https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/issue/feedPerspectiva Pictorum2023-07-10T23:26:40-03:00Magno Moraes Mellorevista.perspectivapictorum@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista Perspectiva Pictorum (ISSN: <strong>2965-1085</strong>) é um periódico de Artes e Cultura que recebe contribuições nacionais e internacionais de diversas disciplinas ligadas às expressões artísticas. Concentrando-se nas interlocuções do campo de Artes e áreas correlatas, tais como a história da arte, as artes plásticas e visuais, design, filosofia, estética, comunicação, restauro (arquitetônico e pictórico) entre outras, a revista tem como objetivo proporcionar um espaço de divulgação e discussão de trabalhos acadêmicos direcionados a estas temáticas, bem como suas conexões com outros campos de conhecimento. </p>https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/42737Expediente2023-07-10T20:34:10-03:00Thainan Noronha de Andradethainan.noronha@outlook.com<p>Expediente da Revista</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Thainan Noronha de Andradehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46849O encontro entre a ciência e a pedagogia jesuíta no Tratado de Perspectiva do padre Inácio Vieira. (1678-1739)2023-07-10T22:33:35-03:00Renata Moraisremoraisbh@gmail.com<p>O objetivo deste artigo é demonstrar como o conhecimento perspectico, presente no <em>Tratado de Perspectiva</em> (1715) do padre Inácio Vieira (1678-1739), foi atravessado pelo conhecimento científico, formentado pela Companhia de Jesus e pela pedagogia dos jesuítas. Tendo em vista essa questão, é interessante localizar o lugar do texto de Inácio Vieira na tratadística portuguesa para perceber a importância dele como um texto científico-artístico. Ressalta-se ainda que o manuscrito conecta-se à efervência do setecentos português, um período rico tanto do ponto de vista da arte, como da ciência.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Renata Moraishttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46850Salomé ou Salomés? Uma análise das representações da história bíblica a partir da arte lombarda do século XVI2023-07-10T22:36:32-03:00Sara Tatiane de Jesussarastatiane22@gmail.com<p>Ao longo de todo século XV e XVI, presenciamos na arte italiana, inúmeras representações pictóricas acerca da história bíblica de Salomé. E a reverberação da cena bíblica que marca a degolação de João Batista, chamou a atenção da arte europeia como um todo, a partir do final do século XVI. Em meio a milhares de pinturas feitas a partir dessa mesma história, o que nos chama atenção nessa pesquisa, é a forma como essa cena da degolação foi entendida, compreendida e reproduzida, dentro do pequeno círculo da arte italiana lombarda, em especial por alguns artistas milaneses, como: Andrea de Solario; Giampetrino; Bernardino Luini e Cesare da Sesto. Compreender como esses artistas absorveram e reproduziram, cada um ao seu modo, a cena da degolação de João Batista, é de suma importância, para que possamos analisar, não somente a arte italiana lombarda renascentista do século XVI, enquanto um marco artístico relevante da pintura europeia. Mas também, para que consigamos vislumbrar o impacto imagético que se decorreu a partir de produções feitas após esse período, que muito provavelmente foram impactadas em decorrência da obra desses artistas Lombardos. Sendo assim, compreender a prática artística lombarda, é de suma importância, para que não perpetuemos um discurso homogêneo ao qual a experiência florentina; romana e veneziana, são as únicas possibilidades de arte relevante nesse período.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sara Tatiane de Jesushttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46851Sob o signo de Capricórnio2023-07-10T22:39:03-03:00Thainan Noronha de Andradethainan.noronha@outlook.com<p>Ao tornar-se duque de Florença em 1537, Cosimo I de’ Medici (1519-1574) empreende um conjunto de iniciativas buscando fortalecer seu poder. Além de executar uma série de reformas administrativas, concentrando sua autoridade e expandindo seus domínios pela Toscana, o duque explora um complexo aparato imagético em suas encomendas artísticas, recorrendo à associação de sua figura com fontes e conceitos antigos. Dentre estes, de especial importância é a adoção do signo astrológico de Capricórnio, estabelecendo um vínculo simbólico com o Império Romano (sobretudo na figura de Augusto). O presente artigo discute como a adoção do signo como <em>impresa </em>pessoal, entretanto, também exibe outras conotações, ligadas ao interesse de Cosimo I por disciplinas esotéricas como a astrologia, a alquimia e a magia, compondo o corpus conceitual conhecido no período como <em>occulta philosophia</em>, tendo como enquadramento teórico o neoplatonismo florentino desenvolvido a partir da década de 1460. Por meio deste estudo, pretende-se, chamar atenção para a utilização de saberes e elementos esotéricos, explorados em programas decorativos, como ferramentas de promoção e consolidação política de um reino em ascensão.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Thainan Noronha de Andradehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46852Os Desencantamentos do Mundo, em Max Weber2023-07-10T22:45:26-03:00Wantuil Miguel de Barcelosmg1789@me.com<p>O objetivo deste trabalho é pôr um foco de luz no desencantamento do mundo preconizado por Max Weber, tendo como fundamento três eixos: a religião protestante, a ciência e o modo de produção capitalista. Estas três "instituições" pretendem conceber visões de mundo que formatem os homens aos seus serviços e interesses. A religião ao engendrar teorias teológicas que difundem o paraíso, onde habitará o homem santo, cria um mundo de danação terrena, um lugar de passagem. Já a ciência pretende relacionar com a terra somente do ponto de uma matéria, que deve ser estudada, manuseada para produzir bens indispensáveis à manutenção da vida. O capitalismo pretende produzir para a consecução do lucro, da riqueza. Dentro destes contextos o mundo perde o encantamento, e isto pode ser a fonte de benefícios e malefícios ao meio ambiente, que serão clarificados ao longo do texto.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Wantuil Miguel de Barceloshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46853Resenha: DUARTE, Claudio Monteiro. Iconographia Spiritualis: Arte paleocristã e simbolismo funerário em um fragmento tumular na Basílica de Santa Agnese fuori le mura em Roma - 370-440. Curitiba: Appris, 2022.2023-07-10T22:49:41-03:00Rafael Scopacasarafaelsco@hotmail.com<p>Resenha de Rafael Scopacasa do livro Iconographia Spiritualis: Arte paleocristã e simbolismo funerário em um fragmento tumular na Basílica de Santa Agnese fuori le mura em Roma - 370-440 de Claudio Monteiro Duarte.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rafael Scopacasahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46834Revista Completa2023-07-10T20:18:33-03:00Thainan Noronha de Andradethainan.noronha@outlook.com<p>Revista Completa</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Thainan Noronha de Andradehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46854Entrevista com Ana Cavalcanti2023-07-10T22:53:33-03:00Lorenna Fonsecalorennafs@gmail.com<p>Entrevista com Ana Cavalcanti, Conduzida por Lorenna Fonseca</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lorenna Fonsecahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46835Editorial2023-07-10T20:40:21-03:00Janaina de Moura Ramalho Araujo Ayresjmraayres@gmail.com<p>Editorial</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Janaina de Moura Ramalho Araujo Ayreshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46836O Segundo Vereador de Mariana e a compreensão estilística nas Minas do século XVIII2023-07-10T20:47:50-03:00Alex Fernandes Bohreralex.bohrer@ifmg.edu.br<p>É bastante perceptível que a talha setecentista teve três modelos predominantes, classificados de forma sistemática graças a esforços de pesquisadores como Germain Bazin, Lúcio Costa e Robert Smith. Seria interessante, contudo, se conseguíssemos descobrir como os homens do século XVIII rotulavam tal produção. A nosso ver existe um vestígio documental disso: trata-se do relato feito pelo Segundo Vereador de Mariana, Joaquim José da Silva, copiado por Rodrigo José Ferreira Bretas na sua famosa biografia sobre o Aleijadinho. Tal texto já foi acusado de ser uma fraude inventada por Bretas; outros, entretanto, o saúdam como legítimo. É evidente que o trecho transcrito é bem distante da prosa de Rodrigo, se assemelhando a uma construção linguística mais antiga. Outro motivo que julgamos depor a favor da autenticidade do relato é a nomenclatura utilizada para designar os vários gostos estilísticos então em voga: termos, ao que parece, advindos realmente do século XVIII e não do XIX (quando o Barroco já passava pelo crivo das críticas neoclássicas). Lúcio Costa foi o primeiro a tentar extrair essa terminologia do Vereador e atribuí-la aos retábulos - e aqui vamos propor uma revisão de seus apontamentos.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alex Fernandes Bohrerhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46837A Arquitetura civil e a ornamentação2023-07-10T20:52:53-03:00Celina Borges Lemoscelinaborg@gmail.com<p>As dimensões dos ornamentos presentes no conjunto da arquitetura civil registram elementos singulares na paisagem cultural do patrimônio diamantinense, tombado pelo IPHAN e pela UNESCO, respectivamente em 1938 e em 1999. O estudo elabora reflexões sobre elementos técnicos, artísticos e seus desdobramentos a partir da pesquisa realizada pelo artista e historiador José Wasth Rodrigues (1891-1957), e depois pelo pesquisador mineiro Sylvio de Vasconcellos (1916-1979). Busca estabelecer um diálogo entre alguns detalhes decorativos presentes na arquitetura civil apontados pelos autores amparados pelo acervo de imagens fotográficas recentes. Pressupõe-se que parte desses detalhes decorativos, identificados e desenhados por Rodrigues no seu “documentário”, desapareceu das fachadas e dos interiores desse conjunto, esses particularizados pelas cores dos ornatos, leveza dos gradis, detalhes dos capitéis e das vedações, além das pinturas dos tetos. A arquitetura, seus ornamentos e esse acervo imagético compõem vestígios da singularidade desse patrimônio, além de buscar definir novos aspectos artísticos e técnicos de um peculiar olhar para salvaguarda desse acervo.</p> <p> </p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Celina Borges Lemoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46838“Formulário Athaídiano”2023-07-10T21:01:39-03:00Cenise Monteirobilheteparacenise@gmail.com<p>O presente artigo visa contribuir com as discussões sobre a pintura de quadratura em Minas Gerais, realizadas pelo Mestre Athaíde, durante o século XIX. A abordagem se faz necessária para o estudo sistemático da linguagem pictórica empregada pelo Mestre na materialização da decoração dos forros das igrejas previamente estabelecidas. O recorte proposto são os forros das naves da Capela da Ordem Terceira de São Francisco em Ouro Preto; Matriz de Santo Antônio em Ouro Branco, tal como os forros das capelas-mores da Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara; Matriz de Santo Antônio em Itaverava; Capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário em Mariana. O propósito do estudo é a análise da composição pictórica idealizada pelo Mestre Athaíde, com fundamento na apreciação comparativa das cinco pinturas observadas, com verificação dos elementos e estruturas arquitetônicas fingidas recorrentes e singulares.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cenise Monteirohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46839Entre Rio de Janeiro e Minas Gerais2023-07-10T21:07:41-03:00Janaina de Moura Ramalho Araujo Ayresjmraayres@gmail.com<p>Na primeira metade do século XVIII a pintura ilusionista de forros no Brasil colonial teve sua primeira manifestação no Rio de Janeiro, cidade que já atraia crescente interesse pela proximidade com as minas auríferas e pela condição de cidade portuária, o que facilitaria a comunicação com a metrópole e a difusão dos gostos. Outros exemplares pictóricos foram surgindo ao longo desta colônia, nomeadamente na Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, geralmente seguindo o formulário italianizado no tratamento da pintura de falsa arquitetura. Contudo, a ligação entre o Rio de Janeiro e a zona mineira se deu de modo particularmente especial pois a pintura pioneira de Caetano da Costa Coelho (atualmente o único exemplar remanescente no RJ), localizada nos forros da capela-mor e nave do templo dos terceiros franciscanos, só encontra pares similares quanto a composição quadraturística em Minas Gerais. Deste modo, a relação entre as duas regiões, os paralelos entre estas pinturas e os respectivos fazeres, a trajetória dos artistas e as possibilidades de assimilação de um “modo operacional peculiar” que ficou praticamente restrito a essas duas regiões merecem destaque. </p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Janaina de Moura Ramalho Araujo Ayreshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46840Os mundos do trabalho no setecentos mineiro2023-07-10T21:12:00-03:00Jeaneth Xavier de Araújo Diasjeanethxavier@gmail.com<p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 13.0pt; color: black;">Este estudo tem o objetivo de analisar as interações culturais possibilitadas por pintores, douradores, escultores e entalhadores, sendo eles portugueses ou “brasileiros”. Partiu-se do pressuposto de que, ao lado dos artistas reverenciados, existiu uma infinidade de outros nomes desconhecidos ou negligenciados tão importantes quanto os “grandes expoentes”. Acredita-se que, já na primeira metade do século XVIII, os artistas portugueses que aqui chegaram teriam desenvolvido sua arte e realizado trabalho expressivo no campo artístico, notadamente na pintura, escultura e talha. Identificar, conhecer e divulgar tais nomes é o desafio que se coloca para a História Social da Arte na contemporaneidade.</span></p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Jeaneth Xavier de Araújo Diashttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46841A ornamentação pictórica da Capela do Rosário dos Homens Pretos de Tiradentes-MG2023-07-10T21:14:26-03:00Luiz Antonio da Cruzluizcruztiradentes@gmail.com<p>A cidade de Tiradentes-MG, localizada no Campo das Vertentes, é detentora de expressivo conjunto de tetos pintados e diversos elementos ornamentados com pinturas de fingimentos, como os marmorizados, as têxteis e os <em>trompe-l’oeils</em>. Provavelmente, seja a cidade com o maior número de tetos pintados do Estado de Minas Gerais. Essas obras têm despertado a atenção de diversos pesquisadores do tema e a cada trabalho se ressalta a expressividade desses elementos artísticos. No presente artigo, apresentamos o conjunto pictórico que compõe a ornamentação da Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da localidade, que recebeu a mais significativa pintura de arquitetura fingida da região, uma quadratura estruturada com a gramática do ilusionismo. O teto da nave, em caixotão, foi contemplado com pinturas, com cenas dos Mistérios do Rosário. Os retábulos também receberam ornamentação e se destacam os laterais, os mais antigos da capela, pintados com motivos do brutesco nacional. As pinturas contribuem para a ornamentação e juntamente com os demais componentes, tornam essa igreja uma das mais belas e expressivas da cidade.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Luiz Antonio da Cruzhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46842Pensar o efêmero – entre a quadratura e as especulações teóricas nas discussões em Santo Antão sob o comando de Inácio Vieira S.J.2023-07-10T21:26:08-03:00Magno Moraes Mellomagnomello@gmail.com<p>Este estudo tem como ponto central discutir um pouco mais as Aulas de Matemática do Colégio de Santo Antão, em Lisboa, ministradas pelo Jesuíta Inácio Vieira. Nesse sentido, esta pesquisa pode estar condicionada a dois manuscritos inéditos, hoje na Biblioteca Nacional de Portugal: o <em>Tratado de Óptica</em> e o <em>Tratado de Perspectiva</em>, respectivamente, 1714 e 1715. Consideramos estes manuscritos como o primeiro momento em que se discutia em Lisboa questões sobre representação perspectivada na produção de pinturas e/ou cenografias. Vieira lecionava, entre os anos de 1709 e de 1721, coincidindo com a presença em Lisboa do florentino Vincenzo Bacherelli, entre os anos de 1701 a 1721. Estes dois decoradores mudaram sistematicamente o contexto da prática pictórica em Portugal durante a primeira metade do século XVIII e ainda influenciaria toda a pintura perspéctica ao longo da centúria. Os dois textos de Vieira, aqui referidos são basilares para um melhor entendimento da perspectiva, da cenografia e, em certa medida, da quadratura durante o reinado de D. João V (1707-1750). Este período caracteriza-se com um novo olhar e um novo conceito de espaço construído nos intradorsos dos templos e edifícios lisboetas. É interessante lembrar que em 1615 outro estudo se fazia sentir em Lisboa sobre perspectiva. Trata-se do texto do dominicano Felipe Nunes, publicado exatamente um século antes do manuscrito de Vieira. São questões interessantes e que nos chama a atenção para o papel fulcral de Vieira no século XVIII, como professor de Matemática. A pintura e a cenografia agora estão em primeiro plano nas discussões teóricas e na formação de alguns artistas, como ainda na produção das pinturas de falsa arquitetura. O texto de 1615 não era didático em relação à Perspectiva, mas evidenciava um lugar privilegiado desta representação pictórica para as artes figurativas. Foi preciso esperar a força dos Jesuítas e a gama de textos saídos da mão do matemático Inácio Vieira. Um estudioso da Óptica, da Perspectiva e de tantas outras matérias que também explorava as dimensões práticas para a produção cenográfica em teatros ou em tetos. Este estudo irá apresentar a força das suas Aulas e a relação entre seus manuscritos com a prática pictórica no gênero da quadratura.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Magno Moraes Mellohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46843O Pano de Boca do Teatro Santa Izabel em Diamantina2023-07-10T21:36:22-03:00Maria Claudia Orlando Magnanimariaclaudiamagnani@gmail.comMaurizio Fedelimariaclaudiamagnani@gmail.com<p>O pano de boca do Teatro Santa Izabel em Diamantina (mantido no Museu do Diamante), tem uma pintura feita no ano de 1841, por Estanislau Antônio de Miranda, nascido em 1799 e filho do conhecido pintor Caetano Luiz de Miranda. Este trabalho propõe uma análise iconológica das figuras ali pintadas, a partir da identificação das suas possíveis bases iconográficas, abordando-as do ponto de vista da hibridação cultural. Entre figuras da mitologia grega emolduradas por uma estrutura de quadratura que proporciona um falso aprofundamento dos espaços, estão elementos nacionais e regionais ligados ao garimpo do diamante, atividade econômica genética e estruturante de Diamantina. Elementos múltiplos e complexos remetem a uma realidade intrincada que vai da alegoria genérica de exaltação ao Império, a advertências morais e apologias, tanto da mineração, quanto das artes.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Maria Claudia Orlando Magnani, Maurizio Fedelihttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46855A exacerbação dos sentidos2023-07-10T23:02:28-03:00Mateus Rosadamateusrosada@yahoo.com.brGustavo Bastosgustavobastosbonfim@gmail.com<p>Este estudo se propõe a levantar e analisar os retábulos coloniais com pintura de falsa arquitetura em Minas Gerais. Percebe que algumas irmandades optaram pela solução de confeccionar altares de falsa arquitetura, com a imitação pictórica dos elementos compositivos dos altares, tais como colunas, cornijas, mísulas e festões aplicados em superfícies totalmente planas ou com pouquíssimos elementos de talha. Busca-se traçar um panorama do uso dessa espécie de <em>trompe-l’oeil</em> para forjar a arquitetura nos altares do Brasil colonial. Após isso, são organizados, agrupados, descritos e analisados os exemplares mineiros, com o intuito de identificar semelhanças de artistas e/ou escolas de pintura. Observa, ainda, uma continuidade da da técnica dos retábulos de arquitetura fingida ao longo do Século XIX. Busca-se, com isso, ampliar o conhecimento sobre o barroco e o rococó de Minas Gerais e do Brasil.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Mateus Rosada, Gustavo Bastoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46844O Estado da Arte: 2023-07-10T21:55:33-03:00Matheus CampeloMatheus.mscampelo@gmail.com<p>Caetano da Costa Coelho foi um dos mais renomados artistas do Rio de Janeiro colonial. Muito conhecido por seus trabalhos de pintura e de douramento na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência do Rio, apesar do esplendor de suas obras, pouco se conhece sobre a sua biografia. A falta de um conhecimento sobre os principais aspectos da vida de Caetano impede que se possa saber, de maneira exata, quem ele foi, com quem ele se relacionava, no meio artístico de sua época, e como foi que ele conseguiu angariar contratos artísticos tão relevantes. Através de um estudo genealógico, combinado com pesquisa social, o presente estudo objetiva evidenciar uma parte das inserções público-familiares de Caetano da Costa Coelho no Rio de Janeiro de seu tempo, demonstrando, com enfoque na família de seu sogro, com quais pessoas ele se relacionava, no meio artístico carioca de então, e como se compunha a rede de relacionamentos que ele possuía, para o benefício de seus acessos no mercado colonial da arte. O presente estudo, portanto, visa contribuir com a biografia de Caetano, mediante a reconstrução de uma parcela do contexto social em que ele viveu, situando-o.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Matheus Campelohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46845O Processo de Arrematação de Obras Públicas e Religiosas nas Minas Gerais Setecentistas2023-07-10T22:02:37-03:00Monica Lagemmllage@hotmail.com<p>A contratação de obras públicas ou religiosas no período colonial acontecia através de um criterioso processo de arrematação. As leis que regulamentavam as construções em Portugal, foram readaptadas aos moldes e costumes da colônia. Desta forma, sempre que havia demanda para a construção de uma igreja, uma ponte, um chafariz, um prédio público, ou até mesmo para a feitura de uma pintura ou para a execução de uma escultura, haviam leis, vindas do Reino, que estipulavam como deveriam proceder os contratantes, desde a escolha dos artífices e dos materiais a serem empregados na obra, até às formas de pagamentos, prazos e vistorias a serem feitas. Neste artigo, busco esclarecer como funcionou o processo de arrematação de obras públicas e religiosas no período colonial mineiro, busco mostrar ainda, como os dois principais contratantes do período, que foram as Associações Religiosas e o Senado da Câmara, se comportaram diante de cada etapa deste processo.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Monica Lagehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46846Arquitetura, ornamentação e música na cidade de Sabará2023-07-10T22:12:24-03:00Pedro Zanatta Miranda Hornpedrozmhorn@gmail.com<p>O presente artigo foi produzido para a disciplina ACR040, ministrada pela prof. dra. Celina Borges e prof. dr. Mateus Rosada, a partir de discussões e informações de aula e a partir de dados coletados na pesquisa de CNPq “Ornamento e Retórica: o espaço da música em importantes exemplares da arquitetura religiosa setecentista mineira”, orientada pela profa. dra. Vanessa Brasileiro e dr. Robson Costa. O texto busca traçar uma relação entre arquitetura, arte e música no período colonial mineiro. Assim, o artigo foi dividido em duas partes: a primeira, “Panorama sobre arquitetura, ornamentação e música em Sabará“, apresenta uma visão geral sobre a relevância da antiga “Vila Real” no contexto colonial mineiro em termos históricos, arquitetônicos e musicais. A segunda parte, “As igrejas de Nossa Senhora da Expectação e da Ordem terceira do Carmo e a Sonata nº2“, discute diferenças entre as ambiências das igrejas barrocas e rococós na cidade e relaciona-as à “Sonata nº2”, encontrada em Sabará, que apresenta uma visão de fé semelhante à que orientava a ornamentação dos templos contemporâneos rococós. Com essa análise, objetiva-se ampliar a compreensão do panorama artístico e cultural de Minas setecentista.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Pedro Zanatta Miranda Hornhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46847A Ordem do Caos2023-07-10T22:23:45-03:00Robson L. S. Barbosassanttana@hotmail.com<p>O desenho transcende a mera função de delimitar as formas antes da adição de cores e texturas em uma pintura. Concomitantemente, age na organização da estrutura interna do espaço pictorico, sobretudo estabelecendo uma hieraquização dos elementos visuais, pois, de outro modo a composição resultaria caótica e não possuiria o equilíbrio das formas, a ordem e a harmonia. Aqui se propõe o uso de uma análise geométrica no espaço central das pinturas de teto de igrejas oitocentistas de Salvador, Bahia, atavés da qual se pretende obter resposta para questões relacionadas com os problemas espaciais. E nessa perspectiva, esclarecer e justificar algumas opções dos pintores e, assim, proceder a uma leitura e interpretação da mensagem iconográfica com fundamentos mais sólidos, pois acredita-se que o artista agiu de forma consciente e ponderada ao determinar a localização dos principais elementos da composição.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Robson L. S. Barbosahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46848Uma mulher vestida do sol 2023-07-10T22:29:24-03:00Tiago da Cunha Rosaprof.tiago.rosa@doctum.edu.br<p>O presente trabalho busca analisar a imagem da Virgem Apocaliptica existente no nártex da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, no distrito ouro-pretano de Cachoeira do Campo, elaborada por Antônio Rodrigues Bello nas primeiras décadas do século XVIII. Diferentemente de suas pinturas irmãs existentes no tríptico, que apresentam fontes iconográficas diretas já identificadas ainda na década de 1940 por Hannah Levy, esta pintura apresenta uma composição mais livre do artista que permite entrever as referências visuais e culturais de mentalidade barroca nas quais este e sua produção estavam imersos. Neste sentido, neste trabalho a pintura de Bello é comparada a uma série de gravuras, e são identificadas possíveis fontes iconográficas diretas e indiretas utilizadas pelo mesmo na composição da cena, permitindo leituras iconográficas e discussões sobre a intencionalidade e os discursos contidos na cena apresentada.</p> <p> </p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Tiago da Cunha Rosa