https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/issue/feedTemporalidades2024-11-05T16:35:56-03:00Revista Temporalidadestemporalidades@gmail.comOpen Journal Systems<div class="_5aj7 _3-8j">Temporalidades é um periódico semestral dos alunos de Pós-Graduação do Departamento de História da UFMG. Trata-se de um espaço voltado para a publicação de trabalhos originais produzidos por pesquisadores da área de História, ou que com ela dialoguem, sem restrição de titulação, apesar de voltar-se, preferencialmente, para um público constituÌdo por alunos de pós-graduação o de todo o Brasil e também do exterior.</div>https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48018Hannah Arendt e a oportunidade de uma nova relação com a história – 1952 a 19612024-07-19T16:04:27-03:00Jaciel Rossa Valentejacielvalente@gmail.com<p>o artigo em tela investiga os escritos de Hannah Arendt elaborados na fase de sua vida denominada <em>reconciliação com o mundo</em>. Parte de sua constatação da ruptura com a tradição em <em>living experience</em> para explorar a proposição de uma nova relação com a história. Essa nova relação não é explícita, pelo contrário, encontra-se diluída e camuflada em toda sua obra. Desse modo, problematizamos qual é a principal ligação entre a ruptura com a tradição em <em>living experience</em> com a base de sua escrita da história de 1952 a 1961? Assim, objetivamos: a) levantar a constatação arendtiana da ruptura; e b) analisar a ligação entre ruptura com a escrita da história de Arendt. Buscando viabilizar essa empreitada analítica, empregamos quatro categorias provindas da <em>Begriffsgeschichte</em> de vertente koselleckiana, sendo essas: a) <em>ausgrenzung</em>; b) <em>espaço de experiência</em>; c) <em>horizonte de expectativa</em>; e d) <em>estratos de experiências</em>. Destarte, desembocamos nas seguintes considerações: a) constatação da ruptura com a tradição; e b) abertura da oportunidade de uma nova relação com a história.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jaciel Rossa Valentehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/51685As fronteiras entre história e literatura2024-07-09T09:18:58-03:00Lucas Fernandesfernandes-luca@hotmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Hayden White, ao afirmar que o ofício historiográfico é marcado pela imaginação histórica e pela narrativa, causou grandes provocações no debate internacional. Este trabalho se propõe a analisar uma das principais revistas brasileiras de teoria da história, chamada </span><em><span style="font-weight: 400;">História da Historiografia</span></em><span style="font-weight: 400;">, procurando apreender as diversas leituras realizadas sobre o autor na última década, delimitando estratégias argumentativas utilizadas e interpretações realizadas em torno dos efeitos literários na escrita histórica. De modo mais específico, procuramos perceber os modos de apropriação de suas ideias e seus impactos na compreensão das fronteiras entre história e literatura e, com isso, diagnosticar dinâmicas historiográficas e possibilidades de estudos em torno da teoria whiteana no que diz respeito à escrita e interpretação históricas.</span></p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lucas Fernandeshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/45990“Um lugar proeminente entre os mais conscienciosos cultores da História Pátria”2023-04-27T22:56:21-03:00Magno Francisco de Jesus Santosmagno.santos@ufrn.br<p>Miguel Archanjo Galvão (1821-1903) foi um importante letrado brasileiro da segunda metade do século XIX. Integrante do corpo burocrático do Império do Brasil, ele se deslocou por diferentes províncias e investiu nos fazeres historiográficos atinentes à história da dízima brasileira e à construção de cronologias dos governantes do país, além de investigações acerca da numismática. Neste artigo tenho como escopo analisar a concepção de história mobilizada pelo letrado brasileiro a partir de sua produção historiográfica. Os seus fazeres historiográficos podem ser entendidos como devedores de um projeto de invenção da autonomia nacional e de ruptura diante das tradições legislativas lusitanas. Neste sentido, acionar esses escritos possibilitam pensar os meandros dos projetos de nação em disputas no cenário letrado imperial ao longo da segunda metade do oitocentos.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Magno Francisco de Jesus Santoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48806Nações e nacionalismos2023-11-15T20:12:39-03:00Icles Rodriguesicles.rodrigues@gmail.com<p>O presente artigo busca propor definições para os conceitos de nação e nacionalismo a partir do debate conceitual entre autores adeptos de dois paradigmas de análise diferentes: o modernista e o etnossimbolista. Buscamos também discutir como o nacionalismo permeia as percepções públicas do que é história e não pode ser encarado de maneira essencialista e descontextualizada, uma vez que ele não pode ser automaticamente encaixado no espectro político descolado da materialidade.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Icles Rodrigues Rodrigueshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/42421Os temas sensíveis e o papel político do ensino de História2023-02-14T13:24:49-03:00Maicon da Silva Camargomaiconcamargo.msc@gmail.com<p>O presente estudo reflete acerca das potencialidades dos temas sensíveis no ensino de história tanto para a formação cidadã de alunos críticos, quanto para a reflexão do próprio professor acerca do papel político, social e ético dele e de sua disciplina. Nesse sentido, tocamos também em temáticas atuais e polêmicas sobre o ensino de história, tais como: as funções sociais da história, as dimensões da história pública e o papel das novas tecnologias da informação e comunicação na sociedade e no ensino. Sem, contudo, tentar encerrar o debate, mas desenvolvê-lo através da discussão acerca do ensino de história e seu compromisso político de construção de uma sociedade cada vez mais plural, democrática e ativa nas lutas contra as injustiças sociais.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maicon da Silva Camargohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/46971A literatura como fonte histórica no livro didático de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Novo Ensino Médio2023-07-25T14:49:26-03:00MÁRCIO DOUGLAS DE CARVALHO E SILVAconectadonomarcio@hotmail.com<p>Com a aprovação da Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituindo o Novo Ensino Médio e consequentemente uma nova forma de organização do currículo, grande parte das disciplinas foram agrupadas sob uma única coleção de livros didáticos, como História, Geografia, Filosofia e Sociologia, que perderam seus manuais individualizados e atualmente estão distribuídas nos livros da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Com isso, o objetivo deste artigo é analisar o uso da literatura como fonte histórica nos livros didáticos de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Novo Ensino Médio. A metodologia comtemplou a análise de 18 livros didáticos, correspondentes a três coleções disponibilizadas pelo Ministério da Educação. Verificou-se que os autores recorrem à literatura de maneira pontual, optando quase sempre por poemas, que são acompanhados de sugestões de atividades.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 MÁRCIO DOUGLAS DE CARVALHO E SILVAhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/40757Culturas políticas e trajetórias2024-07-29T11:27:53-03:00Guilherme Cattogcatto@msn.com<p>O presente texto tem por objetivo debater o uso de trajetórias como metodologia para o estudo de culturas políticas. Uma exposição inicial dará conta dos percursos da História Política e da incorporação do conceito de Cultura Política pela historiografia. Em seguida, serão apresentados e analisados trabalhos que utilizam trajetórias para a análise de culturas políticas. Por fim, faremos uma proposta metodológica da utilização da prosopografia como metodologia potencial para o estudo das culturas políticas.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Guilherme Cattohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/54969Caminhos para a História2024-10-01T12:00:39-03:002024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/46280Between Goa and America2023-05-22T18:35:41-03:00Bernardo Ternus de Abreubernardoternus@gmail.com<p>In this work we comparatively analyzed two works written by Jesuits at the beginning of the XVIII century, the first in India and the second in America, which contained a chapter on cancer. Both works were influenced by humoral theory/Hippocratic-Galenic medicine, with appropriations of local knowledge. The works can be included in a set of books that gradually constitute the language of natural sciences in modernity, a process marked by the definition of new terms and concepts, and in which the fragmentation of certain meanings occured as a result of new empirical observations in the field of natural sciences. Translation processes and contact networks are relevant in the production of knowledge in both centers, but certain borders also make it difficult to translate concepts produced in other centers. The sources analyzed consisted of medical-surgical and pharmacy treatises from the beginning of the XVIII century, dictionaries of the period, as well as Annua Letters of the Jesuit Province of Paraguay and bibliography on the first modernity</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bernardo Ternus de Abreuhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48923Nos porões da loucura (1979)2023-11-27T22:43:24-03:00Maria Fernanda Pimenta Fróism.fernandapimenta01@gmail.com<p>Esse artigo tem como objetivo a análise das narrativas da imprensa escrita a partir da série de reportagens divulgadas pelo jornal <em>Estado de Minas</em> em 1979. Essas notícias tinham como centro das narrativas os hospitais que faziam parte do chamado “itinerário público da loucura” e passaram a ganhar protagonismo durante a movimentação na busca por uma Reforma Psiquiátrica. Nesse sentido, o principal intuito está em analisar as matérias selecionadas a partir da necessidade que os jornais tinham de publicar para sensibilizar o público. As reportagens utilizadas, assumem o caráter de denúncia diante do cenário que se formava na busca por um atendimento especializado e se caracterizam como a principal fonte desse estudo.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maria Fernanda Pimenta Fróishttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/49154O envelhecimento e a velhice no Brasil sob a ótica das expulsões , de Saskia Sassen2023-12-13T16:49:45-03:00Lissia Stinghen Chagaslissia.chagas@ufpr.br<p>Este artigo aplica o conceito de<em> expulsões</em> da socióloga holandesa Saskia Sassen na análise das categorias da velhice e dos processos de envelhecimento estudados há mais de trinta anos pela antropóloga brasileira Guita Grin Debert. Para tanto, são utilizados como referencial conceitual o livro de Sassen<em> Expulsões: brutalidade e complexidade na economia global</em>, de 2016 e o livro de Debert <em>A Reinvenção da Velhice: Socialização e Processos de Reprivatização do Envelhecimento</em>, de 1999. A partir deles, uma reflexão acerca do processo percebido por Debert como <em>reprivatização do envelhecimento </em>(uma tendência nacional e global) é estabelecida trazendo o movimento de <em>expulsões</em> analisados globalmente por Sassen para um nível nacional. A complexidade do tema velhice no Brasil — e seus dilemas morais, políticos, econômicos e culturais existentes entre 2000 e 2023 — é exposta e analisada pela ótica das <em>tendências subterrâneas</em> e <em>afinidades sistêmicas</em> cujas definições e aplicabilidades conceituais e históricas são exemplificadas pela socióloga como criadoras e sustentadoras dessas <em>expulsões</em>.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lissia Stinghen Chagashttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/40907Memória e gênero2024-06-24T13:48:04-03:00Bárbara Boy Oliveirabarbaraboy57@gmail.com<p>Esse artigo analisa as paisagens da Baía de Guanabara, importante acesso da cidade do Rio de Janeiro e de sua Região Metropolitana. Incialmente propomos “escovar a história a contrapelo” em busca de lampejos da memória não evidenciada, e depois uma investigação sobre um grupo social específico, o de mulheres que também construíram a paisagem da Baía da Guanabara. Propomos aqui formas de ver a paisagem a contrapelo, colocando em disputa o olhar da mulher e espaços excluídos da hegemonia. Acreditamos que a Baía de Guanabara possui camadas de análise, enquanto cidade, enquanto água, enquanto berço, enquanto seio, enquanto fluxo. O objetivo é buscar indícios de paisagens outras da Baía, colocando em disputa o olhar da mulher na paisagem hegemônica. O modo de pensar/fazer que propomos é a montagem, desmontagem e remontagem dessas paisagens, localizando onde elas se encontram no território.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bárbara Boy Oliveirahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48410Prescrições salutares2023-10-16T19:45:08-03:00Caroline Ivanski Langercaroline.langer@hotmail.comNatalia Piccolinatalia.piccoli@outlook.com<p><span style="font-weight: 400;"> O presente artigo analisa a tese </span><em><span style="font-weight: 400;">Considerações ácerca da idade critica da mulher,</span></em><span style="font-weight: 400;"> elaborada por Jose Luiz Cardozo, estudante da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e defendida em 1849. O estudo de Cardozo aborda a “idade crítica” das mulheres, relacionada à menopausa, de forma a analisar as implicações médicas e sociais desta fase da vida da mulher. O médico descreve as mudanças físicas e emocionais enfrentadas durante a puberdade e o climatério, bem como oferece prescrições médicas e comportamentais para as mulheres lidarem com o fim de seus anos reprodutivos. Este trabalho busca destacar como a medicina do século XIX patologizou a experiência feminina, restringindo a autonomia das mulheres e contribuindo para a construção de estereótipos de gênero. Objetiva-se ser capaz de identificar fatores que prescreviam certas posturas às mulheres mais velhas, de forma a estabelecer controle sobre seus comportamentos e moldar uma determinada moral a ser seguida assim que suas funções procriativas cessassem.</span></p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Caroline Ivanski Langer, Natalia Piccolihttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48928A Continuidade das Estruturas Hierárquicas no Pós-Abolição2024-01-23T15:39:15-03:00Ana Victoria Leite Rochaanavictoriarocha152@ufpi.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo examina a persistência das estruturas hierárquicas após a emancipação dos ex-escravizados em 1888, destacando que, apesar da libertação formal, muitos continuaram a desempenhar trabalhos subalternos. Focalizando especificamente nas mulheres negras recém-libertas, o estudo revela a falta de transição significativa nas relações sociais, especialmente no contexto privado das residências de seus ex-senhores. Nesse sentido, esse artigo busca demonstrar que, mesmo com a abolição , essas mulheres enfrentaram condições desafiadoras ao permanecerem no mesmo ambiente laboral, evidenciando a complexidade da transformação social efetiva após o fim da escravidão. Analisar o significado concreto da liberdade na vida social das mulheres ex-escravizadas, representa um passo importante para compreender sua relação com o trabalho, especialmente no âmbito doméstico.</span></p> <p> </p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ana Victoria Leite Rochahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48924A dupla nacionalidade em Albert Camus2024-07-25T11:47:44-03:00Raissa Efremraissa.efrem@ufpe.br<p>O presente artigo tem como objetivo primordial dissertar acerca da dupla nacionalidade de Albert Camus, filho de francês, mas nascido na Argélia, e sobre como o seu conflito identitário influenciou nas opiniões emitidas pelo filósofo à data da Revolução Argelina (1954-1962). Ao contrário de outros pensadores da época, como Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Camus não era a favor da independência da Argélia da maneira em que ela vinha sendo construída. Humanista, ele defendia o diálogo e a diplomacia, não uma revolução armada. O fio de Ariadne que nos guiou na escrita deste trabalho foram algumas crônicas escritas pelo próprio Camus, a exemplo de <em>Actuelles III </em>(1958); discussões acerca de identidade, com base em E. P. Thompson; e, também, leituras a respeito de nacionalismo, fundamentada, principalmente, em Homi Bhabha.</p> <p>Palavras-chaves: Albert Camus; Argélia; Identidade.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Raissa Efremhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52022Por uma história das sensibilidades na literatura nigeriana contemporânea2024-04-04T22:42:09-03:00Evander Ruthieri da Silvaevander.silva@unila.edu.brAna Luiza Baldin Fidelisalb.fidelis.2021@aluno.unila.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">O artigo analisa o ensaio Notas sobre o Luto (2021) da romancista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, destacando a interação entre tradições e modernidade na caracterização de ritos funerais e de luto. A partir de uma perspectiva da História das Sensibilidades, percebe-se que Chimamanda Adichie utiliza elementos autobiográficos para explorar o luto e o trauma, especialmente em contextos referentes à memória da guerra civil nigeriana e da pandemia do COVID-19. Desse modo, Adichie resgata a importância dos rituais de enterro na cultura igbo, evidenciando a resistência contra traumas coletivos e individuais. Assim, a análise incide sobre as vias pelas quais o ensaio de Adichie reflete sobre os conflitos entre modernidades e tradições, não como um apego irracional ao passado, mas como uma resposta às mudanças estruturais na sociedade nigeriana. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;"> </span></p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Evander Ruthieri da Silva, Ana Luiza Baldin Fidelishttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/49077Os Outros de Ryukyu/Okinawa2023-12-05T21:16:52-03:00Gabriela Franco Uechigfuechi@gmail.com<p>Com este artigo, busca-se demonstrar como a identidade do sujeito subjugado (SPIVAK, 2010) pode ser identificada nas produções discursivas literárias (MAINGUENEAU, 2018), enquanto as diversas formas de uso do Outro permeiam essa manifestação (SAID, 2007; 2011). Para isso, além da contextualização histórica, analisou-se o mangá "Okinawa" de Susumu Higa. A fonte analisada apresenta expressões de uma identidade ryukyuana/okinawana, que acompanhou seu povo, indicando diferenças entre ser ryukyuano/okinawano e o ser japonês. Dessa forma, corrobora-se com a pertinência de ouvir a voz do sujeito subjugado para o aprimoramento das relações individuais e coletivas, em um contexto contemporâneo em que a violência da colonialidade ainda persiste.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriela Franco Uechihttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/46073Qual o lugar da discussão quilombola? 2024-02-26T06:48:41-03:00Danilo Borgesdbsadanilo@gmail.com<p>As discussões em torno das populações quilombolas têm sido abordadas sob diferentes perspectivas de conhecimento. Foi a partir dessa reflexão sobre a produção de conhecimento na área da comunicação, com foco na temática quilombola, que se originou esta pesquisa. Com isso, o objetivo deste artigo foi realizar um levantamento dos trabalhos publicados nas principais redes de pesquisa em comunicação - Sbpjor e Compós - entre os anos de 2000 a 2022. Utilizamos como metodologia uma pesquisa descritiva e explicativa a partir de busca por palavras-chave (quilombo; quilombos e quilombola) nos repositórios de cada instituição. Apontamos que dentre as 5.649 produções analisadas, apenas três abordaram a temática quilombola. Isso demonstra a existência de lacunas na produção científica sobre as populações quilombolas, apesar da relevância do assunto para a compreensão das questões sociais, políticas e culturais do país.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Danilo Borgeshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52494Circulação de ideais de liberdade e cidadania no Haiti revolucionário2024-09-12T13:04:05-03:00João Vitor Valerianojoaovitorvaleriano1999@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo se propõe a investigar a circulação de ideais de liberdade e cidadania em São Domingos – atual Haiti –, durante a Revolução Haitiana (1791-1804), com base na leitura do periódico </span><em><span style="font-weight: 400;">Gazette de Saint-Domingue, politique, civile, économique et littéraire. Affiches, annonces et avis divers.</span></em><span style="font-weight: 400;"> Serão priorizadas as edições publicadas de 20 de agosto a 21 de setembro de 1791, período que coincide com a fase inicial do processo revolucionário. A partir de elementos fornecidos pela análise da fonte, pretende-se focar na experiência e agência de sujeitos negros, como escravizados, livres de cor e libertos, que tiveram papel fundamental como disseminadores das notícias de liberdade no Caribe. Por meio da leitura desse jornal objetiva-se entender as demandas e interesses políticos próprios desses sujeitos, levando em conta que essas características foram fundamentais para a irrupção e fortalecimento do processo revolucionário.</span></p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 João Vitor Valerianohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/51454A desconstrução do escravizado e o baixo número de revoltas no Vale do Paraíba fluminense2024-03-03T08:13:25-03:00Alan de Carvalho Souzappunk_alan@hotmail.com<p>Por que, os escravizados não produziram grandes revoltas no Vale do Paraíba fluminense, onde eram 70% da população nas décadas de 1830-1840? Para entendermos as razões, é necessário abordar a restrição de pessoas letradas imposta pelo governo central na colônia portuguesa, a política de intensificação do comércio humano a partir de meados do século XVIII e todo o processo que envolveu a principal e mais importante força de trabalho do império português. Em terras coloniais americanas, o africano renascia sob a condição de escravizado, e era guiado a desenvolver novo sentido de pertencimento após todo o processo de desconstrução da sua condição humana, sendo transformado, em seguida, na base da estrutura social sob a bênção da Igreja. Assim, por meio da redução da escala de observação, não só buscamos a possível razão para o baixo número de revoltas como, também, apresentamos o processo pelo qual o escravizado era submetido; a saber: sobrevivência; renascimento; desconstrução; construção (pertencimento) e analfabetismo.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alan de Carvalho Souzahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/45865Ideias para adiar o fim do sonho (e do sonhar)2023-04-18T14:06:38-03:00Rômulo Rossy Leal Carvalho Leal Carvalholromulorossy@gmail.com<p>O texto tem como proposta visitar o modo como é abordado o tema do sonho e do sonhar para o filósofo e ambientalista indígena Ailton Alves Lacerda Krenak. Como base teórica, dialogamos com Karen Shihatori (2022), João Jackson Bezerra Viana (2016), Hanna Limulja (2019) e o próprio Krenak (2019; 2020), em um cruzamento com reflexões tecidas por Sidarta Ribeiro (2019) Sigmund Freud (2019) e Tobie Nathan (2011). Em termos de metodologia, empregamos uma revisão bibliográfica, corroborando com a relevância de “adiar o fim dos sonhos” ⸺ ameríndios ⸺, a propósito de como pensa Krenak, expandindo o saber sobre sonhos para outros espaços fora das universidades (SANTOS, 2014) em contraposição a uma ou mais existências alicerçadas no modo de ser/pensar/sonhar delineados pelo capitalismo e colonialismo ocidentais.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rômulo Rossy Leal Carvalho Leal Carvalhohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/51604Saber navegar é preciso2024-09-02T23:28:11-03:00Gabriela Berthou de Almeidagbalmeida87@gmail.com<p>Objetiva-se abordar a atuação de remeiros e pilotos indígenas na documentação legada da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira pela Amazônia portuguesa (1783-1792). Embora seja muito estudado o acervo do naturalista, considera-se ser necessário aprofundar as análises acerca das presenças ativas dos colaboradores locais, em especial dos povos indígenas, no cotidiano da expedição. Em contato com o letrado em campo, remeiros e pilotos indígenas colocavam seus saberes, habilidades e técnicas em uso e, consequentemente, em circulação. O argumento central mobilizado é que os sujeitos responsáveis por remar e pilotar as embarcações não eram somente a mão de obra disponível localmente, mas dominavam conhecimentos especializados sobre os rios que não podiam ser dispensados pelo viajante. Tinham ainda lógicas próprias de organização do trabalho, as quais eram mantidas mesmo diante da situação de controle. Se não era viável iniciar a viagem sem recorrer aos conhecimentos e trabalhos indígenas, também não foi possível silenciar os seus protagonismos nas fontes.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriela Berthou de Almeidahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48907"Aquela gente bárbara, inculta e ignorante da lei divina"2024-07-25T12:02:26-03:00Luan Moraisluanlucas7@hotmail.com<p>O presente artigo objetiva debater e apresentar as estruturas político-culturais de dominação imperial na Irlanda entre os séculos XII-XIII, estabelecidas a partir do processo de conquista da Ilha Esmeralda e sua anexação pelo Império Angevino no final do século XII, naquilo que se convencionou denominar de Senhorio da Irlanda (<em>Dominium Hiberniae</em>). Pretende-se aqui demonstrar o caráter imperialista da empreitada iniciada por Henrique II Plantageneta e suas subsequentes implicações, a partir do estabelecimento de instituições, práticas e de uma linguagem de colonização materializada em duas frentes: poder e civilidade. Em última instância, este trabalho busca ainda debater que os fundamentos do Senhorio da Irlanda e seu caráter eminentemente colonial estiveram inscritos aos próprios fundamentos materiais e concretos da categoria de <em>imperium</em> no medievo, a saber, aquilo que designava, alternativa e simultaneamente, uma autoridade e um território.</p> <p> </p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luan Moraishttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/53638O impacto da Idade Média Global na historiografia brasileira2024-09-02T23:32:12-03:00Nathalia Marques Bandeiranathaliamb18@gmail.com<p>A História Global é uma abordagem historiográfica que surgiu com o objetivo de se distanciar do eurocentrismo e do nacionalismo metodológico, cruzando fronteiras nacionais e culturais. Assim, a Idade Média Global aplica essa abordagem ao período medieval, incorporando porções conectadas da Afro-Eurásia e ampliando o conceito de Medievo para além da Europa Ocidental. Embora recente na historiografia brasileira, a Idade Média Global está ganhando popularidade acadêmica. Desse modo, o objetivo deste trabalho é analisar o impacto da Idade Média Global na historiografia brasileira a partir de um levantamento bibliográfico crítico, quantitativo e qualitativo. Assim, analisamos diversas tipologias de fontes, como livros, artigos, teses, dissertações, vídeos, podcasts, programas de disciplinas, editais de concursos, materiais didáticos, simpósios temáticos, dossiês de periódicos, entre outros. Nesse levantamento bibliográfico crítico, examinamos aspectos como impacto, tendências, vertentes, problemáticas e críticas.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Nathalia Marques Bandeirahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/51681A construção de heroísmo e cavaleirismo no além-mar dos Infantes de Avis pelo olhar de Gomes Eannes de Zurara na Crônica da Tomada de Ceuta (1415-1450)2024-03-19T15:27:12-03:00Milena Ferrarinimilena.ferrarini.0@gmail.comAdriana Mocelimadriana.mocelim@pucpr.br<p>O presente artigo realiza uma análise do discurso cronístico avisino enquanto um fator formador de legitimidade e identidade no Portugal tardo medieval. Analisa-se a Crônica da Tomada de Ceuta, do cronista Gomes Eannes de Zurra, com um enfoque no papel cavaleiresco dos jovens Infantes Avisinos. A crônica narra a tomada da cidade de Ceuta na África (1415) pelo rei D. João I e seus filhos infantes D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. A partir disto o trabalho buscou compreender as possíveis pretensões da escrita tardia desta crônica (1449-1450), bem como analisar de que forma a escrita de Zurara legitima a imagem dos Infantes da Casa de Avis.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Milena Ferrarini, Adriana Mocelimhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48081"Demonstrações de benquerença”2023-09-14T09:31:04-03:00Eduardo Lima de Souzaeduardo.lima@unesp.br<p>Entre os séculos XIV e XV, as recomendações sobre os exercícios misericordiosos circularam nos reinos cristãos a partir de um conjunto significativo e heterogêneo de textos, como as crônicas, os tratados moralizantes e as obras jurídicas. Em Portugal, especificamente, a intensificação das práticas assistenciais ocorreu em decorrência, sobretudo, das guerras contra os cristãos em Castela e contra os mouros no norte da África, somadas à grande peste, à fome decorrente das crises agrícolas e às frequentes catástrofes naturais. As guerras, especialmente, agravaram a pobreza, impondo uma subida generalizada dos preços, o que motivou a união e a entreajuda. Tomando como ponto de partida esse fenômeno no reino português, o objetivo deste artigo é apresentar, sobretudo, os atos de misericórdia e de assistência ao próximo na guerra, nomeadamente nas guerras fernandinas contra Castela e nas guerras contra os mouros, a partir das crônicas, tratados edificantes e obras jurídicas.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Eduardo Lima de Souzahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52483O Empório de Náucratis2024-04-30T17:31:35-03:00Leonardo Wesley do Santoslw.santos@unifesp.br<p><span style="font-weight: 400;">O empório de Náucratis foi estabelecido no Delta do Nilo entre o fim do século VII e início do século VI AEC, e ao longo de sua existência foi um dos principais portos comerciais do Egito. Este assentamento greco-egípcio foi um local de intensas trocas comerciais, culturais e religiosas entre os povos do Mediterrâneo. Dada tal especificidade, Náucratis se tornou um importante objeto de estudos para se compreender as interações entre gregos e egípcios na Antiguidade. Este artigo apresenta, concisamente, uma revisão bibliográfica das principais obras que, entre o século XVIII e XXI, se propuseram a estudar Náucratis. O objetivo primário deste estudo é pôr em perspectiva a produção de conhecimento sobre o empório e, a partir disso, analisar algumas das mudanças mais relevantes no discurso sobre Náucratis.</span></p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Leonardo Wesley do Santoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/49122Estado-Nação, legislação e políticas de migração no Brasil2023-12-10T15:52:37-03:00Fernando Wolffernandowolf107@gmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo trazer reflexões sobre o papel do Estado-nação brasileiro na elaboração de leis específicas direcionadas especialmente para as populações migrantes. Para tanto, é importante considerar as questões que envolvem a construção da identidade nacional, o papel da nação bem como do seu aparato legislativo, burocrático e regulador, tipificado na figura de um Estado, como um dos fatores essenciais e definidores de elaboração de políticas públicas para imigrantes e refugiados. O texto foi elaborado com base em reflexões teóricas de autores que abordam os conflitos existentes entre Estado-nação, etnicidade e deslocamentos populacionais na Europa; em análises históricas sobre os processos de formação da identidade nacional brasileira e o incentivo às políticas de imigração para o Brasil; e por último, o exame de duas leis nacionais e uma municipal referentes às populações de imigrantes e refugiados: Lei n. 6.815 de 1980; o Projeto de Lei n. 2.516 de 2015; e, por fim, a Lei municipal 16.478 de 2016 da cidade de São Paulo que institui uma Política Municipal para a População Imigrante.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Estado-nação; Políticas de migração; Leis de migração.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fernando Wolfhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52517Reforma agrária e o pensamento agrário brasileiro nos anos 602024-07-09T10:27:06-03:00Renan Vinicius Magalhãesrenan4321@gmail.com<p>Em meados do século XX o Brasil teve uma grande produção intelectual que se preocupava com a questão agrária no país, principalmente, modos de superar o pauperismo no campo. Entre as propostas de transformação do meio rural se destacou a reforma agrária, afinal, o latifúndio era considerado um dos responsáveis pelo atraso do campo. Na produção intelectual da época evidenciam-se três autores, Caio Prado Júnior, Fernando Ferrari e Antonio Callado, que em suas peculiaridades pensaram caminhos para a efetivação da reforma agrária no Brasil. Embora os autores compartilhassem ideais de reforma agrária, cabe destacar suas diferentes perspectivas. Caio Prado sugeriu a utilização das terras ocupadas pelos trabalhadores nos sistemas de parceria como o foco da reforma, Antonio Callado a partir das cooperativas agrárias e Fernando Ferrari, através de uma legislação específica, o Estatuto do Trabalhador Rural. Diante disso, nota-se que a questão agrária nos anos 60 no Brasil foi destaque numa discussão que produziu numerosos estudos e viabilizou diferentes caminhos para que se pudesse realizar a distribuição de terras.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Renan Vinicius Magalhãeshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48159Análise panorâmica da gênese do movimento agroecológico no Brasil2024-08-16T13:43:59-03:00EMERSON DA SILVAenevesdasilva73@gmail.com<p>O presente texto analisa a relação do estabelecimento do movimento agroecológico no país com o processo de globalização da agricultura no Brasil. A abordagem utilizada é da História Global e dos estudos da colonialidade do poder. As fontes utilizadas são os anais dos Encontros Nacionais de Agroecologia e bibliográfica. O movimento agroecológico é compreendido enquanto um fenômeno social que se desenvolveu enquanto uma experiência histórica caracterizada como ecologia decolonial, na medida em que se confrontou com as estruturas de poder do capitalismo global e colonial presentes no contexto brasileiro. Analisa a ruptura entre movimento agroecológico e agricultura alternativa, destacando os aspectos sociohistóricos que contribuíram para o desenvolvimento da agroecologia.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 EMERSON DA SILVAhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/48216“Que a gente só vê calamidade, só vê sofrimento”2023-09-28T14:23:49-03:00Laylson Mota Machadolaylsonmm@gmail.com<p>O presente trabalho tem por objetivo analisar os conflitos socioambientais da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA), a partir das vivências dos/as atingidos/as do Acampamento Coragem. A comunidade ocupa um território em Palmeiras do Tocantins (TO), que é de posse do Consórcio Estreito Energia (CESTE), empreendedor da usina, que disputa judicialmente a posse da terra desde outubro de 2015. Essa população tem enfrentado os conflitos ocasionados pela barragem de Estreito desde a sua instalação e continuam a sofrer os efeitos ocasionados pelo empreendimento. Com a vinda da barragem para a região tiveram seus direitos violados, tendo sido deslocados compulsoriamente passando a migrar em buscar de novas territorialidades. Como orientação teórica o estudo se orienta a partir das abordagens da ecologia política, justiça ambiental e dos conflitos socioambientais. Os caminhos metodológicos seguem a pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica e observação participante realizada em uma comunidade ribeirinha atingida pela barragem de Estreito. Dessa forma, evidencia-se que os grandes empreendimentos se pautam numa lógica neoliberal desenvolvimentista de se apropriarem dos recursos naturais como mola propulsora da economia.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Laylson Mota Machadohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/44632El centenario de la Carta General de 19222023-03-14T09:28:30-03:00Moema Vergaramoema@mast.brAndressa de Sousa Brazandressabraz@mast.br<p>Produzida para ser exposta no Centenário da Independência, a Carta Geral do Brasil ao Milionésimo foi instrumento de divulgação e propaganda de uma ideia de nação, suas riquezas, potencialidades e do sucesso republicano em torná-la coesa e integrada. Na historiografia, o estudo dos limites interestaduais ainda é escasso. Logo, nosso esforço está em analisar esta questão como um dos aspectos da publicação da Carta Geral e enriquecer a percepção da circulação da mesma. A partir da discussão levantada pela revista “A Informação Goyana” relacionada aos limites entre Goiás e Minas Gerais presentes na Carta, buscamos apresentar maior densidade na compreensão do federalismo instituído pela República e as constantes tensões entre poderes locais e central, obstáculos às pretensões de harmonia e fortalecimento do poder federal intencionadas no projeto cartográfico. </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Nação; Carta Geral do Brasil; Cartografia.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Moema Vergara, Andressa de Sousa Brazhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/51336Kitsch, memória e intimidade2024-02-23T10:07:48-03:00Paola Padilhapaola.padilha18@gmail.com<p>O artigo analisa, nas duas primeiras partes, o fenômeno kitsch sob o olhar da afetividade e dos objetos de memória. Por meio do kitsch, os objetos tornam-se carregados de memória e sentimentalismo, possibilitando, ao indivíduo, a criação de conexões e narrativas por meio dessas representações. Na terceira parte do artigo, apresenta-se o conceito de “patrimônio menor”, considerado como patrimônio íntimo do indivíduo que, por meio dos objetos kitsch, preserva suas lembranças e afetividades na sua esfera pessoal.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Paola Padilhahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/45939Flávio Cerqueira2023-04-24T23:55:25-03:00Rafael Dantas de Oliveirarafaeldantasdeoliveira02@gmail.comSimone Rocha de Abreusimone.rocha.abreu@ufms.br<p>Frente aos debates sobre a destruição, conservação e permanência de monumentos honoríficos de personalidades controversas e de caráter racistas, imbuídos das epistemologias pós-coloniais e decoloniais (MIGNOLO, 2017) e da compreensão dos espaços públicos enquanto constituintes do imaginário e da memória da sociedade (FREIRE,1997), o presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma leitura crítica das obras <em>Tinha que acontecer </em>(<em>Cabeça de Bandeirante) </em>e <em>Uma palavra que não seja espera</em>, e compreender o caminho trilhado pelo artista afro-brasileiro Flávio Cerqueira, que, para além de destruir monumentos já existentes, produz novas esculturas monumentais, feitas em bronze. Este trabalho argumenta que essas esculturas de Flávio Cerqueira propõem a destruição das estruturas racistas e sexistas a partir da construção da destruição, e disputam as narrativas, memórias e a própria história. </p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Dantas de Oliveira, Simone Rocha de Abreuhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/49485Pelos currais, praças, teatros, ruas e clubes de Belém do Pará2024-01-12T20:30:23-03:00Elielton Gomeselieltonbcgomes@gmail.com<p>O objetivo desse artigo é investigar as animações da quadra junina em Belém do Pará nos anos de 1950. Para isso, foram consultadas referências jornalísticas e bibliográficas que abordam o tema em questão. Nessa investigação, buscou-se destacar que embora os “brinquedos juninos”, bem como os conjuntos musicais e sonoros fossem, em maioria, provenientes dos subúrbios da capital paraense, esses, na segunda metade do século passado, alcançam, sobretudo, os espaços de lazer e sociabilidades localizados nos bairros centrais da cidade, expandindo, assim, as opções de divertimentos dos belenenses.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Elielton Gomeshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/53499A presença das touradas em Ouro Preto na década de 18802024-07-16T11:33:59-03:00Verônica Toledo Saldanhavtoledocsaldanha@gmail.comRenato Machado Saldanharenatomsaldanha@gmail.com<p>Introduzidas ainda no período colonial, as touradas estiveram presentes por aqui até as<br>primeiras décadas do século XX, alternando períodos de maior ou menor frequência e aceitação<br>popular. O objetivo deste trabalho é, a partir da leitura dos jornais da cidade de Ouro Preto,<br>identificar a presença das touradas e analisar sua dinâmica e o modo como tal prática era<br>localizada discursivamente frente ao imaginário de modernidade perseguido naquele momento.<br>Para atingir esse objetivo, fizemos a leitura dos jornais Liberal Mineiro e A província de Minas, e<br>assim realizamos a análise e discussão sobre o tema. As touradas em Ouro Preto no final do<br>século XIX, assumiam um modelo empresarial, como uma mercadoria disponível no crescente<br>mercado de diversões que se formava. Além disso, eram vistas como um reflexo da transição<br>entre o mundo rural e urbano e do esforço da cidade em se modernizar.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Verônica Toledo Saldanha, Renato Machado Saldanhahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52570 As representações da Folha de São Paulo sobre o PTB no regime presidencial de João Goulart (1963)2024-06-03T14:40:49-03:00Eric Patrick Silva de Faria Rochaeric_patrickcg@yahoo.com.br<p>A presente pesquisa acadêmica tem como objetivo analisar as representações da Folha de São Paulo sobre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no regime presidencialista de João Goulart, mas especificamente no ano de 1963. Inicialmente, busca-se contextualizar o período passando pelos ambientes mundial, latino-americano e brasileiro. Em seguida, remete-se acerca da renovada inserção do estudo da imprensa na seara de fontes primárias do historiador, passando para a caracterização da atuação da imprensa no governo Goulart. Para encerrar o estudo, analisar-se-á as representações emanadas pela Folha de São Paulo sobre o PTB, utilizando seus editoriais para identificar suas estratégias textuais e posicionamento.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Eric Patrick Silva de Faria Rochahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/49088Alma em Linguagem2024-09-02T23:24:24-03:00Mateus Ântoni Moreira da Silva Macielantony123405@gmail.com<p><strong>Resumo:</strong> Neste artigo discute-se a atribuição de objetividade a expressões psicológicas subjetivas na filosofia de Wittgenstein, considerando o estatuto lógico do anímico em sua obra. Para tal, comenta-se brevemente dados biográficos do filósofo e apresenta-se conceitos essenciais como anímico, jogo de linguagem e significado. Então se explora o conceito de vivência do significado, abordando conceitos relacionados. Em seguida, examina-se como Wittgenstein estabelece a objetividade das expressões subjetivas. E arremata-se, enfim, com uma reflexão sobre as idiossincrasias da filosofia da psicologia de Wittgenstein e seus impactos na compreensão ontológica do ser humano e sua vida anímica.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Wittgenstein. Filosofia da psicologia. Anímico. Linguagem. Significado.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mateus Ântoni Moreira da Silva Macielhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/54970Dando forma ao impossível2024-10-01T12:02:49-03:002024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/54966Expediente2024-10-01T11:48:10-03:002024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/54968Sumário2024-10-01T11:55:07-03:002024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024