Revista Três Pontos
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<div id="u_0_1g" class="_5aj7 _3-8j"> <div class="_4bl9"> <div class="_3-8w"><strong>A Revista Três [...] Pontos é um periódico de publicação semestral editado pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFMG. Destinada a estimular a produção de artigos, resenhas, ensaios, relatos de experiência e entrevistas entre GRADUANDOS(AS) ou RECÉM-GRADUADOS(AS) há no máximo um ano.</strong></div> </div> </div> <div id="u_0_1i" class="_5aj7 _3-8j"> <div class="_4bl9"> <div class="_3-8w"> <div id="id_5d7940b0bde1e4841383221" class="text_exposed_root text_exposed"><span class="text_exposed_show"><br />Buscando sempre se apresentar como ampla e plural no que diz respeito a suas posições científicas e político-ideológicas, a Revista Três [...] Pontos abre espaço para publicações de alunos de qualquer instituição universitária do Brasil, inclusive advindas de outros cursos, reiterando a importância de diversas perspectivas sobre temas que são compartilhados também por outras áreas do conhecimento.</span></div> </div> </div> </div>pt-BRRevista Três Pontos1808-169XSobrinhas de Zora e o Epistemicídio Precoce como política de segregação na UFMG: Relato de uma aluna não binárie
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistatrespontos/article/view/54321
<p><span style="font-weight: 400;">O meio acadêmico é um espaço de disputa que até hoje possui suas próprias ferramentas para controlar os perfis de pessoas que poderão frequentá-lo. Tendo isto em vista, este artigo propõe discutir os elementos que compõem a segregação sociorracial no meio universitário da UFMG e que culmina num processo de epistemicídio dentro do meio acadêmico. A discussão terá como fundamento um relato que parte de minha perspectiva como estudante da universidade e em artigos que tratam sobre marcadores raciais e sociais, branquitude e gramáticas emocionais. Também me debruçarei sobre os aspectos socioeconômicos e o modo como isto inicia um processo que define as relações sociais e ocasiona segregação na universidade tanto com relação às relações alune-alune quanto de alune-professor. Culminando em uma menor quantidade de oportunidades para todas aquelas que já iniciam na academia tendo que lidar com atribulações de ordens diversas.</span></p>Guilherme Henrique Silva Santos
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2024-08-312024-08-311822431Solidões que perpassam a pessoa negra no espaço universitário: Perspectivas e experiências de estudantes negras à luz do pensamento de Zora Neale Hurston
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo explora algumas vivências com enfoque na solidão da mulher negra no espaço universitário, à luz do pensamento de Zora Neale Hurston. Conhecida por sua obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Their Eyes Were Watching God </span></em><span style="font-weight: 400;">(1937) e por suas colaborações à antropologia cultural, Zora contribuiu com uma perspectiva fundamental na compreensão das complexidades raciais enquanto mulher e negra, integrando diversos ambientes, incluindo acadêmicos, predominantemente brancos. Através de uma disciplina optativa, os docentes desenvolveram um breve estudo das camadas de isolamento, exclusão e resistência que marcaram as trajetórias acadêmicas. As solidões experimentadas são multifacetadas, incluindo a invisibilidade dentro da sala de aula, a falta de representatividade no corpo docente e a exclusão de redes acadêmicas. Este trabalho contribui para a compreensão das barreiras ainda presentes no ensino superior e destaca a importância de políticas de inclusão que vão além do acesso, promovendo um ambiente verdadeiramente acolhedor e equitativo, possibilitando não somente a ocupação, mas também a permanência e manutenção nos respectivos espaços. Assim, a reflexão de Zora sobre identidade e resistência cultural, enquanto pesquisadora negra, oferece um quadro teórico essencial para analisar e confrontar essas dinâmicas no contexto universitário contemporâneo.</span></p>Joyce de Souza MarrocosThamyres da Silva Pacheco
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2024-08-312024-08-311823237Editorial
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<p>.</p>Amanda Sena Peixoto
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2024-08-312024-08-3118233Nossos olhares, corporalidades e presença na Antropologia: Entrevista com Denise da Costa
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<p><span style="font-weight: 400;">Denise da Costa é Professora Adjunta no Instituto de Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, lecionando no Bacharelado de Humanidades e no Bacharelado de Antropologia dessa instituição. Leciona no Mestrado de Antropologia UFC/UNILAB. Doutora e mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisa temas relacionados aos estudos africanos desde 2007 a partir de sua inserção no Laboratório de Etnologia e do filme etnográfico. Pautou o tema dos estudos africanos no departamento de Antropologia da UFMG tendo organizado junto à pesquisadora Denise Pimenta o seminário Do lado de lá do Atlântico: o campo da Antropologia em solo africano. Realizou pesquisa de campo e Maputo, capital de Moçambique em 2011, 2014 e 2017. Tem interesse em Antropologia Africana, Raça, Estética, concepções do belo em sociedades africanas e Cinema africano. É integrante da RIPES. Membro efetivo da Associação Brasileira de Antropologia. Compõe o comitê de Antropologia africana da ABA. Coordenadora do Programa de Pós-graduação Antropologia da UFC-Unilab. Além disso, é escritora. Escreve ensaios, artigos acadêmicos, contos e livros didáticos. E-mail: </span><a href="mailto:denisecruz@unilab.edu.br"><span style="font-weight: 400;">denisecruz@unilab.edu.br</span></a></p>Denise da CostaBeatriz Natiele dos Reis SabinoLuana Rodrigues NascimentoRafaela Rodrigues de PaulaSteffane Pereira Santos
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2024-08-312024-08-311826772[RE]FAZER ANTROPOLOGIA COM ZORA NEALE HURSTON
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<p>.</p>Nicole Faria BatistaRafaela Rodrigues de PaulaRuben Caixeta de QueirozSteffane Pereira Santos
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2024-08-312024-08-31182716Retomadas a Zora Neale Hurston
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<p>.</p>Amanda do Carmo RibeiroAmanda FigueiredoBruna Dias TeixeiraEco Ian Lofego SilveiraJohnny Vinicius FreitasPedro Lima Martins de SouzaSofia Maria do Carmo NicolauSteffane Pereira Santos
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2024-08-312024-08-311821723Posfácio
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<p>.</p>Denisa da Costa
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2024-08-312024-08-311828080Pensando imagem, fala e escrita como expressões etnográficas através de Zora Neale Hurston
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<p>O presente relato pretende fazer uma análise de trabalhos da antropóloga Zora Neale Hurston, tanto etnográficos quanto literários, que serviram como inspiração e referência para refletir sobre experiências próprias na pesquisa antropológica. Zora usou de diferentes recursos narrativos, linguísticos e audiovisuais para compor suas publicações e, mesmo enfrentando diversos obstáculos, construiu inúmeras possibilidades dentro da Antropologia. Discorro sobre elas neste trabalho a partir da minha pesquisa etnográfica para Monografia, em que estudei a tradição da Folia de Reis e do boi de janeiro na cidade de Rubim (MG). A transcrição de entrevistas e músicas foi um dos pontos principais em que pude traçar uma conexão com o trabalho de Zora, ao pensar sobre a conservação da oralidade na escrita, que está presente nos textos da autora e no meu. Além disso, a utilização da visualidade também foi algo presente nas pesquisas da autora e que considero muito importante, sendo abordada neste relato.</p>Lavinia Botelho e Brito
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2024-08-312024-08-311825558Cultivando os jardins de nossos ancestrais: rememorando a ancestralidade para autorrecuperar e autodefinir
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<p><span style="font-weight: 400;">Objetivo deste trabalho é apresentar através de um relato de experiência como o processo de autodefinição e auto-recuperação de mulheres negras pode dar pelo caminho de rememorar a ancestralidade. A partir de Patricia Hill Collins (2019), bell hooks</span><span style="font-weight: 400;"> (2023), Zora Neale Hurston (2021), o relato que segue traz reflexões sobre a minha trajetória na universidade e os questionamentos acerca da autodefinição que emergem no contato com as autoras citadas e outras tantas que eu pude conhecer durante a minha graduação. Neste texto, busco reconectar-me com as mulheres da minha vida, retorno, sobretudo, a imagem de minha avó, especialmente a sua morte. E neste momento memorístico que envolve luto e autoconhecimento proponho no texto uma carta relatando à minha avó o dia de sua morte, sua ausência, e nessa proposta literária ousada, discuto como a morte, luto e as memórias podem construir o processo de autodefinição de mulheres negras. Articulando, assim, como minhas palavras não são sem sentido. Elas estão em ação e em resistência, é a partir do caminho da autorrecuperação e autodefinição, juntando e conectando pedacinhos da memória viva que eu posso enfim descobrir a minha própria identidade.</span></p>Bruna Dias Teixeira
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2024-08-312024-08-311825966“Mas eu não sou tragicamente uma pessoa de cor”: reflexões sobre identidade e relações de poder no pensamento de Zora Neale Hurston
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente ensaio pretende discutir a partir dos textos “Como eu me sinto uma pessoa de cor” (Hurston, 2021a) e “O sistema “negro de estimação” (Hurston, 2021b) parte do pensamento da antropóloga negra Zora Neale Hurston e suas contribuições ao campo de estudos das relações de poder. O fio condutor do ensaio será as discussões propostas a partir de (Hurston, 2021b), de maneira a entender como esta é uma análise que consegue complexificar a relação racial – demarcando um sistema que possibilita diferentes possibilidades de relações de poder, sem negar as assimetrias e violências que perpassam a racialização dos sujeitos, mas com um olhar atento àquilo que escapa ao maniqueísmo dicotômico. Por outro lado, argumento que essa preocupação analítica sobre como se estrutura o racismo no Sul dos Estados Unidos na primeira parte do século XX só se torna possível a partir da autopercepção de Hurston sobre sua condição de humana marcada enquanto pessoa negra (Hurston, 2021a).</span></p>Pedro Lima Martins de Souza
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2024-08-312024-08-311823841Carta (para) sobre ês necessitades
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<p><span style="font-weight: 400;">As palavras entrelaçadas a seguir tratam-se de um esforço, tomado como ensaístico, dedicado a pensar como a branquitude aciona a caridade enquanto uma instituição de biopoder na manutenção de seus privilégios. Engatilhado pela provação de Zora Neale Hurston acerca do que nomeou como “Sistema ‘Negro de Estimação’” ocorre, aqui, um desejo de refletir como o caso de racismo vivenciado pelo entregador Max Ângelo fora abraçado pela branquitude brasileira de forma a não desestabilizar as égides da Casa Grande, fazendo-a parecer o lar de bondade que pretende gerar na estima um senso de dívida e de gratidão.</span></p>Luana Rodrigues Nascimento
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2024-08-312024-08-311824246Zora, Tereza e Beyoncé: é um prazer desfrutar dessas companhias!
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<p><span style="font-weight: 400;">“Pela delícia em receber o desconhecido / como uma oportunidade de alargar a experiência de estar vivo” (Elisa, 2023, p. 48). Com o pensamento de Zora Neale Hurston, antropóloga, negra, temos o prazer de desfrutar de outras possibilidades do fazer antropológico, bem como de nos posicionarmos frente aos silenciamentos sistêmicos e históricos ao longo do tempo, com relação especificamente às mulheres negras. Logo, essa voz que ecoa do Sul dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XX, com uma corporeidade potente, forte e orgulhosa de sua negritude – não apenas no contexto acadêmico, mas que extrapola outros campos, como o da literatura –, encontra consonância em outras presenças: seja no mundo das artes, personificada por Beyoncé, ou por meio de nossa própria ancestralidade, na trajetória de vida da minha avó materna, Tereza; mulheres, negras, que foram e são capazes de uma mudança de olhar sobre si mesmas e que propõem reflexões que trazem sentidos e significados – a partir do conhecimento, da arte, da música, de relatos de vida – que fomentam novas possibilidades de resistência a partir da própria forma de existir no mundo.</span></p>Gleiciara Rosana da Silva
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2024-08-312024-08-311824754Reflexões sobre representações da branquitude na imaginação negra dialogando entre Zora Hurston, bell hooks e Toni Morrison
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente texto é inspirado pelas reflexões de bell hooks (2019) sobre as representações da branquitude na imaginação negra, onde a autora evidencia que a Ciência ocidental não reconhece a autonomia de pensamento das pessoas negras, tampouco muitos dos sujeitos brancos. Isso leva a uma crença de que as pessoas negras também veem a branquitude a partir das características que esta forja e imagina para si mesma, centradas na bondade e na neutralidade. Busco, portanto, nas autoras, Zora Hurston e Toni Morrison, evidências do que destaca bell hooks: pessoas negras pensam, e pensam criticamente inclusive sobre a branquitude. E que, além disso, as pessoas negras podem ter uma representação de pessoas brancas que difere das características relacionadas à bondade e à neutralidade.</span></p>Amanda do Carmo Ribeiro
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2024-08-312024-08-31182Colagens: As Sobrinhas de Zora Hurston
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<p>.</p>Beatriz Natiele dos Reis SabinoFabiany Silva Ferreira dos Santos
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2024-08-312024-08-31182