Trabalho & Educação | v.28 | n.2 | p.263-264 | maio-ago | 2019
|263|
GONÇALVES, Bruna de Oliveira. Violência simbólica de gênero na engenharia.
Estudo de caso no CEFET-MG. 2019. 116 p. Dissertão (Mestrado em Educação
Tecnológica). Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2019.
1
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO NA ENGENHARIA:
ESTUDO DE CASO NO CEFET-MG
Symbolic violence of gender in engineering: a case study in CEFET-MG
GONÇALVES, Bruna
2
RESUMO
A presente pesquisa está inserida na Linha II: Processos Formativos em Educação
Tecnológica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do CEFET-
MG. Os estudos dessa área focalizam questões da área trabalho-educação nos
contextos socioeconômico e político-cultural, destacando os processos históricos e
culturais, as relações entre as mudanças societárias, a educação e o mundo do
trabalho. A partir das teorias da Divisão Sexual do Trabalho e da Violência Simbólica de
Gênero, este trabalho tem como objeto de pesquisa a ser desvelado a violência
simbólica de gênero no curso de Engenharia Mecânica do CEFET-MG na perspectiva
das alunas; de forma a se compreender as motivações, as estratégias de resistência,
os desafios e dificuldades enfrentados pelas mulheres para se manterem no curso
escolhido. Para tal, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com alunas do curso
de Engenharia Mecânica do CEFET-MG em Belo Horizonte e amparando-se nos
estudos da Sociologia do Trabalho Francesa, além dos estudos sobre violência
simbólica, excertos de fala dos sujeitos de pesquisa foram utilizados no trabalho,
aproximando, dessa forma, as categorias de estudo ao objeto de análise. Esta
pesquisa evidenciou que a violência simbólica acontece de diferentes formas, inclusive
através de uma auto violência, sendo mais uma das formas de reestabelecer o que
está posto, ou seja, o status quo. No entanto, frente à forma de violência sutil, invisível e
insidiosa, as estudantes demonstraram mobilizar variadas estratégias de resistência,
que visam deslocamentos e transgressões aos princípios da Divisão Sexual do
Trabalho. As alunas protagonizam a própria história e fazem a dialética do que está
posto com a antítese que suas vidas representam.
Palavras-chave: Divisão Sexual do Trabalho. Violência Simbólica de Gênero.
Engenharia Mecânica do CEFET-MG.
1
Orientadora:
Raquel Quirino. Doutora em Educação, Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Educação Tecnogica do
CEFET-MG. Email: quirinoraquel@hotmail.com.
2
Mestre em Educação Tecnológica pelo CEFET-MG, Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais.
Pedagoga do Centro de Apoio à Educação a Distância da Universidade Federal de Minas Gerais. Email: brunadogoncalves@gmail.com.
Trabalho & Educação | v.28 | n.2 | p.263-264 | maio-ago | 2019
|264|
ABSTRACT
The present research is inserted at Line II: Processes of Formative Technological
Education”, of Technological Education Post-Graduation Program of CEFET-MG.
Studies on this area are focus on work-education issues in socioeconomic and political-
cultural contexts, highlighting historical and cultural processes, the relation between
societal changes, education and world of work. From the theories of the Work Sexual
Division and Gender Symbolic Violence, this assignment has as its research objective to
be unveiled the gender symbolic violence in the CEFET-MG’ Mechanical Engineering
course by the female students' perspective; in order to be comprehend the motivations,
strategies of resistance, the challenges and difficulties faced by women to maintain
themseilves in the chosen course. For this, it was carried semi-structured interviews with
the female students of Mechanical Engineering of CEFET-MG at Belo Horizonte and
supported by the studies of the French's Work Sociology, beyond the symbolic violence
studies, research subjects speech excerpts were utilizes, approaching, in this way, the
study categories to the analyse object. This research highlighted the symbolic violence
happens in different ways, including through self-violence, and it is another way to
reestablish what is already set, that is, the status quo. However, facing the sutil, invisible
and insidious violence, the female students shown to mobilize many resistance
strategies, which aim Work Sexual Division displacement and transgressions. These
students featured their own history and make dialectics of what is set with the antithesis
of what their lives represent.
Keywords: Work Sexual Division. Gender Symbolic Violence. Mecanical Engeneering
of CEFET-MG.
Data da submissão: 09/07/2019
Data da aprovação: 08/08/2019