a partir de mitos da dominação masculina”; nos brinda com uma importante
discussão sobre “a educação nas comunidades primitivas, entendendo que a
compreensão de como ela se organizava na primitividade é basilar para orientarmos
nossas ações pedagógicas hoje em dia. Entendemos que desde o livro de Aníbal
Ponce, Educação e lutas de classes, de 1937, nada mais de significativo sobre o
nosso objeto foi produzido na perspectiva teórica que adotamos acerca da educação
nas comunidades primitivas, isto é, a perspectiva marxista. Este artigo busca
atualizar, no sentido de negar, confirmar e aprofundar, as teses sobre a educação
nas comunidades primitivas apontadas por Ponce em sua obra. Para tal, baseamo-
nos na leitura imanente de Mitos da Dominação Masculina, clássico da antropologia
marxista, de Eleanor Burke Leacock.”
COSTA, Luciano Rodrigues em seu artigo sobre “As relações de classe nos
canteiros de obras brasileiros: exploração, controle e confiança”, investiga o
funcionamento do mercado de trabalho no setor da construção de uma pequena
cidade de Minas Gerais. Com base numa etnografia das práticas de trabalho e da
gestão da mão de obra num canteiro de tamanho médio, o autor busca mostrar como
os imperativos técnicos e organizacionais combinam-se com lógicas de relações de
classe para organizar as práticas de contratação, de remuneração e de demissão.
Quatro pesquisadores do Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário
(IMO) do Ceará: NOVAES, Marcos Adriano Barbosa de; SILVA, Sara Mayra
Nogueira da; LIMA, Felipe Augusto Alves Correia e GONÇALVES, Ruth Maria de
Paula, em seu artigo: “Neoliberalismo no Brasil e os ataques aos direitos
trabalhistas de 1990 a 2021” nos alerta para que “diante do atual cenário assolador
dos direitos trabalhistas historicamente conquistados no Brasil, as ofensivas
neoliberais, no mundo do trabalho, se tornaram cada mais incisivas, o que influenciou
mudanças em leis já consolidadas e marcou um período de retrocessos para a classe
trabalhadora. No que tange aos direitos trabalhistas, desde a adesão do modelo
neoliberal na década de 1990, consumado nos governos seguintes, a formação
sócio-histórica do Brasil perpassou por diversas mudanças e processos considerados
perversos para os trabalhadores.”
O artigo “A recontextualização curricular na educação profissional,” de SOARES
JÚNIOR, Néri Emílio; “analisa os fatores que influenciam no trabalho dos professores
no processo de recontextualização curricular. Foi realizado um estudo de caso de
uma instituição de educação profissional do estado de Goiás com a realização de
análise documental e entrevista”.
SANTOS, Layslândia de Souza; SANTOS, Maria Escolástica de Moura e SANTOS,
Lailton de Souza; em “Educação como prática social: contradições do complexo
educativo na sociedade de classes”; “com base nos construtos teóricos e
metodológicos ancorados no Materialismo Histórico Dialético tecem considerações
acerca da educação imersa na sociedade capitalista, no intuito de refletir sobre o
papel histórico do complexo educativo dentro da sociedade de classes, bem como as
contradições que permeiam a educação”.
“Era imposição sem suporte”: organização e condições de trabalho na
educação básica durante a pandemia de covid-19”. Nesse artigo, as
pesquisadoras: PASSINI, Eduardo Souza; MAKEWITZ, Gabriela Gomes; DIAS,
Fernanda Gomes, coordenados pela doutora GIONGO, Carmem Regina do Núcleo
de Estudos e Pesquisa em Saúde e Trabalho - NEST/UFRGS descrevem e analisam