Trabalho & Educação | v.28 | n.2 | p.145-157 | mês-mês | 2019
privatización, la desregulación, la apertura, y la libre circulación del capital, que limitan la
autonomía de cada uno para fijar sus propias políticas. Se postula una aceptación acrítica
de estas nuevas reglas de juego y la adaptación a ellas, como si fueran un fenómeno natural.
No interferir en la forma actual de acumulación mundial sería la norma a seguir para los
Estados (THWATTES REY, 2005, p. 2).
Logo, as novas dinâmicas para os sistemas educativos nos países da América Latina
devem perseguir como objetivo final a eficácia privada e a “qualidade” capitalista.
METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
A proposta deste texto é fazer uma investigação sobre a(s) identidade(s) profissional(is)
docente(s) visando conferir as temáticas presentes no texto com o relato de profissionais
docentes que atuam em escolas de educação básica na região metropolitana de Belo
Horizonte, Minas Gerais. Para tal, como método para a investigação, foi aplicado um
questionário, com perguntas fechadas e abertas, solicitando informações de dados
pessoais (idade, identidade de gênero, tempo de profissão, capital econômico e social e
percepções identitárias) e percepções sobre a atividade docente (condições de trabalho,
relações e troca de experiências e saberes com colegas de profissão, políticas
educacionais, currículo). A partir das mesmas, verificar-se-á como essas corroboram, ou
não, com as considerações teóricas selecionadas nos parágrafos anteriores.
Para a seleção dos profissionais investigados, usaram-se as considerações sobre ciclo
de vida dos professores de Huberman (1995). Opta-se pela escolha de sujeitos docentes
que estejam no terceiro ciclo de vida dos professores proposto pelo autor. Este
estabelece cinco ciclos de vida dos professores: início de carreira; estabilização;
diversificação e experimentação; serenidade e distanciamento; contração,
descompromisso e desinvestimento. A escolha da terceira fase (7 a 25 anos) se dá uma
vez que os(as) docentes, nesse ciclo, possuem relações identitárias diferentes e se
relacionam com as temáticas aqui analisadas de forma única, tanto devido às suas
trajetórias pessoais e culturais, como pela trajetória profissional. Os(As) professores(as)
que se inserem no terceiro ciclo, estão no momento em que “lançam-se, então, numa
pequena série de experiências pessoais, diversificando o material didático, os modos de
avaliação, a forma de agrupar os alunos, as sequencias do programa, etc.”
(HUBERMAN, 1995, p. 41). Logo, passadas as inconstâncias das fases anteriores, na
fase de estabilização é o momento em que os(as) docentes estão em condições de
questionar mais o sistema e propor alternativas, uma vez que se sente seguro. Desta
forma, acredita-se, que sua identidade profissional docente esteja mais delineada, o que,
para Huberman, se refletiria numa motivação e dinamismo maior com a docência e a
trajetória profissional.
OS(AS) PROFESSORES(AS) DE HISTÓRIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
EDUCAÇÃO
Os(as) professores(as) da disciplina de História, no Brasil, além do perfil geral da classe
docente, possuem a idealização, traçada pelo senso comum, de serem mais politizados,
críticos, “de esquerda”, principalmente por causa dos processos históricos vividos no
Brasil nos últimos 60 anos. A identificação desses indivíduos com os saberes dessa
ciência pode, em diferentes graus, estar associada às múltiplas questões identitárias
(gênero, cor, religião, ideologias, região, nação e formação inicial) do processo político já