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DOI: https://doi.org/10.35699/2238-037X.2022.26541
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
GESTOR EDUCACIONAL: VOCÊ SABE O QUE INFLUENCIA AS
ESCOLHAS PROFISSIONAIS DE SEUS ALUNOS?
1
Educational Manager: do you know what influences your students professional
choices?
GRINGS, Jacques André
2
KAIESKI, Naira
3
JUNG, Carlos Fernando
4
RESUMO
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade compreender o que
pensam os Gestores Educacionais a respeito da escolha profissional dos concluintes do Ensino Médio
(EM) da região do Paranhana, RS. O presente texto utiliza como principais referenciais teóricos Soares,
Luck, Melo-Silva e Lisboa. Foi elaborada e aplicada uma pesquisa com um representante diretor, vice-
diretor ou orientador pedagico - de cada escola de EM da região. Como instrumento para a coleta
dos dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado, composto por perguntas do tipo abertas,
sendo os dados analisados conforme metodologia de análise de contdo de Bardin. Os resultados
demonstram que a percepção dos Gestores Educacionais sobre os fatores que influenciam a escolha
profissional o convergem com as demandas dos alunos, que apontam a realizão pessoal como
fator predominante em suas escolhas. É meririo considerar que, na literatura especializada, grande
parte dos estudos evidencia que o adolescente padece com o sentimento de indecio e que a falia
é a que exerce maior inflncia em suas escolhas. Nesse aspecto, o pensamento dos Gestores
Educacionais alinha-se com a literatura, haja vista que a maioria deles ratifica que o adolescente é
imaturo e indeciso e, geralmente, as inflncias na escolha profissional são provenientes da falia, dos
fatores de empregabilidade e da condição econômica.
Palavras-chave: Gestor Educacional. Ensino dio. Escolha Profissional.
ABSTRACT
This paper presents the results of a research that aimed to understand what Educational Managers think
about the professional choice of high school graduates in the Paranhana region of RS state This text
uses Soares, Luck, Melo-Silva and Lisboa as the main theoretical references. A survey was prepared
and applied with a representative - director, vice-director or pedagogical advisor - from each MS school
in the region. As a tool for data collection, a semi-structured interview script was used, composed of
open-ended questions, the data being analyzed according to Bardin's content analysis methodology.
1
O presente texto é inédito e não contou com financiamento para a sua realização. O mesmo passou por avaliação de
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), e é derivado de uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT).
2
Mestre em Desenvolvimento Regional pelas Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Bacharel em Administração
de Empresas pelas Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Especialista em Educão a Distância com Ênfase na
Docência e na Tutoria em EAD pela Ponticia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Docente do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). E-mail: Jacques.grings@gmail.com.
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS). Mestra em Computação Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Graduada em
Sistemas de Informação pelas Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Especialista em Mídias na Educação pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSUL). Docente do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSUL). E-mail: naira.kaieski@gmail.com.
4
Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Engenharia
de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduado em Eletrônica pela Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). E-mail:
carlosfernandojung@gmail.com.
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The results demonstrate that the perception of Educational Managers about the factors that influence
the professional choice do not converge with the students' demands, which point to personal fulfillment
as the predominant factor in their choices. It is worthwhile to consider that, in the specialized literature,
most of the studies show that the adolescent suffers from the feeling of indecision and that the family
has the greatest influence on their choices. In this aspect, the thinking of Educational Managers is in line
with the literature, given that most of them ratify that the adolescent is immature and undecided and,
generally, the influences on the professional choice come from the family, the factors of employability
and the condition economical.
Keywords: Educational Manager. High School. Professional Choice.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O tema Ensino Médio (EM) tem servido de palco, e não é de hoje, para as mais variadas
discussões, seja a respeito dos baixos índices de desenvolvimento reportados (PISA,
2018), da própria estrutura curricular (SILVA, 2020; CIERVO e SILVA, 2019) ou
principalmente, a respeito de sua essência. Entender ao que o EM se propõe e qual o
seu papel em uma sociedade em constante transformação pode ser essencial no sentido
de habilitar o aluno para as novas demandas. É possível preparar o jovem para que ele
possa viver no sentido mais amplo, e isso implica em educar para a emancipação
humana (RIBEIRO et al. 2019), orientá-lo para o ingresso no Ensino Superior e ao
mesmo tempo dotá-lo das competências necessárias exigidas pelo mundo do trabalho?
Não são perguntas fáceis de serem respondidas e entender essa dinâmica é
competência necessária do Gestor Educacional. As novas demandas da chamada
sociedade do conhecimento, em se pontuando agora apenas as do mercado de trabalho
e do sistema produtivo (muitas profissões que existiam a alguns anos atrás deixaram de
existir, e tantas outras que hoje existem, muito provavelmente, deixarão de existir em um
futuro próximo), implica dizer que à educação compete responder a essas necessidades
da forma mais adequada possível (SACRISTAN, 2013). Em tal situação de
complexidade, formar um jovem capaz de tomar decisões conscientes no que tange ao
seu futuro profissional requer que os Gestores Educacionais compreendam quais os
fatores que influenciam os concluintes do EM na escolha profissional.
A literatura contemporânea indica a existência de um sentimento de indecisão
profissional dos jovens que estão concluindo o EM (LUCCHIARI, 1993; SOARES, 1988;
LEVENFUS, 1997). Explica-se, pois, pela falta de maturidade, característica desse
período de transição para a vida adulta onde terá que tomar importantes decisões
referentes a seu futuro profissional. São decisões complexas, típicas do sentimento dúbio
causadas pelo processo de decisão, que podem ser comparadas a um rio caudaloso
que recebe de seus numerosos tributários as premissas que passam a integrar a
torrente (SIMON, 1970, p.14).
Em oposição, estudo recente realizado com 1.328 concluintes do EM, revelou que a
maioria dos alunos já escolheu a profissão e que a família não é fator preponderante para
a escolha profissional, mas sim a realização pessoal e a perspectiva de atuão no
mercado de trabalho (GRINGS et al. 2018). Partindo de uma perspectiva humanista,
podemos tentar compreender o jovem na sua plenitude e a partir dos seus sonhos, já
que ele condiciona a escolha profissional, onde poderá passar boa parte de sua vida,
com a realização pessoal.
Todavia, é importante clarificar que a realidade de alunos que frequentam escola publica
por vezes se apresenta de maneira díspar da realidade dos estudantes de escolas
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particulares. Estes últimos, moradores de região urbana, de classes média e alta
(LISBOA 2018), contam com todo apoio familiar, além do que, as escolas particulares,
geralmente, oferecem o serviço de orientação profissional, tão necessário para o jovem
conhecer sua vocação e não evadir do curso superior. E a evasão escolar no Ensino
Superior continua sendo preocupante. Dados recentes divulgados pelo INEP (2017)
demonstram que a evasão tem se mantido constante nos últimos anos. Se
considerarmos as matrículas tanto nas Instituições publicas quanto nas privadas, 1 em
cada 5 alunos abandona o curso superior. Um dos fatores apontados como
determinantes na evasão escolar é justamente a falta de orientação profissional nas
escolas.
Partindo da problematizão citada nessa introdução, o artigo buscou compreender o
que pensam os Gestores Escolares a respeito da escolha profissional dos concluintes
do EM da região do Paranhana, RS. Assim, além dessa breve introdução, a seção 1
apresenta os aspectos metodológicos. Na seção 2 aparece a fundamentação teórica, já
na seção 3, a discussão dos dados e, por fim, na são 4, as considerações finais.
1. ASPECTOS METODOLÓGICOS
O estudo foi realizado na região do Paranhana, RS (ver Figura 1), e é derivado de uma
primeira pesquisa, realizada com todos os concluintes do EM (1.328) da região em
destaque, que teve como objetivo entender quais os fatores que influenciam na escolha
profissional desses jovens. A região é formada pelos munícipios de Taquara, Parobé,
Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Riozinho. Em seus seis munipios, segundo dados
divulgados pelo IBGE (2011), a região possuía 185.475 habitantes, apresentando um
aumento de 10% em comparação com o censo de 2000.
Figura 1. Mapa da região do Paranhana/RS
Fonte: skyscrapercity (2016)
A pesquisa foi aplicada com 18 representantes (diretor(a), vice-diretor(a) ou
coordenador(a) pedagico(a) das escolas de Ensino Médio da região do Paranhana,
RS, sendo que os mesmos serão tratados nesse artigo como Gestores Educacionais.
Destes, 3 são de escolas particulares e 15 de escolas públicas. No município de Taquara,
existem 9 escolas de EM, sendo 3 particulares e 6 publicas. No município de Parobé,
são 4 escolas, todas elas blicas. Em Igrejinha, há duas escolas publicas. Já em
Rolante, Três Coroas e Riozinho, existem em cada município apenas uma escola pública
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de EM. As entrevistas foram pré-agendadas a partir de visitas feitas as instituições,
definidas para dias variados da semana, levando em consideração a disponibilidade de
tempo dos Gestores Educacionais de cada escola.
Como instrumento de pesquisa, utilizou-se um roteiro de entrevista, semiestruturado,
composto por questões abertas, desenvolvidas a partir dos resultados encontrados no
primeiro estudo. O presente artigo foi desenvolvido com o intuito de confrontar os
resultados da primeira pesquisa (GRINGS, et al, 2018) com o pensamento de
profissionais que possuem expertise necessária para chancelar (ou não) os resultados
encontrados no primeiro estudo.
Os questionamentos foram realizados durante entrevistas semipadronizadas, as quais
duraram em média uma hora, realizadas nas dependências das próprias escolas. As
entrevistas foram gravadas e depois transcritas. A análise dos dados se deu com base
na metodologia de Bardin (2011), consistindo na elaboração de quadros síntese a partir
das congeneridades encontradas em relação aos fatores que influenciam os alunos
concluintes do EM na escolha profissional. De maneira que fosse possível manter o
anonimato, os Gestores Educacionais que participaram da pesquisa foram identificados
pelas letras GE, acompanhados do numeral (de 1 a 18).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir do momento em que a educação, na contemporaneidade, passa a ser vista como
uma peça importante no desenvolvimento da sociedade como um todo, pois é através
dela que podemos prosperar no âmbito social, econômico e cultural, os olhares voltam-
se para os protagonistas desse processo. Os atores escolares, que são os responsáveis
por promover um ensino de qualidade (LUCK, 2014), buscando contribuir com uma
sociedade mais justa e igualitária, são constitdos, geralmente, por uma equipe diretiva,
servidores administrativos, docentes, discentes e suas famílias e demais colaboradores.
A geso educacional, além da área administrativa e de gestão, é responsável também
pela parte pedagógica, cabendo a ela assumir um papel de liderança, bem como articular
a gestão de maneira participativa com a integração de todos os envolvidos. É possível
perceber, conforme aponta Luck (2014), os esforços realizados pelas instituições de
ensino para tentar unificar a gestão pedagógica e a gestão administrativa, outrora, áreas
independentes entre si. Porém o que se nota é uma atenção maior à perspectiva
administrativa do que a pedagógica, sendo esta última responsável pela formão dos
alunos. A gestão escolar, dessa forma, reveste-se de importância na
contemporaneidade por ser ela a responsável por administrar todo o ambiente escolar,
especialmente no Ensino Médio, último estágio do jovem antes do ingresso no Ensino
Superior ou no mercado de trabalho.
De maneira geral, ao se promover o debate a respeito da essência do EM e qual é,
principalmente, a sua função social, é possível encontrar dois pontos antagônicos: por
um lado, críticas referentes à atual estrutura curricular do EM que forma o aluno com
vistas a atender as demandas de uma sociedade capitalista e que necessita manter o
status quo. Conforme entendimento de (PARO, 2012), a administração capitalista exerce
um papel notadamente conservador, pois, ao intermediar a exploração do trabalho
através do capital, contribui dessa forma com a classe interessada em manter a atual
ordem vigente. Em sentido oposto, parece-nos claro que, também deve ser função do
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EM formar o jovem com as competências necessárias para fazer frente às demandas
atuais do mercado do trabalho e que vem mudando muito rapidamente.
A respeito dessas inquietações, para alguns, a escola o leva em considerão, como
deveria, as reais demandas do mercado de trabalho. Já para outros, implica dizer que a
escola dá atenção demasiada à formação para o mercado de trabalho e o Ensino
Superior (MASSCHELEIN e SIMONS, 2013). A educação se apresentando em duas
vias antagônicas: de um lado, como formadora de indivíduos para as demandas dos
modos de produção, por outro, buscando formar as pessoas no sentido mais amplo,
visando, conforme Carvalho (2020) o pleno desenvolvimento do ser humano. De toda
sorte, queremos esclarecer que não é nossa intenção especular se é competência do
Gestor Educacional compreender os fatores que influenciam a escolha profissional de
seus alunos, mas, considerando que uma das atribuições da escola é formar o aluno
para a vida adulta, torna-se importante escutar essa parte que é tão importante no seio
escolar.
Nessa linha de entendimento, importa ressaltar que o modelo burocrático de fazer gestão
não é característica exclusiva do meio empresarial, mas também do escolar. E isso é
extremamente prejudicial à educação e a todos que são responsáveis pelas boas
práticas de gestão. O Gestor Educacional acaba se sentindo sozinho (LUCK et al. 2012)
e incapaz de promover uma gestão participativa. E, o fato de ter que dedicar boa parte
de seu tempo à parte administrativa pode distanciá-lo do contato com a área pedagógica
e com os alunos. Dessa forma, façamos a pergunta ao Gestor Educacional: você sabe
o que influencia as escolhas profissionais de seus alunos?
Partindo desse questionamento, cabe destacar que desde uma idade ainda muito tenra
somos influenciados a pensar no futuro profissional. Quem nunca escutou a frase
popular "o que você vai ser quando crescer?". Não que isso não seja importante, pelo
contrário, pois os valores, os estereótipos, o significado e a importância que se dá as
variadas profissões poderão se materializar nas demais fases do desenvolvimento
vocacional, porém desde muito cedo acompanharão a evolução da futura identidade
profissional (LISBOA e SOARES, 2018).
Nesse sentido, as escolhas profissionais, por vezes, refletem imeras fantasias e
imaginões que acompanham o adolescente desde a infância. São sonhos de ser
alguém reconhecido pela sociedade e que eles aprenderam a referenciar desde uma
idade muito tenra, de ser alguém bem sucedido e respeitado. Assim, por vezes, acabam
escolhendo profissões que refletem seus sonhos de infância sem considerar o momento
em que se encontra atualmente e a realidade do mercado de trabalho (TORRES, 2001).
Assim, é muito importante que o jovem se mantenha informado sobre as profissões e se
pergunte: será que o curso me habilitará para o mercado de trabalho? Será que essa
profissão irá existir daqui a 5 ou 10 anos?
Nesse contexto, muitas pessoas buscam durante boa parte da vida, ou por toda ela,
aquela profissão ideal, aquela que lhe proporcionará satisfação, tanto pessoal quanto
financeira (o que não parece tarefa fácil). E esse é o sonho de todos s, exercer uma
profissão que nos dê satisfação e que remunere bem. Porém escolher a profissão não é
tarefa simples, pois o jovem precisa lidar com suas dúvidas (devo viver a minha vida
conforme os estereótipos da sociedade ou seguir meus sonhos), com seus medos (e se
eu escolher uma profissão e me arrepender), e isso se torna um desafio imenso. O medo
do novo e a insegurança o fazem temer o futuro adquirindo dessa forma um sentimento
de não pertencimento (LISBOA e LEMOS, 2018).
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Desdobrando o racionio exposto acima é possível compreender a imaturidade que o
adolescente se encontra nesse período que precisa fazer a escolha profissional, mas é
importante considerar, conforme (CERICATTO et al. 2017) que o nível de maturidade
profissional se desenvolve no decorrer do Ensino Médio e com o avanço da idade dos
jovens. Junqueira e Melo-Silva (2014) investigaram questões relacionadas com a
maturidade para escolha profissional e um dos achados da pesquisa evidenciou que os
jovens que buscam por orientação profissional mais necessitam de apoio nas dimensões
"determinação", "autoconhecimento" e "conhecimento da realidade". Isso demonstra que
o jovem ainda está se descobrindo e não conhece a realidade do mundo do trabalho e
nos leva a questionar: quem influencia o adolescente em suas escolhas?
Pode-se considerar que a família se apresenta como fator determinante e influente na
escolha profissional do jovem, já que ela pode auxiliar ou mesmo dificultar esse processo.
No entanto, a definição da carreira não acarreta somente escolher o que o sujeito irá
fazer na maior parte de sua vida: implica também corresponder a seus desejos e a
fantasias e, em diversas situões, as de seus familiares (SOARES, 1988). Não é raro
encontrar casos de falias onde os filhos seguem as profissões exercidas pelos pais.
A condição socioeconômica merece destaque, pois é apontada por diversos autores
como fator determinante no processo de escolha profissional (MARTINS e NORONHA,
2010; LEAL et al. 2015). Torna-se importante considerar que os adolescentes que
possuem uma situação econômica mais abastada apresentam uma melhor condição de
escolha da profissão, diferentemente do adolescente de renda mais baixa, que
geralmente acaba por não ter a oportunidade de escolher a profissão sonhada.
Embora o quesito "condição socioeconômica" e "falia" exerçam grande influência na
escolha profissional do jovem que está concluindo o Ensino Médio, a questão da
empregabilidade também é importante. Será que existe demanda para a profissão que
escolhi? O salário é bom? Estudo divulgado recentemente (GRINGS et al. 2018)
comprova que o adolescente está atento a essa questão. Dos 1.328 alunos que
participaram da pesquisa, 987 deles afirmaram já ter feito a escolha profissional e a
perspectiva de atuão no mercado é apontada por 398 jovens como fator de influência
na escolha profissional.
Escolher uma profissão que remunere bem, que tenha demanda e, principalmente,
proporcione realização pessoal deve ser o sonho de parte significativa dos jovens que
concluem o Ensino Médio. Os resultados da pesquisa de (GRINGS et al. 2018) apontam
que parte expressiva dos jovens, 360 de 987 deles, afirmaram que escolheram a
profissão devido a possibilidade de realização pessoal. É por isso que a escola deve
assumir o papel de protagonismo e referencial para os jovens (GRINGS e JUNG, 2017),
já que juntamente com a falia, deve ser responsável por auxiliá-lo a fazer suas
escolhas de maneira consciente e responsável. Mas para isso, os Gestores
Educacionais devem ter o correto entendimento sobre o que influencia o jovem em sua
escolha profissional.
3. DISCUSSÃO DOS DADOS
Para desenvolver esse estudo, consideramos os resultados de uma primeira pesquisa
(GRINGS et al. 2018), que buscou investigar o que influencia os concluintes do EM da
região do Paranhana/RS em suas escolhas profissionais. A partir dos achados desse
primeiro estudo, sabemos que os fatores que influenciam a escolha profissional dos
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jovens não convergem com a literatura especializada. Enquanto a maioria dos alunos
que estão concluindo o EM afirmaram já terem feito a escolha profissional e o que mais
os influencia é a realização pessoal e a perspectiva de atuação no mercado, a literatura
demonstra que o jovem convive com um sentimento de indecisão generalizada e que a
família é quem exerce maior influência em sua escolha profissional.
Nessa mesma direção, no presente estudo, buscamos compreender o que pensam os
Gestores Educacionais dessas escolas a respeito das escolhas profissionais dos alunos.
Essa temática reveste-se de importância a partir do momento em que "o indivíduo entra
para o mundo do trabalho num ponto que é fixado, em parte, pelo degrau que atingiu na
escada educacional durante o tempo de preparão escolar" (SUPER e JUNIOR, 1975).
Diversos estudos tornam evidente a existência de um sentimento de indecisão
profissional dos adolescentes que estão concluindo o EM (LUCCHIARI, 1993; SOARES,
1988; LEVENFUS, 1997). Nessa perspectiva, o pensamento dos Gestores
Educacionais alinha-se com a literatura especializada, pois 83% deles entende que o
adolescente não se encontra preparado para fazer uma escolha profissional consciente,
ainda é imaturo e indeciso. Esse entendimento converge com a reflexão apresentada na
fala do GE2: "O jovem o possui muita perspectiva. Ele não sabe ainda o que quer. Ele
sonha muito". Esta fala está alinhada com a do GE11 de uma escola pública, que ainda
critica a posição da família:os alunos hoje são imediatistas. Depende muito de como a
família conduz esse processo. O jovem não possui perspectiva. Além de imaturos, existe
toda uma questão da falia, que é desestruturada. A maioria dos alunos não sabe o
que quer.
Esse momento de escolher "o que vou ser da vida" pode, por vezes, ser em caráter de
urgência, uma vez que o vestibular ocorre justamente quando o indivíduo está concluindo
o Ensino Médio, e ele poderá perder a oportunidade de ingressar no Ensino Superior no
semestre conseguinte. A fala do GE1 retrata que "o jovem ainda é imaturo e indeciso.
Escolhe a profissão por necessidade e não por estar consciente da escolha. Muitos dos
adolescentes que aqui estudam afirmam que já escolheram onde irão trabalhar ou
estudar, querendo assim passar uma imagem de pessoa adulta, mas isso não reflete a
realidade. Nós acompanhamos nosso jovem e percebemos a indecisão que ele passa
nesse último ano de Ensino Médio. Ele ainda se mostra muito imaturo".
Podemos reflexionar que a adolescência traz com ela os desafios do processo de
transição para a vida adulta, no qual afloram as anstias e incertezas inerentes ao
momento em que o jovem vive, já que o fantasioso deverá dar lugar ao real (LISBOA,
1997). O relato do GE4 corrobora o entendimento da autora citada: "O nosso aluno ainda
é imaturo e indeciso. Quando chegam ao terceiro ano é que se dão conta de que
precisam fazer a escolha profissional. Eles ainda não sabem o que querem. Eles
possuem sonhos, mas a realidade deles é outra".
Nessa linha investigativa, quando perguntados sobre quais fatores mais influenciam o
concluinte do EM a escolher a profissão, 44% dos Gestores Educacionais afirmaram que
a família é a que mais exerce influência na escolha profissional do jovem. Essa
compreensão pode ser observada no relato do GE12: "O que mais os influencia continua
sendo a família e o gosto deles pela profissão. Eles hoje são meio desmotivados,
geralmente seguem a profissão dos pais". Nesse sentido, a definição da carreira não
acarreta somente escolher o que o sujeito irá fazer na maior parte de sua vida, implica
também corresponder a seus desejos e a fantasias e, em diversas situões, as de seus
familiares (SOARES, 1988).
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Do ponto de vista da influência parental, parece-nos muito óbvio que os pais irão
influenciar na escolha profissional dos filhos. A realização pessoal, apontada no estudo
de Grings et al (2018) acaba sendo sobrepujada pelo desejo dos pais, conforme ressalta
o GE1: "Eu creio que quem influencia o jovem é a própria falia. Ele quer fazer alguma
coisa, mas o pai dele quer outra e ele acaba seguindo a orientão do pai. Essa questão
de realização pessoal é o que eles sonham, mas quando precisam decidir, fica em
segundo plano".
A importância do apoio parental fica evidente na fala do GE13: "O adolescente precisa
do apoio da família para realizar o sonho dele de cursar faculdade. Ele possui o sonho,
mas sozinho não o alcança. Tem a questão da realização pessoal, mas a família sempre
o está apoiando". A partir dessa fala, é possível compreender a importância da família,
em especial da figura materna, nesse momento tão importante na vida do adolescente.
Pesquisa realizada por Reichert e Wagner (2007) evidenciou que a figura materna,
mesmo não permanecendo a maior parte do dia junto ao filho, é a que estabelece o
maior vínculo de intimidade com o jovem, contribuindo de forma primordial para a sua
educação.
Os pais geralmente acabam por influenciar tanto de forma direta quanto indireta no
processo de escolha profissional do adolescente. Podem influenciar de forma positiva,
servindo de referência, ou de forma negativa, dizendo até mesmo para o filho não seguir
os seus passos (SOARES, 1997). É importante pontuar que a região do Paranhana
possui a sua economia pautada na instria calçadista e que, geralmente, os salários
pagos são baixos. O relato do GE12 está alinhado com essa realidade regional: "Eles
geralmente vão tentar fazer o curso mais barato, não existe essa questão de realização
pessoal. O que conta mesmo é a questão financeira aqui na nossa região. Eu creio que
o fato de os pais dos alunos não possuir estudo, acaba por não os influenciar na escolha
da profissão".
Na realidade brasileira, a maioria dos jovens acaba, por necessidades de sobrevivência,
interrompendo os estudos antes de concluir o Ensino Médio devido à premência de se
inserir no mercado de trabalho de forma precoce. Porém uma parcela dos jovens - com
condição econômica favorável - consegue continuar os estudos e escolher a profissão
de forma consciente, cumprindo o seu ciclo de evolução de forma gradativa e organizada
(LISBOA, 1997). Tal entendimento alinha-se com a fala do GE17, de uma escola pública:
"A maioria dos alunos escolhe a profissão pela questão da empregabilidade, pelo salário.
Mas poucos que se formam aqui vão cursar faculdade. A realidade deles é muito
diferente do que eles afirmam.
Nesse sentido, os jovens de periferia, e geralmente oriundos de escola pública, precisam
muitas vezes adiar o sonho profissional em virtude de uma situação econômica menos
favorável e pelo fato de no Brasil o Ensino Superior ainda não ser democratizado.
Conforme a narrativa do GE7, "Os alunos possuem um sonho profissional, mas antes
precisam se preparar financeiramente. Tipo quer fazer Medicina, mas primeiro vai fazer
um técnico em Enfermagem para trabalhar e poder custear a faculdade de Medicina". A
fala do GE18 está perfilada com a do GE7: "Isso se deve a imaturidade. Para eles, é a
questão do sonho. Saem de casa com um sonho, mas a realidade é outra. Eles sonham
em fazer um curso de Medicina ou Direito, tomando como exemplo, mas, quando eles
percebem o custo envolvido para fazer um curso destes, acabam fazendo mesmo um
curso de Administração ou Pedagogia. Assim, o sonho fica para trás. Isso é triste, mas é
a realidade de nosso aluno".
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É evidente que a diferença de classe social influencia muito a escolha profissional dos
indivíduos. Conforme a fala do GE10, de uma escola particular: "Existe influência dos
pais. E eles levam em conta também a questão salarial. Como aqui os pais dos alunos
são de classe alta, a maioria faz faculdade e são influenciados pelos pais na escolha
profissional". Nesse contexto, a condição socioeconômica da família influencia na
escolha profissional, pois o muitos os jovens que vivem na casa dos pais, não
trabalham e podem continuar assim até concluir os estudos (OLIVEIRA e DIAS, 2013).
Contudo, importa trazer a fala do GE14, de uma escola pública. O mesmo relata que
"Aqui na nossa escola eles vêm para fazer o Ensino Médio e poder começar a trabalhar,
porque hoje eles não conseguem um emprego sem o Ensino Médio. Então o que
influencia o nosso aluno na escolha profissional é a empregabilidade. Na região, por ser
calçadista, os pais dos alunos possuem pouco estudo, assim o influenciam os filhos a
escolher a profissão". A fala do GE17 retrata a realidade de muitos jovens de periferia
que estão concluindo o Ensino Médio: "Na nossa escola, por ser uma escola que atende
jovens pobres, quando o aluno ingressa no Ensino Médio já está trabalhando para ajudar
os pais. Temos alunos, onde os pais são catadores de lixo, que quando concluem o EM
seguem a profissão dos pais para ajudar no sustento da casa". E isso é muito triste, mas
é a realidade de vários jovens, que por falta de oportunidade, ou por falta de políticas
públicas mais efetivas, ficam a margem da sociedade.
Quanto ao serviço de orientação profissional, tão importante no sentido de orientar o
jovem em suas escolhas, cabe esclarecer que das 18 escolas pesquisadas apenas 4
oferecem esse serviço, sendo 3 particulares. Na escola pública que oferece o serviço de
orientação profissional, o GE11 afirma: "trabalhamos com os alunos durante os dois
últimos anos do Ensino Médio e a profissional que executa esse trabalho faz pelo gosto
da profissão e por ser formada na área, não por ser obrigatório esse tipo de serviço nas
escolas públicas".
Até agora foram expostos, de maneira breve, os pensamentos dos Gestores
Educacionais das escolas de EM da região do Paranhana/RS, a respeito das escolhas
profissionais dos alunos que estão concluindo o EM. Tornou-se claro que o entendimento
dos Gestores Escolares a respeito do tema alinha-se com a literatura especializada,
porém destoa quase totalmente do sentimento dos alunos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer do presente texto, procuramos compreender o que pensam os Gestores
Educacionais das escolas de EM da região do Paranhana/RS a respeito das escolhas
profissionais dos alunos do 3º ano. O entendimento deles converge com o sentimento
de seus alunos e com a literatura especializada?
Os resultados demonstraram que a percepção dos Gestores Escolares sobre os fatores
que influenciam na escolha profissional do adolescente em alguns aspectos são
comuns, porém, em outros, são contraditórios. A literatura especializada sinaliza que o
jovem se mostra imaturo e indeciso nesse momento de passagem para a vida adulta,
quando precisa tomar importantes decisões a respeito do seu futuro profissional. Porém
não foi isso que se percebeu a partir das respostas dos adolescentes (GRINGS et al.
2018) haja vista que apenas 11% dos entrevistados alegaram que estavam indecisos
quanto à escolha da profissão. Diferentemente dessa convicção do adolescente, 83%
dos Gestores Escolares de EM da região afirmaram que esse jovem o está pronto
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para fazer uma escolha profissional consciente e que ainda apresenta sinais de
imaturidade e indecisão.
Nessa mesma dirão, não foi nossa pretensão chegar ao final da presente pesquisa e
apontar conclusões absolutas, mas sim promover reflexões acerca dos fatores que
influenciam na escolha profissional dos concluintes do EM a partir do olhar dos Gestores
Escolares. Até porque os resultados dessa pesquisa carecem de ser analisados a partir
de seu contexto e limitação. Participaram desse estudo Gestores Educacionais de 18
escolas de EM de uma única região do Estado do Rio Grande do Sul, logo não é possível
fazer generalizações, pois devem ser consideradas especificidades da região e das
instituições de ensino.
O que se apura a partir do estudo é que o entendimento dos Gestores Educacionais não
converge com o sentimento dos alunos, porém, vai na mesma dirão da literatura
especializada. É possível que os Gestores Educacionais dessa região não tenham a
compreensão adequada a respeito dos desejos profissionais de seus alunos, ora por
falta de maiores informações sobre o tema, ora por falta de um contato mais próximo
com seus alunos. Também é possível que estejam corretos. Mas o que fica claro é a
diferença de oportunidades entre os jovens de classe alta e os que moram em periferia.
Enquanto o jovem que possui uma falia com uma condição econômica favorável,
estuda em escolas particulares no EM, cursa faculdade podendo escolher a profissão
sonhada, o jovem de periferia, na maioria das vezes, conclui o EM e ingressa no mercado
de trabalho para ajudar a família.
Embora seja uma questão que ainda carece de maior reflexão, por vezes, o adolescente
busca propagar uma imagem de pessoa adulta, responsável e madura em suas
decisões, mas continua lutando para descobrir o seu propósito e realizar seus sonhos.
Dessa forma, vai adiando a passagem para a vida adulta adolescência prolongada - o
máximo que consegue. Quando se depara com o momento de tomada de decisão, de
decidir seu futuro profissional, mesmo tendo que considerar as exigências do mercado
de trabalho, ele acaba por investir em profissões que lhe dão prazer, satisfação,
buscando trabalhar em algo que possa lhe proporcionar realização pessoal.
As escolhas profissionais, muitas vezes, refletem inúmeras fantasias e imaginações
trazidas desde a infância. São sonhos que os indivíduos aprenderam a referenciar na
infância, de ser alguém bem sucedido e respeitado. Assim, por vezes, acabam
escolhendo profissões que refletem seus sonhos de infância sem considerar o momento
em que se encontra atualmente e a realidade do mercado de trabalho. E isso pode gerar
enormes frustações em sua vida profissional: exercer uma profissão que não lhe
proporcione satisfão pessoal e profissional.
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Data da submissão: 02/12/2020
Data da aprovação: 11/05/2022