PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
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<p>A Revista PÓS é um periódico eletrônico Qualis A1 editado pelo Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Criada em 2011, aceita artigos, traduções, ensaios visuais, resenhas, escritos de artista e entrevistas nas seguintes áreas da Arte: Artes Plásticas, Visuais e Interartes; Ensino-aprendizagem em Arte; Artes da Cena; Cinema; Poéticas Digitais e Preservação do Patrimônio Cultural. São aceitos materiais originais de doutores ou doutorandos. A avaliação e é feita pelo sistema duplo cego. A Revista é de livre acesso para autores e leitores e contém um conselho editorial com grande maioria de membros externos à UFMG, incluindo conselheiros internacionais.</p> <p>O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001</p> <p>Entre os anos de 2020, 2021 e 2022 a revista contou com o financiamento da FAPEMIG para custeio da diagramação e da revisão dos números publicados.</p>Universidade Federal de Minas Geraispt-BRPÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG1982-9507<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License </a>que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado</li> <li class="show">É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.</li> </ol> </ol>Apresentação do Dossiê "Memória, techné e demora"
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<p>Texto introdutório para o Dossiê</p>Carlos Henrique FalciMariana CabralAlexandre Romariz Sequeira
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2024-04-012024-04-011430110Do instantâneo ao anacrônico
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<p>Este artigo examina a série de heliogravuras "A melancolia luminosa", de <em> </em>[informação omitida], na qual a artista submete registros fotográficos instantâneos, feitos com o celular em viagens, a um processo complexo, que combina fotografia e gravura em metal. A técnica acrescenta camadas de sentido às imagens na tentativa de reter alguma coisa que se perde na velocidade do trânsito. Dessa forma, convidamos o leitor a imergir conosco em um processo que se pergunta a respeito das descontinuidades produzidas pela velocidade dos tempos de partida na tentativa de colar sentidos fragmentados, escavando algo que parece ser uma angústia partilhada na poesia de Fernando Pessoa e de João Cabral de Melo Neto, na filosofia de Giles Deleuze, na música de Adriana Calcanhotto.</p>Taila IdziMaria do Carmo De Freitas Veneroso
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2024-04-012024-04-011430114110.35699/2238-2046.2024.48805O O rascunho é um risco do tempo
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<p>Rascunhar. Este artigo, de caráter ensaístico, desdobra-se desse gesto infraordinário (PEREC, 2010). A partir de uma pesquisa com ênfase em processo de criação com cadernos de artista, propões-se pensar o rascunho não enquanto uma preparação para uma obra. No entanto, como ato de criação. Como gesto de presença. Experimentação. Nesta escrita, arrisca-se o risco de entender o rascunho como uma poética. Percurso reticente, inacabado, que desobedece os ponteiros do relógio e engendra um outro ritmo. Um tempo-lento (TESSLER, 2011). Sendo assim, ao longo deste texto, circula-se a seguinte questão: que outra(s) temporalidade(s) é/são possível(eis) experienciar quando se assume o rascunho enquanto gesto criador?</p>Renata FrotaJoão Vilnei de Oliveira Filho
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2024-04-012024-04-011430425810.35699/2238-2046.2024.48718Atravessamentos do tempo na prática de pesquisa
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<p>Quais temporalidades atravessam a prática de pesquisa acadêmica? Além da definição formal dos cronogramas, quais são os tempos de uma investigação? Este texto delineia aspectos da relação do tempo com as práticas de pesquisa, nas intersecções entre a objetividade dos prazos e a temporalidade desacelerada dos sujeitos pesquisadores. A partir de pesquisa bibliográfica, ancorada na reflexividade das atividades de orientação de pesquisa, sugere-se a existência de três temporalidades na investigação acadêmica: (1) o contexto de uso social do tempo dentro de uma lógica neoliberal objetivados nos (2) prazos definidos por universidades e agências nos quais se desenvolvem (3) os vários procedimentos envolvidos em uma pesquisa. Esses aspectos são discutidos a partir do lugar dos sujeitos na elaboração do conhecimento.</p>Luis Mauro Sá MartinoÂngela Cristina Salgueiro Marques
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2024-04-012024-04-011430598510.35699/2238-2046.2024.48799Tradição e inovação
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo busca relatar uma experiência de ensino e exploração artística da técnica de crochê através do uso de um algoritmo generativo que produz padrões circulares. A experiência ocorreu no curso de Design de Moda da Universidade Federal de Minas Gerais. O crochê enquanto técnica têxtil se encontra sedimentado, viabilizando pouco espaço para a exploração artística e poética. A introdução do algoritmo generativo com comportamento autônomo buscou provocar o pensamento crítico dos alunos, promovendo o pensar a técnica de forma espontânea e demorada. O resultado foi um trabalho colaborativo configurado por uma grande renda de crochê criada pelos alunos, associando tradição e inovação, e que impactou a percepção sobre o uso da computação na exploração artística têxtil. </span></p>André Luiz SilvaSoraya Aparecida Alvares Coppola
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2024-04-012024-04-0114308610910.35699/2238-2046.2024.48572Incertos clarões
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<p>Símbolos não alfabéticos reivindicam no livro <em>Fragmentos completos</em>, de Safo, uma espécie de “tipomancia”. Revelam como se articulam o desejo de saber de um corpo-leitor e o insaber desnudado por elementos tipográficos. Fazem pensar que na montagem – forma operadora da imaginação – se encontra o vínculo entre contato, semelhança e sobrevivência de uma impressão. Do passado, que nem sequer passou, há ainda muito por ler ou reler. Principalmente aquilo que, talvez, jamais tenha sido escrito.</p>Diego Belo
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2024-04-012024-04-01143011013010.35699/2238-2046.2024.48669Mulheres, vento e geo-grafia
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<p>Este artigo é sobre a presença de duas mulheres em dois documentários, filmados em comunidades habitadas pelo vento. O objetivo é seguir e descrever seus percursos nas imagens para pensar com (Haraway, 2023) elas sobre o cuidado na manutenção da vida contra o fim do mundo. A grafia de seus corpos na paisagem e o uso da tecnologia da bolsa convida a refletir sobre uma presença relacional (Escobar, 2014), aterrada, que reconhece os seres dos quais dependem (Latour, 2020). A conclusão é que seus modos de vida desafiam o entendimento moderno-colonial e sua presença no cinema potencializa uma grafia contracolonial (Bispo dos Santos, 2023), uma geo-grafia (Porto Gonçalves, 2002) feita de intrincados entrelaçamentos de vidas que coabitam os lugares.</p>Elisa Quintero
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2024-04-032024-04-03143013114510.35699/2238-2046.2024.48803Gabriela Mureb
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<p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">O artigo trata da obra da artista fluminense contemporânea Gabriela Mureb e </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">do seu</span></span></span></span> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">diálogo</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> com a tecnologia moderna industrial. </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">A partir de</span></span></span></span> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">ideias</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> de pensadores como Yuk Hui e Gilbert Simondon, tenta-se apresentar as máquinas e performances ruidosas de Mureb como </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">produtos e produtores</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> de </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">tensões</span></span></span></span> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">críticas</span></span></span></span> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">singulares</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> com a tecnicidade, </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">tensões</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> que colocam em jogo </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">conceitos</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> como as de humanidade e natureza técnica, gesto e trabalho, dispêndio e exaustão energética, duração e espessura experiencial, criação e destruição .</span></span></p>VINICIUS PORTELLA CASTRO
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2024-04-012024-04-01143014616210.35699/2238-2046.2024.48796Sobre arte, técnica e tempo
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<p>As ritxòkòs – estatutárias de cerâmica das oleiras da etnia Karajá são uma figuração-Inỹ de “natureza uníssona”, de capacidade inventiva, criada sem vínculo com o tempo cronológico dos tori. Objetiva-se defender que a ritxòkòs é técnica entrelaçada por três níveis cosmológicos: céu, terra e água. A metodologia empregada é qualitativa, de caráter exploratório-observativo-descritivo, e pautada na revisão da fortuna crítica das pesquisas etnográficas de Sandra Campos (2007) e Chang Whan (2010). Os conceitos de “decolonial”, “tempo” e técnica foram revisitados nas obras de Leda Martins, Nêgo Bispo e outros, e os conceitos de agenciamento e técnica, respectivamente, nos trabalhos dos pensadores Alfred Gell (2018) e André Leroi-Gourhan (1984). Após a investigação, confirmou-se que a produção estética está imbricada nas relações cotidianas, no tempo dilatado da produção e no não assujeitamento das oleiras, e que boneca não é o melhor termo para falar das ritxòkòs, uma vez que esta é uma denominação tori, entre outros.</p>Cássia Macieira
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2024-04-012024-04-01143016317910.35699/2238-2046.2024.48682Do problema do espaço à crítica à representação
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<p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Ao</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> traçar uma constelação </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">entre</span> <span style="font-family: Times New Roman, serif;">as obras de</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> Carl Einstein e Antonin Artaud, </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">este trabalho pretende compreender a crítica à vinculação entre espaço e representação na cultura ocidental</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">. </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Partindo dos textos einsteinianos sobre o Cubismo e a escultura africana e</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> das reflexões </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">de </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Artaud acerca do Teatro da Crueldade </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">e da cultura indígena mexicana,</span> <span style="font-family: Times New Roman, serif;">buscamos </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">reconstit</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">u</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">ir, em ambas as obras, uma reflexão </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">que, ao acercar-se do</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> problema do espaço </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">na cultura ocidental</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">, constitui </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">uma</span> <span style="font-family: Times New Roman, serif;">problematização crítica à representação como paradigma estruturador do saber e da experiência sensorial e cultural das sociedades euro</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">pei</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">as.</span> <span style="font-family: Times New Roman, serif;">E</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">sse desdobramento, </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">permitiu-lhes</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> pensar novas formas de representação da vida e do mundo, em seu dinamismo, profundidade e complexidade, negligenciadas pela frontalidade </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">e</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> pictoricidade que caracterizam a representação.</span></p>Cássio Gulherme Barbieri
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2024-04-012024-04-01143018020610.35699/2238-2046.2024.48040Modos de fazer (arte)
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<p>Desde o conceitualismo dos anos 1960 e 1970, assistimos a sucessivas transformações acerca do que seja um autor no campo da arte contemporânea. No centro desse processo reside a chamada “autoria conceitual”, que se caracteriza pela coexistência dos seguintes aspectos: uma obra de imanência projetiva ou propositiva; um sistema de notação expresso ou latente; e a existência de ocorrências materiais que se executam em conformidade com o enunciado notacional. Recorrendo a artistas como Antonio Lizárraga, Doris Salcedo, Maurizio Cattelan, Flávia Naves, Alison Knowles e Tania Bruguera, este artigo pretende pôr à prova a hipótese de que, em termos conceituais, existem ao menos três tipos ou figuras autorais na arte contemporânea: o projetista, o montador e o propositor.</p>Artur Correia de Freitas
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2024-04-012024-04-01143020723210.35699/2238-2046.2024.48106A reinvenção de um gesto
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<p>Esse artigo revisita a lenda de Dibutades contada por Plínio, o Velho a partir da perspectiva da linguagem do desenho, procurando analisar os principais elementos fundadores dessa história, como as sombras, a inscrição, a projeção e suas relações com uma fenomenologia do desenhar. O caminho que transforma a lenda de origem da pintura em lenda da origem do desenho, ao mesmo tempo que reforça o seu caráter mítico, prepara a autonomia do desenho na arte.</p>Flávio Roberto Gonçalves
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2024-04-012024-04-01143023324610.35699/2238-2046.2024.47874A memória biocultural em signos na arte da Amazônia brasileira
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<p>O presente artigo sintetiza o processo de compreensão dos signos da memória biocultural presentes em objetos artísticos de grupos amazônicos. Para tanto, foi adotada uma abordagem exploratória-descritiva e interpretativa, norteada pelo levantamento bibliográfico e documental para alcançar a compreensão de elementos visuais nos objetos e que refletem interações específicas com formas de vida social, cultural e ecológica; o método interpretativo pautou-se na lógica de abdução na perspectiva semiótica peirceana. Os resultados e discussões tornam legíveis os signos que comportam a combinação entre os ecossistemas locais e elementos identitários dos grupos humanos da região, evidenciando o universo socioecológico diverso transfigurado em objetos de uso doméstico, ritualístico e cerimonial.</p>Elloane Carinie Gomes e SilvaBruno de Oliveira da Silva
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2024-04-012024-04-01143024727110.35699/2238-2046.2024.45357O graffiti do rio de Belém (PA)
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/45234
<p>Este artigo analisa o <em>graffiti </em>com o foco na produção de sentido e na construção de significados, produzidos pelo projeto <em>Street River</em>, na Ilha do Combu, em Belém (PA). O escopo teórico está baseado pelas filosofias de Peirce (2017) e Dewey (2010) e subsidiados por Santaella (1994, 1995, 2002, 2004, 2006, 2012, 2013, 2017, 2019, 2020), Santaella e Nöth (2001, 2017), Silva (2014), Cauquelin (2007, 2005). A abordagem metodológica, com base na semiótica aplicada, ocorreu por intermédio de pesquisas exploratória, descritiva e explicativa, com coleta de dados em pesquisas documental, bibliográfica e de campo. O artigo conclui que a interação é o ponto da confluência da interseção e o ingrediente da experiência no qual a significação se faz presente.</p>Will Montenegro TeixeiraLucilinda Ribeiro TeixeiraJosé Ferreira Junior
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2024-04-012024-04-01143027230910.35699/2238-2046.2024.45234Esta vida é um carnaval
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/48019
<p>Este artigo focaliza a trajetória artística de Carlos Machado no <em>show</em> <em>business</em> nacional e internacional, bem como o luxo e o <em>glamour</em> dos espetáculos por ele produzidos em várias casas noturnas do Rio de Janeiro nos anos 1950 e 1960, destacando o diálogo desses espetáculos com os bailes de gala do Theatro Municipal e com as escolas de samba cariocas por meio de imagens e da revisão de literatura e periódicos. O trabalho argumenta que os espetáculos do produtor, inspirados no padrão cênico suntuoso e grandioso dos musicais realizados em Paris, Nova York e Hollywood na época, contribuíram para a “espetacularização” visual dos desfiles das agremiações carnavalescas.</p>Maximiliano MarquesFelipe Ferreira
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2024-04-012024-04-01143031033710.35699/2238-2046.2024.48019Trajetórias da pobreza e da desigualdade
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/48205
<p>Este trabalho é uma importante reflexão acerca de processos que transcendem a arte e da educação, trazendo a pobreza e a desigualdade social como linhas de frente e a arte como instrumento de transformação social. Como objeto, um projeto de intervenção artística realizado pelo autor de 2015 a 2017 em uma Escola da Rede Pública Estadual do Ceará, desenvolvido anualmente com alunos do Ensino Médio, tendo a cidade como palco de uma arte pública e colaborativa. Sua justificativa se dá tanto pela surdez social diante da pobreza, quanto pela necessidade crescente de darmos vazão a saídas para o colapso social brasileiro. Eis aqui um instrumento de formação pessoal, social e critica de adolescentes, apoiado pela subjetividade do ensino da arte.</p>Hemetério AraújoSolonildo Almeida da SILVA
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2024-04-012024-04-01143033837810.35699/2238-2046.2024.48205A configuração da tragicidade em Bodas de Sangue
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<p>O gênero trágico, dentro da dramaturgia, tem seu auge em dois momentos: na Antiguidade, com o teatro grego, e no Renascimento, especialmente com o teatro elisabetano, os quais se tornaram emblemáticos. Em que medida esse gênero se expressaria em uma dramaturgia do século XX? A proposição deste artigo é elencar elementos de constituição da referencialidade trágica, analisando <em>Bodas de sangue,</em> de Garcia Lorca, com o objetivo de destacar a composição estética dessa tragédia, a qual se alicerça no referencial da tragédia grega (Segal,1994), e explora as potências do texto teatral (Rosenfeld, 2000), apresentando a morte como força motriz na configuração dos personagens e linha mestra da ação dramática, destacando a correlação entre conteúdo e estrutura textual. </p>Elisana De Carli
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2024-04-012024-04-01143037238410.35699/2238-2046.2024.48430A dialética técnico-subjetiva de Steven Spielberg
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<p>O texto possui o objetivo de analisar a dialética técnico-subjetiva do cinema de Steven Spielberg, partindo, para tanto, da sequência inicial de <em>Os Fabelmans</em>. Utilizando método interpretativo hermenêutico, a entrada da obra é, a princípio, comentada; em seguida, ela é inserida em contextos mais amplos – o filme em si e parte expressiva da filmografia do diretor –; por fim, ao retornar para tal sequência, é possível executar uma reinterpretação, mostrando como resultado uma estrutura profunda do cinema spielberguiano. Assim, o artigo conclui que a abertura de <em>Os Fabelmans</em> é um momento privilegiado de autoconsciência do artista, ocasião em que Steven Spielberg revela muito de sua intenção estética.</p>Rafael Fava Belúzio
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2024-04-012024-04-01143038540210.35699/2238-2046.2024.48143