https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/issue/feedPÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG2024-11-04T16:51:08-03:00Rachel Cecília de Oliveira | Rita Lages Rodriguesrevistapos@eba.ufmg.brOpen Journal Systems<p>A Revista PÓS é um periódico eletrônico Qualis A1 editado pelo Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Criada em 2011, aceita artigos, traduções, ensaios visuais, resenhas, escritos de artista e entrevistas nas seguintes áreas da Arte: Artes Plásticas, Visuais e Interartes; Ensino-aprendizagem em Arte; Artes da Cena; Cinema; Poéticas Digitais e Preservação do Patrimônio Cultural. São aceitos materiais originais de doutores e doutorandos ou de mestres e mestrandos em coautoria com um doutor. A Revista funciona em sistema de publicação continuada, com a avaliação é feita pelo sistema duplo cego. A Revista é de livre acesso para autores e leitores e contém um conselho editorial com grande maioria de membros externos à UFMG, incluindo conselheiros internacionais.</p> <p>O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001</p> <p>Entre os anos de 2020 a 2025 a revista contou com o financiamento da FAPEMIG para custeio da diagramação e da revisão dos números publicados.</p>https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52767Arte e imaginação nos mundos negros por Anne Lafont2024-10-29T17:49:32-03:00Pedro Ernesto Freitas Limaped.ernesto.din@gmail.com<p>A presente resenha pretende expor as principais questões discutidas em A arte dos mundos negros, seleção de textos de autoria de Anne Lafont. Neles, a autora debate, a partir das perspectivas da história da arte, da teoria e da crítica, e operando com uma lógica teórico-metodológica afrodiaspórica, importantes aspectos referentes à racialização empreendidos pela arte, pelo pensamento, e pelas diferentes trocas materiais empreendidas no contexto do tráfico escravagista entre os séculos XVI e XIX.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Pedro Ernesto Freitas Limahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52776NÓS, CARETOS MENINAS2024-11-04T15:59:44-03:00Silvia Sueli Santos da Silvasilvia.sueli.silva@gmail.comWellingson Valente dos Reiswellingson.valente@ifpa.edu.br<p>Este artigo aborda as intervenções e transformações da participação feminina nas mascaradas de rua contemporâneas, por meio dos estudos de caso do Boi de máscaras, de São Caetano de Odivelas (PA) e dos Caretos de Grijó de Parada (PT). A pesquisa decampo, de caráter etnográfico, ocorreu e maio de 2018 a março de 2019, com a coleta de entrevistas de livre narrativa. Identificaram-se os processos de inclusão das mulheres como protagonistas das mascaradas, na organização de suas festas e na vivência lúdica e cênica das ruas como fator de transformação identitária, que contribui para a apreensão dos significados culturais pelos quais se mantêm vivas essas expressões.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Silvia Sueli Santos da Silva, Prof. Dr. Wellingson Valente dos Reishttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52756O gênero da máscara2024-10-29T17:57:55-03:00Ribamar José de Oliveira Juniorribamar.junior@eco.ufrj.br<p>Neste artigo, discuto a relação entre máscara e gênero a partir do Reisado de Caretas da Família Ramos no assentamento de Ipueira da Vaca, distrito de Targinos, zona rural da cidade de Canindé, no interior do Ceará. Para isso, trago uma das passagens da cartografia das dissidências sexuais e de gênero que desenvolvi durante oito anos pelas performances da tradição no estado, destacando o meu encontro em 2023 com o brincante Márcio Ramos, que perfaz na quarta geração do grupo que surgiu em meados de 1920 no sertão cearense. Através dos saberes trans busco centralizar o gênero como forma de questionar toda uma linhagem masculina, heterossexual e cisgênera que parece ser naturalizada nos enredos da tradição, principalmente no sentido de queerizar a noção de teatro como encantamento. Afinal, quando o brincante Márcio Ramos refaz a máscara do avô, Nel Ramos, ele parece refazer a partir do seu próprio gênero, perpetuando tradições por meio<br />da “desfiguração” das figuras da cena que mostra a encantaria como um tipo de mascaramento performativo.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ribamar José de Oliveira Juniorhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52745O signo-carranca na artesania afetiva da Dama do Barro2024-11-04T16:12:33-03:00Roberta de Sousa Mélordesmelo@gmail.comRafael de Oliveira Rodriguesrafaelorodrigues@gmail.com<p>Este trabalho parte de uma abordagem compreensiva da linguagem artística de Ana das<br />Carrancas, uma artesã da cidade de Petrolina, localizada às margens do rio São Francisco, no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de refletir a sua produção de carrancas no rio São Francisco como um registro revelador de encontros entre a artista e a alteridade do mundo. A partir de uma pesquisa documental, analisamos jornais impressos digitalizados, revistas e notícias veiculadas em sites jornalísticos da internet sobre a sua vida e obra. Observamos, por fim, que há uma emergência do signo-carranca nas vivências dos barqueiros, assim como na arte de Ana das Carrancas, estimulando processos de corporificações e produções simbólicas de semioses afetivas. </p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Roberta de Sousa Mélo, Rafael De Oliveira Rodrigueshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52747Experiências, esculturas e máscaras2024-10-30T09:53:43-03:00Elisa Rossinelisarossin2@gmail.com<p>O presente artigo dedica-se à poética da máscara, com especial ênfase em seu processo de concepção e confecção. A partir de experiências pessoais da autora e da apresentação de<br />diferentes mascareiros e artistas contemporâneos, discute-se fatores visíveis e invisíveis presentes nessa arte que traduz o desejo e a necessidade de transmutação da face<br />humana. Nesse panorama, os princípios de modelagem perpassam os tempos, são reelaborados como reinvenções da escultura tradicional e a reflexão se estende para além<br />do teatral. A arte contemporânea se apresenta como um convite para se investigar a noção de mascaramento expandido, que articula elementos objetuais com a imagem do corpo e a produção de sentidos nesse território híbrido.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Elisa Rossinhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52741(Des)Mascaramentos2024-10-30T16:50:14-03:00Mariliz Regina Schricktelizschrickte@gmail.com<p>O artigo aborda a operacionalidade cênica da máscara pelo grupo teatral mineiro Pigmalião Escultura que Mexe. Para além de detalhar sua utilização e descrever aspectos de sua materialidade, concentra-se nas configurações políticas e filosóficas engendradas pelo ato do intérprete se desmascarar diante do público. Para tanto, descreve e problematiza três cenas de três diferentes espetáculos de seu repertório, sendo eles O quadro de todos juntos (2014), Mordaz (2016) e Macunaïma Gourmet (2017).</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mariliz Regina Schricktehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52654Mascaramento, memória e objetos afetivos2024-11-01T09:03:07-03:00Anibal José Pacha Correiaan_pacha@yahoo.comLarissa Latif Sarélarissalatif@gmail.com<p>Este artigo apresenta a cartografia de um conjunto de processos de experimentação com<br />máscara e mascaramento no Teatro de Animação que, ao longo da trajetória do artista pouco a pouco consolidam os indutores, princípios e procedimentos de uma poética do afeto, do encontro, da intimidade e da celebração, fundamentada na construção de um<br />estado de presença e permanência, induzido por objetos e memórias afetivos, mas também pela intimidade e colaboratividade dos processos. Destacam-se como princípios o devir menor, o corpo dilatado, o corpo atento, o estado de presença e o estado de permanência. Compõe-se uma máquina de criação que funciona quando o corpo do atuante se coloca em contato de intimidade e celebração com outros atuantes e com o espectador.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Larissa Latif, Anibal Pachahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52655À procura do estado bufão no mascaramento bufo2024-11-01T08:15:13-03:00André Alencarpaivandre16@gmail.comAna Caldas Lewinsohnana.caldas@ufrn.br<p>Este artigo discorre sobre o estado bufão na poética da cena, atentando para alguns elementos que o constituem. Centrando sua reflexão na dimensão grotesca, lúdica e cômica dessa figura, cujo mascaramento se expressa comumente na dilatação do corpo de atrizes e atores, o presente enfoque se utiliza de duas perspectivas decorrentes da pesquisa do coautor à procura do seu objeto de estudo: um breve olhar sobre a performance do artista contemporâneo Leo Bassi e a experiência na condução de uma oficina no Laboratório de Experimentos em Atuação e Máscaras (LabMask) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Resvalando num paralelo crítico acerca da associação entre o clownesco e a bufonaria, o estudo dimensiona o modo bufo de atuação, atrelado às pluralidades da figura.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 André Alencar, Ana Caldas Lewinsohnhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52673Coleção de máscaras2024-11-04T16:33:16-03:00Ricardo Maurício Gonzagaricmauz@gmail.com<p>O artigo analisa a presença e a ausência da máscara na Performance, tanto conceitualmente quanto em termos práticos, nas suas fases moderna e contemporânea,buscando estabelecer nexos, a partir de sua natureza comunicacional e relacional, com os conceitos de representação e presentação, no fluxo histórico das artes plásticas em oposição à lógica da cena teatral e em conexão com as perspectivas teóricas da Semiótica de Charles S. Peirce e com o pensamento filosófico de Vilém Flusser, e detendo-se,finalmente, em recorte analítico das obras de ORLAN e Cindy Sherman, em seu embate com as questões identitárias da mulher sob a influência paradigmática das imagens técnicas.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ricardo Maurício Gonzagahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52742A Era de Ouro do Théâtre du Soleil2024-11-04T16:23:14-03:00Fausto Roberto Poço Vianafaustoviana@usp.brJuliana de Lima Birchaljlbirchal@gmail.com<p>A Era de Ouro constitui um marco na trajetória do Théâtre du Soleil no que diz respeito ao trabalho sobre as máscaras. Diferentemente da célebre montagem do Piccolo Teatro de Milão, a trupe chefiada por Ariane Mnouchkine refutou uma abordagem arqueológica da commedia dell’arte, privilegiando a transposição e recriação das máscaras. Embora bastante usual no teatro contemporâneo, a prática se mostrou inovadora na época e tornou o Soleil uma referência no trabalho com máscaras. Este artigo apresenta o processo criativo do espetáculo seguido de análise sobre a criação dos corpos-máscaras. O estudo permite compreender como as máscaras se tornaram um dos pilares do Soleil e contribuíram no seu modo de trabalho. As principais referências teóricas são: Freixe (2010, 2014) e PiconVallin (2014, 2017).</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fausto Roberto Poço Viana, Juliana de Lima Birchalhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52671Peles e panos da cena2024-10-31T17:53:41-03:00Ana Hoffmannhofana@gmail.com<p>Ao problematizar estudos da produção de figurino para performance e pensar as matérias de sua criação, o presente artigo discute a criação do figurino como materialidade do corpo em performance, ou ainda, mais especificamente, a partir das matérias em fluxo que passam pelo corpo em performance. Para isso, o grau zero do figurino se desenha a partir da perspectiva semiológica de Roland Barthes e se desdobra, por meio do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, através do conceito de rostidade. Portanto, este estudo compreende o grau zero do figurino como uma dimensão ético-estética acerca dos movimentos e panos do corpo em performance, tal como uma máscara expandida,<br />compondo efeitos de superfície que se efetuam no corpo, demonstrados na série de performances nomeada Sulcos.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ana Hoffmannhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52376O sumiço da menina, o aparecimento da mãe e o nascimento do mito em A festa da menina morta (2008)2024-11-04T16:39:59-03:00Florence Dravetflormd@gmail.comMaria Eduarda Affonsoduda.filomeno.affonso@gmail.com<p>Entende-se o cinema como meio privilegiado para pensar as imagens, sua relação com a consciência e seus diversos mascaramentos. Apresenta-se a cena do retorno da mãe no filme A festa da menina morta (2008), através da psicologia profunda e da noção de imagem-espelho. É nas profundezas do inconsciente que se identifica o conflito do personagem Santinho com a mãe desaparecida e sua dificuldade em se desvencilhar dela para seguir sua própria trajetória. Conclui-se que o mito da menina morta se impõe à comunidade por meio de um culto à expressão de um feminino violentado, também retratado na própria personagem de Santinho e que lhe serve de compensação à falta de resposta sobre o desaparecimento de sua mãe</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Florence Dravet, Maria Eduarda Affonsohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52754A máscara no cinema2024-10-30T09:38:08-03:00Roberta Oliveira Veigaroveigadevolta@gmail.comSthael Gomes dos Santos Patríciosthaelgomes@gmail.com<p>O presente artigo apresenta a teoria da máscara no cinema, conforme formulada por Mary Ann Doane, com objetivo de sondar sua pertinência enquanto fundamento para um gesto de análise feminista voltado para a construção da subjetividade de personagens mulheres em obras de ficção. A partir da direção de arte no filme Bela vingança (2020), de Emerald Fennell, o artigo busca discutir em que medida a protagonista usa sua feminilidade como artefato de mascaramento que, em suas muitas variações, a permite planejar um processo de vingança como meio de lidar com uma experiência traumática de abuso sexual.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Roberta Oliveira Veiga, Sthael Gomes dos Santos Patríciohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52170Vestígios de uma Missão2024-11-01T10:13:05-03:00Bruno de Oliveira da Silvaportalbruno.oliveira@gmail.com<p>A intensa troca de experiências entre padres jesuítas e indígenas guaranis durante a existência das missões na Província Jesuítica do Paraguai (1609-1767) gerou manifestações culturais singulares que mesclaram a tradição europeia com expressões nativas. Neste ensaio visual, apresento construções que buscam ilustrar presenças, vazios e memórias enraizadas na antiga Missão de São João Batista. Por meio de um itinerário vivencial e poético, destaco dados, personagens, anotações e descrevo o processo de captura das obras durante minhas expedições fotográficas, realizadas entre os anos de 2018 e 2023, no atual sítio histórico para compor os resultados de minha tese de doutorado.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bruno de Oliveira da Silvahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/51045Atuação profissional da(o) egressa(o) do curso de Graduação em Licenciatura em Dança da Escola de Belas Artes da UFMG desde sua criação em 20102024-11-01T10:25:51-03:00Ana Cristina Carvalho Pereiraanacristina.cpereira@gmail.comMárcia Strazzacappa marciastrazzacappa@gmail.com<p>Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa de pós-doutorado cujo objetivo foi<br />realizar um mapeamento da inserção profissional das(os) egressas(os) do Curso de Graduação em Dança na modalidade Licenciatura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desde sua primeira turma formada em 2015 até 2023, quando o curso completou 13 anos de existência. A partir da abordagem quali-quantitativa, foi desenvolvido um<br />estudo de caso com a aplicação de um questionário que teve a participação de 70% do<br />total das(os) egressas(os). Os resultados evidenciaram que este curso se configura como<br />um marco em direção a ampliação do trabalho de formação docente, principalmente na cidade e região metropolitana de Belo Horizonte.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ana Cristina Carvalho Pereira, Márcia Strazzacappa https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/46296Cicatrizes da Memória2024-11-01T10:55:53-03:00Priscila Almeida Cunha Arantespriscila.a.c.arantes@gmail.com<p>Superpondo-se aos debates sobre a pós-modernidade percebe-se, na década de 1980,<br />o advento de um discurso que se estabelece como foco de pesquisa no âmbito dos estudos culturais e políticos: o discurso sobre a memória, especialmente, mas não somente, sobre a memória traumática. Por outro lado, nota-se no contexto da arte contemporânea uma série de produções que estabelecem diálogos com a natureza, o meio ambiente e com a noção de uma paisagem dilapidada e dilacerada, cada vez mais<br />afetada pelos eventos históricos, traumáticos e distópicos que caracterizam nosso tempo. Nesse sentido, o presente artigo discute, dentro de uma perspectiva interdisciplinar, a relação entre memória, natureza e violência a partir do diálogo com o pensamento de Walter Mignolo (2017) e das obras de artistas latino-americanos como Ana Mendieta, Enrique Ramírez, Ayrson Heráclito, Danilo Barata e Giselle Beiguelman.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Priscila Almeida Cunha Aranteshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/51852Na espiral de uma escuta noturna2024-11-04T16:45:14-03:00Caroline Alciones de Oliveira Leitecarolinealciones@gmail.com<p>Buscando criar obras que provocassem diferentes percepções para além das visualidades,Cildo Meireles (1948-) deu início à série Blindhotland, da qual a primeira obra realizada foi o compacto “Mebs/Caraxia” (1970-1971). Articulando história e crítica da arte, este artigo apresenta o contexto de criação da obra, recorrendo a entrevistas concedidas por Cildo Meireles à autora, bem como à topologia (Sperling, 2003; Marar, 2019) para analisar o método de manipulação do sonoro empregado pelo artista visual. Investiga-se questões como imagens sonoras (Caesar, 2016) e ruído (Cage, 2013) para propor, a partir de Rodolfo Caesar (1987) e da fenomenologia da percepção (Husserl, 2006; Merleau-Ponty, 2004,2015), uma escuta noturna que se dá na consciência do corpo</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Caroline Alciones de Oliveira Leitehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52667Entre objetos e gestos, a estética do vulgar2024-11-04T16:35:53-03:00Laura Fonseca de Castrolauracastroo@gmail.com<p>O artigo considera o vulgar como experiência estética radical na contemporaneidade.O objetivo é questionar a hegemonia estética e política que oprime as diversidades. A fim de legitimar a vulgaridade vivida no cotidiano, o argumento mobiliza os conceitos de“iluminação profana” de Walter Benjamin, “realismo grotesco” de Mikhail Bakhtin e “camp” de Susan Sontag. Como método, o texto analisa criticamente a obra “Tabernáculo da Edificação” de Ventura Profana. Os resultados mostram que a transformação de materialidades através da performance cria uma situação que desafia binarismos tradicionais, tais como sujeito e objeto, artista e público, belo e grotesco, função e forma, e sagrado e profano. O vulgar se revela como estratégia de desconstrução que promove resistência e revolução contra a hegemonia</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Laura Castrohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/48365A criatividade da complexidade2024-11-01T10:41:27-03:00Romilson Marco dos Santosromilsonmarco@gmail.com<p>O objetivo deste trabalho é discutir em que medida a cosmologia evolucionária de C. S.<br />Peirce preconiza, sob certos aspectos, o paradigma de complexidade, ao mesmo tempo<br />em que revela uma criatividade da complexidade. É preciso notar, sobretudo, que a complexidade denuncia o caráter criativo do Universo. Logo, evidenciam-se mecanismos, que são responsáveis pela inserção da novidade e diversidade nesse mesmo Universo. Sendo assim, como resultado se espera apreender a complexidade como uma teoria da criatividade.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Romilson Marco dos Santoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52468Como quem escreve desejando presença2024-11-04T16:43:18-03:00Inácio Manoel Neves Frade da Cruzinacio.cruz@uemg.brHelena Souza Neves Frade da Cruzhelena.neves.frade@gmail.com<p>Uma obra autonarrativa pode ser compreendida como a expressão de um modo de viver,um modo de viver consigo mesma, e um modo de viver na/com a arte. A partir de uma discussão em torno dos conceitos de autobiografia (Philippe Lejeune), autoficção (Serge Doubrowsky) e escrevivência (Conceição Evaristo), o presente artigo procura elaborar reflexões em torno da epistemologia, da escrita, da práxis artística e da recusa à transparência em uma elaboração autonarrativa. Com base nessas questões, volta-se ao projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete (2020), de Michele Kaiowá, Graciela Guarani,Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro, para refletir sobre como essa proposição</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Inácio Manoel Neves Frade da Cruz, Ela, Fradehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52622Ko’ko Bernaldina e sua performance Macuxi cantada 2024-11-01T09:22:17-03:00Vanessa Augusta do Nascimento Brandãovanessabrandao07@hotmail.comAnanda Machadoananda.machado@ufrr.br<p>A performance indígena cantada por Meriná (Vovó Bernaldina), que viveu em Roraima, em suas peculiaridades e complexidades artísticas, linguísticas e culturais, coaduna com a de muitas mulheres Macuxi que ainda entoam canções nascidas em tempos imemoriais, abrindo caminhos e reforçando a memória ancestral nos movimentos de resistência, reterritorialização e conexão com a natureza. Utilizamos a metodologia qualitativa a partir de suportes variados, como vídeos, fotografias e livros, além da pesquisa bibliográfica com o livro Cantos e Encantos Meriná Eremukon (2019). Nossas reflexões teóricas partem das obras de Pedro e Fiorotti (2019) e Silva e Fiorotti (2018), expandindo para Fiorotti (2021), Fonseca (2016), Bhabha (2003) e Graúna (2013).</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Vanessa Brandão, Ananda Machadohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/51689Retratos fantasmas e outros retratos2024-11-04T16:50:47-03:00José Antônio Orlandosemioticas@hotmail.com<p>O impacto narrativo da fotografia surge como argumento fundamental e presença temática estruturante, em relação ao conteúdo e ao sentido, em obras de diversos gêneros no cinema e na literatura, como pode ser verificado em destaque nos filmes Blow-Up, Retratos fantasmas, Elena e Aftersun. O objetivo deste artigo é ressaltar um percurso crítico acerca das obras citadas em sua singularidade e seus modos de composição, analisando a especificidade da imagem fotográfica em sua relação com questões teóricas e cognitivas sobre presença e ausência, memória e esquecimento, considerando seus efeitos disruptivos e os conceitos de fotoliteratura, de autoficção e de metaficção.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 José Antônio Orlandohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/54530Máscaras e mascaramentos performativos2024-10-29T17:24:00-03:00Bya Braga grupolapaufmg@gmail.comMarcelo Roccomarcelorocco1@ufop.edu.brJúlia Camargos parajuliacamargos@gmail.comTamira Mantovani tamiramantovani.doutorado@gmail.com<p>Este número da <strong><em>Revista Pós</em></strong> do Programa de Pós-Graduação em Artes, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais disponibiliza a você o <strong>Dossiê Temático </strong>– <strong><em>Máscaras e mascaramentos performativos: entre formas, manifestações e aparições diversas</em></strong>, proposto pela Profª Drª Bya Braga (Maria Beatriz Braga Mendonça), por meio Grupo LAPA-UFMG (Laboratório de Pesquisa em Atuação)/CNPq, liderado por ela. Junto a esta pesquisadora, se reuniram o professor pesquisador Dr. Marcelo Rocco (Artes Cênicas-UFOP/PPGArtes-UFMG) e as pesquisadoras doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes-UFMG, Júlia Camargos e Tamira Mantovani, integrantes do referido grupo, formando, assim, o Comitê Editorial. </p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bya Braga , Marcelo Rocco, Júlia Camargos , Tamira Mantovani https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52739Ensaio Visual2024-07-11T11:32:46-03:00Anderson Ferreiraandersonf.n@hotmail.com<p>Este Ensaio Visual expõe fragmentos do processo criativo dos mascaramentos presentes na peça teatral da Cia. Bando. O espetáculo é composto por quatro artistas que contam a história de Matias e de seu irmão mais velho, Bento, que desejava fazer um inventário do mundo na casa em que moravam. Até que um dia Bento adoece e morre, e Matias decide começar uma viagem para recuperar a Memória e o Tempo alegre que viveram juntos. Em sua jornada, ele passa por três cidades: a Cidade Opaca, a Cidade das Lembranças e o Bosque Dentro de Mim. Para cada cenário criaram-se moradores-aparições e divindades afrorreferenciadas com materiais não convencionais, remetendo, visualmente, ao caráter inventivo de Bento, Matias e de tantas crianças mundo afora.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Anderson Ferreira do Nascimentohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52663Experienciar a máscara colonial2024-10-31T18:02:53-03:00Rafael Camposarqrafaelcampos@gmail.comThiago Liberdadethiagoliberdade@gmail.com<p>Tuca Malungo, um tigre ancestral, manifesta-se no corpo do primeiro autor em aparições que<br />confrontam a anestesia do liberalismo existencial que imuniza afetos. Sua máscara colonial aciona<br />dores ancestrais que persistem na contemporaneidade, visibiliza o que a amnésia social apaga e promove uma conexão visceral com o real. A obra é enriquecida pela poética do segundo autor, cujas fotografias e ensaio visual ativam outras camadas do sensível. Apresenta-se a corpografia, uma cartografia com e no corpo negro, no e do jardim da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, como tática de (des)(re)organizar o significado histórico do espaço. Trata-se de um modo de elaborar o trauma colonial em busca da desalienação e fazer do corpo território de libertação.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Campos, Thiago Liberdadehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/52491Água Grande2024-11-01T09:26:45-03:00Juliana Gama de Brito Assumpçãoassumpcao.jg@gmail.com<p>Este ensaio apresenta uma série de colagens artísticas que investiga o viver e criar-se em<br />Nova Iguaçu (RJ), cidade da Baixada Fluminense cujo nome significa “água grande”. O trabalho explora a colagem como um procedimento poético que abarca processos materiais e simbólicos de apropriação, sobreposição e recontextualização de elementos significativos da cidade tematizada. Com a sobreposição de memórias e experiências pessoais, crenças e dispositivos que organizam cultural e politicamente o território iguaçuano, o ensaio busca pensar a cidade como espaço socialmente construído, cujas forças contraditórias – de abundância e escassez, violência e resistência – culminam na potência crítica e poética de vivências, ações e reflexões efetivamente experimentadas neste território.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Juliana Gama Assumpçãohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/48595Construindo moradas2024-11-04T16:51:08-03:00Mariana Fonseca Laterzamarianaflaterza@gmail.com<p>Este trabalho consiste em uma combinação de um escrito de artista e um ensaio visual,resultado de uma pesquisa de mestrado que interpreta a cidade como uma morada simbólica. Propõe-se utilizar a prática de deriva como uma atividade poética-metafórica e metodológica para estabelecer relações sensíveis com o território e ressignificar seus elementos. A deriva envolve percorrer o ambiente sem rota definida, guiado por pulsões psicogeográficas que revelam memórias e percepções inconscientes. Os registros, no caso feitos através da fotografia, são transformados em uma narrativa poética conjugada com imagens, resultando em um ensaio-visual-textual.</p>2024-10-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mariana Fonseca Laterza