promovam uma inclusão social motivada não pelas necessidades das crianças, mas,
sim, pelos seus direitos”.
No artigo ,
Rodrigo Moreno MARQUES apresenta uma importante contribuição acerca do papel do
conhecimento coletivo, tratado por Marx enquanto “intelecto geral” nos Grundrisse, no
trecho conhecido como Fragmento sobre as máquinas. Neste fragmento, o autor “adota
o termo intelecto geral e faz algumas conjecturas sobre possíveis desdobramentos do
progresso tecnológico e da automação industrial que emergia com a expansão da
grande indústria”, sugerindo que esta contradição poderia abrir uma janela para a
superação do modo de produção capitalista. Tendo como ponto de partida o intelecto
geral, MARQUES tem como objetivos analisar a hipótese de Marx apresentada nos
Grundrisse; discorrer sobre a origem da expressão “intelecto geral” no século XIX; e
ainda, revelar a superação de Marx em anos posteriores, ao expor suas conclusões
sobre o papel da ciência e da técnica nos processos de produção capitalistas. Neste
sentido, este artigo pretende discorrer sobre a superação da hipótese inicial apresentada
por Marx nos Grundrisse, em que o papel do conhecimento e da tecnologia deixam de
ser encarados “como instrumentos de emancipação da classe trabalhadora e assumem
um caráter alienado e estranhado”.
O texto de Tcheice Laís ZWIRTES, Camila LOPES e Jacinta Sidegum RENNER,
-19: qualidade de vida no trabalho de técnicos de enfermagem em uma
, nos brinda com uma importante discussão sobre os
impactos da pandemia da Covid-19 na qualidade de vida no trabalho, sob o ponto de
vista dos técnicos de enfermagem que atuam em ambulatórios. A pesquisa foi realizada
em “duas Unidades Básicas de Saúde e uma Unidade de Pronto Atendimentos de uma
cidade da Encosta da Serra no Rio Grande do Sul” nos meses de junho e setembro de
2020. O artigo nos revela as contradições existentes na realização do trabalho dos
técnicos de enfermagem diante do novo contexto engendrado pela pandemia da Covid-
19, a qual ao mesmo tempo que valorizou a atividade exercida pela categoria, também
intensificou o “estresse e preocupação constante com a possibilidade de serem
potenciais transmissores do vírus”.
Maria Edilene Araújo SILVA e Antonia Solange Pinheiro XEXEZ, em seu artigo sobre
precarização do trabalho dos licenciados em educação física: informalidade e o
, averigua se a precarização do trabalho na
Educação Física tende a distanciar os professores dos setores relacionados ao terreno
pedagógico escolar. Com suporte nas transformações ocorridas na Educação Física e
no mundo do trabalho, em que se percebem mudanças no status docente, na relação
entre sociedade e Educação Física, bem como é notória uma precarização do trabalho
em todos os setores deste locus do saber parcialmente ordenado. As autoras nos
informam que nos achados, percebeu-se, de maneira geral, que os licenciados estão
buscando setores laborais fora do contexto escolar por motivos associados a melhores
salários e afinidade com a área da saúde-fitness. Constatou-se que os professores, em
sua maioria, tendem a escolher a escola como local de trabalho, unicamente por fatores
ligados à estabilidade financeira.
Marlon Freitas de CAMPOS, e Moacir Fernando VIEGAS, em seu artigo
,
discutem o prazer e o sofrimento no trabalho, destacando, em especial, as estratégias
de defesa e de enfrentamento desenvolvidas pelas professoras para atenuar o