paul Preciado, Judith Butler e Monique Wittig. Conclui-se que as perspectivas <em>queer</em>, quando aplicadas à linguagem, podem se transformar em uma ferramenta poderosa para desconstruir o binarismo de gênero.</p> Geraldo Lucas Lopes Ferreira Copyright (c) 2023 Geraldo Lucas Lopes Ferreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-29 2024-03-29 4 2 e48633 e48633 10.53981/destroos.v4i2.48633 Deus, uma travesti negra e indígena https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48618 <p>Este artigo discute a gênese do modo de produção de conhecimento que incide sobre os corpos, gêneros e subjetividades, sob um parâmetro filosófico, teológico, epistemológico e político, desafiando a hegemonia do discurso científico positivista e oferecendo uma abordagem ético-política que se articula com os movimentos decoloniais e as epistemologias do sul global. O presente estudo de caráter exploratório, descritivo e de natureza bibliográfica, explora horizontes de pensamentos que buscam uma produção de conhecimento descentralizada do discurso hegemônico, propondo os rascunhos de uma epistemologia <em>queer</em>, que valoriza os saberes subversivos e marginais na produção de conhecimento, rompendo com paradigmas lógico-positivistas, anátomo-clínicos e biomédicos. Os resultados apontam para a necessidade de uma subversão radical dos sistemas discursivos dominantes, abrindo espaço para discursos que resgatam cosmovisões ancestrais silenciados ao longo da história, defendendo a descolonização do conhecimento e a valorização da pluralidade mística e teológica, desafiando visões tradicionais e hegemônicas da divindade. A epistemologia <em>queer</em> representa a possibilidade de transformar o conhecimento hegemônico em um conhecimento plural e diverso, questionando as relações de poder que configuram o conhecimento, apontando para a necessidade de novas abordagens epistêmicas e modos de subjetivação, promovendo a pluralidade e o reconhecimento das vozes subterrâneas na construção do saber.</p> Guilherme Almeida de Lima Copyright (c) 2023 Guilherme Almeida de Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-06 2024-03-06 4 2 e48618 e48618 10.53981/destroos.v4i2.48618 Além da flecha do cisheterofuturismo https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/45742 <p>Este artigo de teoria crítica atravessa a relação entre futuridade e cisheteronormatividade, desde uma perspectiva anticolonial e além do <em>queer</em>, interpelando como entram na governança reprodutiva aquelas sexualidades e gêneros desobedientes/insolentes à gramática normativa. O texto analisa como a governança produz uma assimetria acerca de quais corpos importam, inclusive no registro da negatividade e da dissidência normalizada/regulada, apontando impossibilidades do conceito de futurismo reprodutivo e movendo o argumento para uma “necropolítica sexualis” como matriz de uma governança reprodutiva.</p> José Juliano Gadelha Copyright (c) 2023 Juliano Gadelha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-19 2023-11-19 4 2 e45742 e45742 10.53981/destroos.v4i2.45742 El género como espacio de poder https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48631 <p>Este trabalho tem como objetivo explorar a complexa relação entre gênero, discurso e poder nas sociedades modernas. Investiga como os discursos de gênero operam como ferramentas poderosas, construindo e perpetuando normas sociais e relações de poder desiguais. No entanto, o gênero e suas regras não aparecem como uma estrutura imutável; as relações de poder que inauguram são apresentadas de forma diferente em cada sociedade. Além disso, o gênero pode interseccionar-se com outras opressões, moldando situações de dominação que não aparecem em outros contextos. Indivíduos não são passivos diante disso; pelo contrário, lutam, resistem e negociam, empregando táticas de resistência contra estratégias de dominação.</p> Luis Armando Alvarado Pérez Copyright (c) 2023 Luis Armando Alvarado Pérez https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-26 2024-02-26 4 2 e48631 e48631 10.53981/destroos.v4i2.48631 Experiência de desapego queer https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48637 <p>Neste artigo analisam-se os meandros da arquitetura enquanto dispositivo voltado aos prazeres sexuais em áreas <em>cruising</em> de Berlim, tendo como base a relação de desapego <em>queer</em>. Através de metodologia cartográfica e método fenomenológico, a intenção é compreender como corpos masculinos e desejos homossexuais são induzidos por dispositivos espaciais, objetos e efeitos de luzes/imagens, ao mesmo tempo em que tais corpos e suas performatividades também alteram as maneiras como a espacialidade pode ser concebida e adaptada. Assim, ao romper com convenções arquitetônicas diante de experiências dissidentes da heteronormatividade, destaca-se a ambiência de desapego para o desempenho de práticas sexuais não autorizadas no espaço público ou mesmo pela convenção arquitetônica, em troca da exploração consentida desses corpos e desejos pelos estabelecimentos comerciais. Tal interação de confinamento em quartos escuros (e verdades ocultas) reforça o fator de atração de outros corpos consumidores, submetidos ao suposto controle e disciplina de comportamentos e desejos sexuais associados à subcultura <em>gay</em> e ao regime farmacopornográfico, tendo como subterfúgio a estética disruptiva do corpo quando associado à arquitetura.</p> Marcos Sardá-Vieira Copyright (c) 2023 Marcos Sardá-Vieira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-23 2024-02-23 4 2 e48637 e48637 10.53981/destroos.v4i2.48637 Notas sobre erotismo, excesso e acumulação bilionária https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48320 <p>Partindo da noção de erotismo de Georges Bataille, que traz a desmedida e o excesso como elementos fundamentais, procuraremos refletir sobre os processos de subjetivação dos maiores acumuladores financeiros de nosso tempo, os bilionários. Interrogaremo-nos se a desmedida acumulação que praticam poderia ser expressão de um Eros ruinoso aparentado ao dos personagens criados pelo Marquês de Sade e tematizados por Bataille e outros autores. Investigaremos características presentes nos protagonistas das ficções sadianas, como a apatia, o gosto pela enumeração e a linguagem demonstrativa, cotejando-as às práticas corporativas neoliberais com o intuito de verificar possíveis aproximações. Analisaremos ainda se os pré-requisitos para a consecução dos deboches sadianos, como o enclausuramento e a aliança entre iguais, podem ser também pensados como condições para a acumulação financeira levada ao paroxismo por bilionários.</p> Paula de Toledo Ordonhes Copyright (c) 2023 Paula Ordonhes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-05 2024-02-05 4 2 e48320 e48320 10.53981/destroos.v4i2.48320 Cirurgia plástico-escritural traveco-terrorista https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/46130 <p>O presente ensaio é dividido em três partes: 1) propaganda pela utopia; 2) reescritura traveco-terrorista; 3) performances. Na primeira parte procuro propor que na análise da tática anarquista da <em>propaganda pela ação </em>se dá muito ênfase na ação e se esquece o elemento da propaganda, ou seja, o seu elemento publicitário do conteúdo teórico. Dado outro é salientar que talvez exista uma linha histórica que envolva a <em>propaganda pela ação</em>, os <em>happenings</em> e as atuais <em>performances</em>. Assim, creio poder afirmar a existência de uma <em>propaganda pela utopia</em> que compõe diversos manifestos atuais, mas, especificamente o <em>Manifesto Traveco-Terrorista</em> de Terluliana Lustosa. Na segunda parte, penso o manifesto de Tertuliana como uma prática literária, mas que envolve uma possível experiência desértica e uma política de desidentificação. Na última parte, faço a análise de duas performances de Lustosa – a cuceta traveco terrorista e a lenda da trava leiteira – no intuito de mostrar uma utopia dissidente e a possível expansão dos modos de vida.</p> Rafael Leopoldo Antonio dos Santos Ferreira Copyright (c) 2023 Rafael Leopoldo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-05 2024-04-05 4 2 e46130 e46130 10.53981/destroos.v4i2.46130 Queersport https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/46416 <p><strong>Discóbolo queer (2021)</strong></p> <p><em>Técnica:</em> Aquarela e nanquim s/ Canson<br /><em>Descrição:</em> Na intenção de fazer refletir sobre os estereótipos vigentes na Educação Física, produzi a obra com intervenções queer, pois o discóbolo é o símbolo da área.</p> <p> </p> <p><strong>Futqueer (2023)</strong></p> <p><em>Técnica</em>: Aquarela e nanquim s/ Canson<br /><em>Descrição:</em> Por entender o futebol como um ambiente estremamente machista e cheio de "fobias", proponho a obra Futqueer em que se vê um time misto, as mulheres acima dos homens e todos os rostos são parecidos, pois imitam bolas de futebol. Tudo isso para tentar ressignificar esse espaço e prática.</p> Igor Maciel da Silva Copyright (c) 2023 Igor Maciel da Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-29 2024-03-29 4 2 e46416 e46416 10.53981/destroos.v4i2.46416 Queer e orgulhose https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48592 <p>Experimentações gráficas que visam demonstrar distintas formas de corpos trans (o meu incluso). Uso diferentes materiais e busco expressar sentimentos alinhados à estética de devires trans e queer de maneira geral. Cada representação visual é feita de forma à contemplar a identidade de bandeiras que levanto, cabendo ao público buscar a interpretação que melhor lhe convém de cada artefato apresentado.</p> Sara Luiza Ferreira Carvalho Copyright (c) 2023 Sara Luiza Ferreira Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-01 2024-04-01 4 2 e48592 e48592 10.53981/destroos.v4i2.48592 Corpo (re)nascer https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48645 Sirlene Moreira Fideles Angélica Ferreira de Freitas Copyright (c) 2023 Sirlene Moreira Fideles, Angélica Ferreira de Freitas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-30 2024-03-30 4 2 e48645 e48645 10.53981/destroos.v4i2.48645 Sobre o uso de inteligência artificial https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/51889 Thiago César Carvalho dos Santos Copyright (c) 2023 Thiago César Carvalho dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-03 2024-04-03 4 2 e51889 e51889 10.53981/destroos.v4i2.51889