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DOI: https://doi.org/10.17648/2238-037X-trabedu-v29n1-9715
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
DOCENTES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: O
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Teachers of information and communication technology: the use of technology
as a pedagogical tool
POSSATO, Alvaro Bubola
1
MONTEIRO, Patricia Ortiz
2
RESUMO
O objetivo do trabalho é fazer uma análise sobre como os docentes do ensino profissionalizante, da
área de tecnologia da informão e comunicação (TDIC), fazem uso das tecnologias. O projeto do qual
se origina o presente artigo se mostra relevante porque a compreeno de como esse profissional
trabalha com as TDIC pode melhorar o seu desempenho profissional e suas relações, assim como
fornecer subdios que podeo contribuir para as suas pticas. Essa pesquisa descritiva,
exploraria, com abordagem qualitativa utilizou como instrumento a entrevista semiestruturada,
aplicada a 16 (dezesseis) professores de uma instituição de ensino, em duas cidades do Vale do
Parba paulista. Para a alise dos dados coletados foi utilizado o software IRAMUTEQ, de donio
livre, e foram encontradas 5 classes de análise. O desenvolvimento da análise do conteúdo foi
sistematizado pela teoria apresentada por Bardin (2011). A alise dos dados aponta que o docente
faz uso das TDIC em sala de aula, utilizando-as para a maioria dos afazeres da prática docente; que os
docentes de TDIC eso em constante trabalho de atualização, tendo a internet como principal base de
busca; e que tal atualizão se faz necesria, pois as TDIC evoluem e mudam constantemente. Para
tanto, em conformidade com a identidade institucional a que pertencem, os docentes passam por
processos de “certificaçãoque os habilitam a exercer a doncia de TDIC de forma qualificada.
Palavras-chave: Desenvolvimento Humano. Tecnologia da Informação e Comunicão. Ensino
Profissionalizante.
ABSTRACT
The objective of this work is to analyze how teachers in vocational education in the area of information
and communication technology (ICT) use technology. The project is relevant because the understanding
of how this professional works with ICTs can improve their professional performance and their
relationships, as well as provide subsidies that may contribute to their practices. This research -
descriptive, exploratory, with a qualitative approach - used as an instrument the semistructured interview,
applied to 16 (sixteen) teachers of a teaching institution, in two cities of the Paraíba Valley of o Paulo.
The IRAMUTEQ software, free domain, was used to analyze the collected data, and 5 classes of
analysis were found. The development of content analysis was systematized by the theory presented
by Bardin (2011). The analysis of the data shows that the teacher makes use of ICT in the classroom,
using them for most of the tasks of teaching practice; that ICT teachers are in constant updating work,
with the Internet as the main search base; and that such an update is necessary, as ICTs evolve and
change constantly. Therefore, in accordance with the institutional identity to which they belong, teachers
undergo "certification" processes that enable them to teach ICT in a qualified way.
1
Mestrando do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Humano. Universidade de Taubaté, Taubaté-SP. Email:
alvaropossato@gmail.com
2
Profa. Dra. do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Humano. Universidade de Taubaté-SP. E-mail:
patyortizmonteiro@terra.com.br
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Keywords: Human Development. Technology of Information and Communication. Vocational
Education.
INTRODUÇÃO
Os docentes de TDIC enfrentam um desafio permanente, além da sala de aula. Santos
e Radtke (2005) afirmam que a formação como professor de TDIC extrapola o espo-
tempo do curso, pois se estende ao cotidiano da docência. É necessária a constante
preparação e atualização do docente, não apenas nas ferramentas computacionais, mas
também com relação à recontextualizão do uso do computador, integrando-o as suas
atividades pedagógicas. Para os autores, o processo de formação deste docente deve
propiciar-lhe condições de construir novos conhecimentos e relacionar diferentes
conteúdos, a fim de reconstruir o seu referencial pedagógico.
Neste sentido, é possível perceber a necessidade da quebra de alguns paradigmas
educacionais, exigindo do educador a inserção de visão e postura sistêmicas
relacionadas ao aprendizado. Para Litwin (1997), é preciso que se criem novos espaços
de simulação ao atingir a cultura escolar, fazendo com que as pessoas possam trar
contextos diferenciados de constrão de conhecimento. Por isso, segundo a autora, o
desconhecimento das possibilidades vindas da tecnologia significa um retrocesso a um
ensino que não seria tradicional, mas sim ficcional.
O corpo docente do ensino técnico é composto por um grande número de profissionais
advindos do mercado de trabalho, sem formação específica para o exercício em sala de
aula. Oliveira (2006) afirma que esta situação decorre da ausência de um marco
regulatório que exija e promova a capacitação profissional; esta, quando acontece, é
realizada quase sempre de forma emergencial, marcada pela ausência de integralidade.
Dentro do grupo de docentes do ensino técnico, encontram-se os específicos da área de
tecnologia da informão e comunicação, que utilizam as TDIC para a docência e
vivenciam a consequente necessidade de constante atualização nessa área. Segundo
Demo (1996), educar é uma competência moderna, inovadora e humanizadora, e para
tanto é necessário saber reconstruir conhecimentos e colocá-los a serviço da cidadania.
Para a autora, a diferença entre professor e aluno em termos didáticos é apenas a fase
de desenvolvimento em que se encontram, pois ambos fazem a mesma coisa.
Cabe ao docente, de forma geral, a função de ser um profissional de ensino que
possibilita um ambiente emancipador, e não a de um profissional de ensino que dá
instrução, domesticação e treinamento.
Esse profissional está inserido em uma sociedade que produz informão deltiplas
formas e consome conhecimento, denominada por Tofler (1995) de Sociedade da
Informação; nela, o profissional de TDIC não apenas precisa receber a informação mas
precisa, de forma criativa e multidisciplinar, ressignificá-la, transformando-a em
conhecimento prático. A sociedade atual exige deste profissional novos papeis e novas
capacidades, que nunca antes foram solicitadas.
O sociólogo polonês Bauman (2001), ao caracterizar o momento atual como
modernidade líquida, aponta para a mutabilidade constante das coisas, assim como
para a fluidez estrutural, a imprevisibilidade e as mudanças instantâneas. Estas
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características determinam no mundo do trabalho uma flexibilidade estrutural,
organizacional e relacional, exigindo do docente em TDIC semelhante flexibilidade, que
se expressa na sua capacidade de inovar e de mudar hábitos, de mobilizar e articular
conhecimentos com rapidez, de transformar informações em conhecimentos, de exercer
domínio sobre técnicas e tecnologias de seu campo de atuação e de atualizar-se
permanentemente.
Diante desse contexto, delineou-se como objetivo principal daquela pesquisa conhecer
como os docentes do ensino profissionalizante fazem uso das ferramentas de tecnologia
de informação e comunicação.
DESENVOLVIMENTO
De modo geral, educação pode ser definida por Saviani (1991) como um fenômeno
próprio dos seres humanos, levando em considerão a capacidade humana de
transformar a natureza de acordo com as suas necessidades. Assim, a educão
engloba as formas de prodão de ideias, valores, conhecimentos, conceitos e mbolos
necessários à humanidade.
No entendimento de Arendt (2007), o que nos faz ser humano é a condição de realização
da humanidade. Explicando o conceito, ele faz uso de três elementos: Labor, Trabalho e
Ação. O labor é a atividade que nos garante as condições básicas às necessidades
biológicas. São exemplos a alimentação, saúde, higiene, entre outras, que ajudam na
manutenção da nossa própria vida. O trabalho é uma atividade transformadora da
sociedade; a educação é a transformação cultural, sendo que a cultura acaba por se
tornar uma necessidade. O trabalho facilita o labor, permitindo o conforto. É o trabalho
também o que nos diferencia dos outros animais. A ação se relaciona à participão
social, às atividades de cunho político e mediação entre os homens.
De acordo com Pimenta (2004), as aspirações e necessidades humanas geram um
processo dialético do desenvolvimento humano hisrico, denominado educação. Dessa
forma, o desenvolvimento humano só é possível por meio da ação humana, fazendo
sentido a citão de Morin (2011), com indivíduo, sociedade e espécie, permitindo
compreender o humano e sua identidade individual e coletiva como parte de uma
sociedade pertencente à espécie Homo sapiens.
O desenvolvimento cientifico e tecnológico acompanha a história da humanidade. Kenski
(2007) afirma que as tecnologias são tão antigas quanto à espécie humana. Daí a
importância de se refletir acerca do relacionamento da educação com a tecnologia.
Sobre a formação da sociedade humana com a tecnológica, Leite (2003) explica:
a utilização das tecnologias na escola, por serem frutos da produção humana, parte da
sociedade e, como tal como todas as tecnologias criadas pelo homem, como a escrita, por
exemplo , devem ter acesso democratizado, sendo desmistificadas (LEITE, 2003, p. 15).
A maneira como o professor enxerga a tecnologia acaba interferindo na sua prática.
Comumente se entende tecnologia como técnicas ou inveões. Todavia, para Brito e
Purificação (2006), o conceito é
um conjunto de conhecimentos especializados, com princípios científicos que se aplicam a
um determinado ramo de atividade, modificando, melhorando, aprimorando os produtos
oriundos do processo de interação dos seres humanos com a natureza e destes entre si
(BRITO; PURIFICAÇÃO, 2006, p. 18).
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Em concordância, Kenski (2007) acredita que pode ser ainda mais complexo, pois o
conceito de tecnologias engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro
humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações
(KENSKI, 2007, p.23).
Podemos entender que tecnologia é tudo aquilo que foi criado pelo homem a fim de
expandir seus conhecimentos, tornando seu trabalho mais fácil, fazendo a sua vida mais
agradável. Para Sancho (2006, p.29), a tecnologia configura-se como um corpo de
conhecimentos que, além de usar o método científico, cria e/ou transforma processos
materiais”.
Vosgerau (2007) enfatiza que a tecnologia educacional pode ser tornar uma aliada ao
processo de ensino e aprendizagem, entendendo que
a tecnologia educacional é um campo de estudo cuja preocupação principal é a melhoria do
ambiente educacional, com vistas a facilitar o processo de ensino-aprendizagem, da mesma
forma que se propõe a criar métodos e técnicas para possibilitar o desenvolvimento e a
produção de ambientes de aprendizagem, sejam eles tecnológicos ou não (VOSGERAU
2007, p.273).
O desafio está em mudar as práticas, o que requer uma compreensão intelectual dos
envolvidos e também a vontade deles de transformar as condições de sua prática.
É dever docente o conhecimento do potencial e do limite dos recursos disponíveis na
escola de modo a utilizá-los em sua prática pedagógica. A partir do momento em que o
professor incorpora as tecnologias em sua prática docente, passa a ser, segundo Moran
(2011, p. 30), um pesquisador em serviço. Aprende com a prática e a pesquisa e ensina
a partir do que aprende. Realiza-se aprendendo-pesquisando-ensinando-aprendendo.
O seu papel é fundamentalmente o de um orientador/mediador. Passa então a um
estado permanente de busca entre ensinar e aprender.
Em contato com os avanços tecnológicos, a identidade docente sofre modificações ea
fluência tecnológica se faz necessária. (KENSKI, 2013). O saber tecnológico torna-se
um dos elementos fundamentais para utilizão, apropriação e integração das TDIC.
Importante ressaltar o entendimento de Moran (2007) sobre o uso das TDIC pelos
professores:
O donio pedagógico das tecnologias na escola é complexo e demorado. Os educadores
costumam começar utilizando-as para melhorar o desempenho dentro dos padrões
existentes. Mais tarde, animam-se a realizar algumas mudanças pontuais e, só depois de
alguns anos são capazes de propor inovações, mudanças mais profundas em relação ao
que vinham fazendo até então (MORAN, 2007, p. 90).
O docente pode usar determinada tecnologia apenas de forma instrumental, sem ter se
apropriado dela. Ou, ao contrário, pode ter se apropriado, mas não consegue utilizá-la
pedagogicamente, em decorrência de múltiplos fatores, como a falta de infraestrutura da
escola.
O processo de utilização, integração e aproprião das TDIC pelo professor é uma tríade
como mostra a Figura 1:
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Figura 1- Tríade: utilização, integração e apropriação das TDIC.
Fonte: Morin (2014), adaptado pelos autores (2017).
Para melhor compreensão desse dinâmico movimento da tríade, devemos partir do
princípio sistêmico organizacional e do círculo recursivo proposto por Morin (2014). O
princípio sistêmico organizacional é o que liga o conhecimento das partes com o
conhecimento do todo. Na tríade, utilização, integrão e apropriação fazem parte de
uma multiciplidade de fatores (partes) que se organizam como um sistema (todo) de
forma interligada, interdependente e interconectada. A recursividade se dá através da
autoprodução e auto-organizão. O dinamismo da tríade provoca a recursividade, pois
gera recursos, sendo seus produtos e efeitos causadores daquilo que é gerado. As três
dimensões possuem movimento recursivo de autoprodução. Os três conceitos
constituem e se auto-organizam a partir da realidade, das vivências e das experiências
da docência com o uso das TDIC.
METODOLOGIA
Essa pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa.
Foi realizada em uma instituição de ensino profissionalizante privada, fundada pelo
empresariado do estado de São Paulo na década de 40. O instrumento semiestruturado
utilizado para coleta dos dados está composto por 3 (três) perguntas abertas. Foram
entrevistados 16 docentes, de duas unidades da referida instituição, localizadas na
Região Metropolitana do Vale Parba Paulista uma fundada na década de 1970 e a
outra na cada de 1980. Ambas oferecem cursos nas áreas de Tecnologia da
Informação e Comunicação e os docentes entrevistados ministram aulas nesses cursos.
Os dados coletados foram gravados, com um gravador digital, para posterior transcrição
na íntegra, pelo pesquisador. Os dados foram tratados pelo software IRAMUTEQ e
analisados segundo a análise de conteúdo de Bardin (2011).
ANÁLISE DOS RESULTADOS
O Software IRAMUTEQ organizou as palavras (ou termos) pela quantidade de vezes
que apareceram nos discursos, agrupando-os por temáticas consideradas similares e
APROPRIAÇÃO
UTILIZAÇÃOINTEGRAÇÃO
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denominadas Classe de Palavras. Foram obtidas cinco classes de palavras, como
demonstrado pela Figura 2.
Figura 2- Classes de Palavras
Fonte: IRAMUTEQ, 2017.
As classes 1, com 14,8% das ocorrências, e 3, com 22,2% das ocorrências, possuem
maior proximidade entre si, contrapondo-se às classes 2, com 22,2% das ocorrências, 4,
com 18,5% das ocorrências, e 5, com 22,2% das ocorrências.
Foram identificados os termos que constituem os temas de cada uma das Classes de
Palavras e dos discursos, a fim de se compreender o processo de uso das TDIC pelos
docentes no seu exercício profissional. As Classes de Palavras para fins de análise foram
categorizadas em Temas e Subtemas (BARDIN, 2011), considerando a frequência das
palavras por classes, conforme pode ser verificado na Tabela 01.
Tabela 1- Temas e Subtemas presentes nas Classes de Palavras.
Classe de
Palavras
Temas
Classe 1
Utilização TDIC
Classe 2
Atualização
Classe 3
Em sala de aula
Classe 4
Desafios
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Classe 5
Relacionamento
Fonte: Autores, 2017.
Classe 1. A Utilização das TDIC
A Classe 1 tem como tema a utilização das TDIC pelos professores do ensino
profissional; nela observamos a percepção do docente com relão a como as TDIC
provocam mudanças na sociedade.
Acompanhando especialistas em diversas áreas e nunca deixando de atuar na área de
tecnologia. Definir até onde cada tecnologia é essencial. A tecnologia está presente em tudo
o que fazemos, mas muitas vezes toma conta de tudo o que fazemos (DOCENTE 6).
Esse entendimento na utilização das TDIC é citado por Morin (2014), quando trata da
apropriação, integração e utilizão. O contato com outros profissionais e a familiaridade,
tanto dos docentes quanto dos seus pares, com as TDIC, leva-os a utilizar a tecnologia
em tudo o que é possível. Mas não basta apenas ter o conhecimento em TDIC,
necessário se faz um conhecimento abrangente da área, como descrito pelo Docente 9.
Você ter um conhecimento amplo em todas as subáreas da TI. Como docente, preciso
conhecer um pouco de tudo e muitas vezes deixo de me aprofundar em subáreas de meu
interesse (DOCENTE 9).
O docente cita queo consegue se aprofundar como deveria em coisas que ele tem
interesse. Segundo Bauman (2001), somos forçados pela velocidade das coisas a saber
de tudo um pouco, e tentar acompanhar as mudanças daquilo que aprendemos. As
TDIC têm um papel especial nisso, pois elas possuem a capacidade de acelerar ainda
mais essas mudanças provocando constante mudaa social, e alterando o
comportamento humano, como relata Kenski (2007).
Na atualidade o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado
principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela
microeletrônica. Essas novas tecnologias [...] quando disseminadas socialmente, alteram as
qualificações profissionais e a maneira como as pessoas vivem cotidianamente, trabalham,
informam-se e se comunicam com outras pessoas e com o mundo (KENSKI 2007, p.22).
Essas tecnologias provocam mudanças profundas e constantes na sociedade; dessa
forma, não basta que a escola receba os recursos tecnológicos, faz-se necessária a
compreensão do seu conceito, para que servem e de que forma podem ser transmitidos
os conhecimentos sobre elas.
Internet, certificações e dia a dia. Tutoriais constantemente em inglês. Infelizmente a
tecnologia fala em inglês e eu não conheço bem o idioma, por isso as vezes sofro demais.
Planejo com antecedência; uso ppt ou prezi (DOCENTE 15).
Os desafios precisam ser suplantados por meio de uma prática reflexiva voltada a
solucionar os problemas e não de forma a atravancar e a limitar o desenvolvimento do
professor e consequentemente do aluno. Como citado pelo Docente 15, a tecnologia
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fala inglês e muitas vezes estes professores só possuem o domínio do portugs, o que
dificulta-lhes a obtenção do conhecimento, forçando-os a transpor as dificuldades,
através de uma prática reflexiva, como afirma Perrenoud (1999).
A reflexão possibilita transformar o mal-estar, a revolta, o denimo, em problemas, os quais
podem ser diagnosticados e até resolvidos com mais consciência, com mais método. Ou
seja, uma prática reflexiva nas reuniões pedagógicas, nas entrevistas com a coordenação
pedagógica, nos cursos de aperfeiçoamento, nos conselhos de classe, etc. - leva a uma
relação ativa e o queixosa com os problemas e dificuldades (PERRENOUD, 1999, p.72).
Classe 2. Atualização dos Docentes
A Classe 2 traz informações sobre como o docente de TDIC faz para se atualizar,
valendo-se de inúmeras ferramentas para isso, como descrito pelo Docente 1.
Livros e também o networking; sempre tem alguém que possa solucionar alguma dúvida ou
então me informar de algo novo. Não possuo dificuldade na utilização, contudo é necessária
atualização constante e esse é o grande desafio (DOCENTE 1).
O cotidiano docente implica uma atualização constante em seus métodos e práticas. Não
de maneira sistêmica, mas sim reflexiva, levando em consideração os pares, como os
outros docentes, os alunos e a equipe pedagógica. Esta necessidade de atualização
constante é entendida por Libâneo (2004) como formação continuada, conforme
segue:
O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação inicial. A formação
inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação
profissional, completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da
formação inicial, visando ao aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio
contexto de trabalho e ao desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do
exercício profissional (LIBÂNEO 2004, p.227).
O autor demonstra a necessidade de formão continuada e explicita que o professor
deve ter consciência de que a formação não acaba com a graduação; ao contrário, o
processo de construção do conhecimento é contínuo e envolve toda a trajetória
profissional.
Busco me certificar em softwares específicos de acordo com o contexto dos cursos em que
realizo através da internet, cursos e livros. o costumo ter dificuldade em lidar com algo
relacionado a TI; busco sempre aprender e entender o seu uso (DOCENTE 5).
Ao mencionar que busca se certificar em softwares específicos de acordo com o
contexto dos cursos, este docente demonstra entender que é necessária a
compreensão de que o contexto disciplinar precisa ser analisado, favorecendo o
estabelecimento de elo entre as diferentes áreas do conhecimento em uma situão
contextualizada da aprendizagem. Almeida (2002) corrobora tais ideias afirmando que
o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular
diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de probleticas e
situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no
desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria
identidade, ao mesmo tempo que estabelecem articulações horizontais numa relação de
reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em
construção (ALMEIDA 2002 p.58).
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O conhecimento específico (disciplinar) tem a capacidade de oferecer ao aluno a
possibilidade de reconhecer e aprender as particularidades de um determinado
conteúdo, já o conhecimento integrado (interdisciplinar) lhe dá a possibilidade de
estabelecer relações importantes entre os conhecimentos. Ambos acabam por se
alimentar e um não existe sem o outro.
Enfim fazendo as tecnologias trabalharem a nosso favor e não o contrário, participando de
cursos presenciais e a distância, buscando eventos na área de tecnologia, muita pesquisa e
leitura, através da internet trocando informações com colegas (DOCENTE 6).
O discurso do Docente 6 coincide com o que afirma Casalli (1997), que entende que o
profissional da era damodernidade líquida precisa ser mais especializado, e disposto
a aprender o tempo todo, acompanhando a velocidade da mudança das TDIC.
Classe 3. Cotidiano Docente
A classe 3 relaciona-se com o cotidiano do docente na sala de aula. O professor, além
de assumir um papel voltado para a busca de novas atividades e práticas assertivas,
também se vê diante da necessidade de assumir desafios.
Manter as portas abertas com o mercado de trabalho é a melhor forma de se atualizar em
relação às TDIC. Nenhuma dificuldade; acho extremamente revigorante ter que ensinar
alguma coisa que ainda não sei direito (DOCENTE 11).
Essa atitude de ensinar alguma coisa que ainda não sei direito, citada pelo Docente 11,
requer uma escola viva, dinâmica, com docentes produtores e organizadores do
conhecimento, como esclarece Libâneo (2007):
A formação continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança nas práticas docentes,
ajudando os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as
e elaborando formas de enfrentá-las. De fato, não basta saber sobre as dificuldades da
profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações
coletivas (LIBÂNEO, 2007, p. 227).
Os docentes em TDIC utilizam os vários recursos disponíveis em suas aulas. Como dito
pelo Docente 13, é necessário envolver o aluno com o novo e a tecnologia propicia isso
devido a sua rápida transformação.
Eu procuro sempre novas metodologias de ensino e formas para envolver o aluno no
processo de aprendizagem e a tecnologia me propicia o novo. Sempre utilizo delas para
tudo, desde slides até jogos (DOCENTE 13).
Ao se inserir recursos das TDIC no espaço escolar, surge a informática educativa. De
acordo com Borges (1999):
O uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala
de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse
nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e
capacidade, tornando posvel simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir
conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de
conhecimento que se está construindo (BORGES, 1999, p. 136).
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Para Moran (2007), compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar,
contextualizar e posteriormente, por meio de questionamento, criticar, reavaliar, criar
novas conclusões e acomodar novas ideias. É algo fundamental no cotidiano docente.
Classe 4. Os Desafios dos docentes de TDIC
A Classe 4 trata dos desafios dos docentes de TDIC; um deles é a rapidez com que a
tecnologia se modifica.
Tenho boa afinidade, procuro utilizar a tecnologia em tudo o que realizo, tanto na docência
quanto em meus outros afazeres. Encontros com outros profissionais de TI e cursos. A
mudança contínua das tecnologias; cada ano surge uma coisa nova e ficar por dentro disso
é bem complicado, sendo um desafio constante (DOCENTE 10).
Esse tipo de docente precisa manter-se atualizado em algo que, por sua vez, está se
atualizando constantemente. Demo (1994) entende que esse docente precisa ter
algumas competências para que possa responder à demanda do mercado:
Capacidade de pesquisa para corresponder desde logo ao desafio construtivo do
conhecimento, o que transmite em sala de aula tem que fazer parte do processo de
construção do conhecimento, assumir textura própria em termos de mensagem, configurar
componente de projeto autônomo criativo e crítico. Elaboração própria para codificar
pessoalmente o conhecimento que consegue criar e variar favorecendo a emergência do
projeto pedagógico pprio. Teorização das práticas... Formação permanente. Manejo da
instrumentalização eletrônica... (DEMO, 1994, p. 54-55).
O autor acima acredita que o docente em TDIC tem a necessidade ser autônomo, crítico,
criativo e transformador, um sujeito compromissado em buscar novas tarefas e práticas
para o futuro. Ainda, segundo Demo (1994), o que se espera do professor
já não se resume ao formato expositivo das aulas, à fluência vernácula, à aparência externa.
Precisa centralizar-se na competência estimuladora da pesquisa, incentivando com
engenho e arte a gestão de sujeitos críticos e autocráticos, participantes e construtivos
(DEMO, 1994, p. 13).
O docente em TDIC busca informações em todos os tipos de fontes, pois está lidando
com a tecnologia que, além de ser líquida, possui a característica de modificar os
comportamentos das pessoas.
Acompanho noticiários, jornais, revistas, sites da internet, redes sociais e procuro participar
de eventos relacionados às tecnologias de meu interesse, à velocidade com que as TDIC
evoluem, se inovam e revolucionam nossos comportamentos e rotinas (DOCENTE 16).
As TDIC não apenas facilitam a nossa vida no mundo contemporâneo, como podemos
perceber pelo discurso do Docente 16; elas revolucionam os nossos comportamentos,
fazendo com que passemos a ter novas práticas e formas de nos relacionar, trabalhar e
agir, colocando-se como agentes formadoras de novas práticas. Essa afirmação é
defendida por Kenski (2007).
A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados
equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A ampliação e banalização do uso
de determinada tecnologia impõem-se à cultura existente e transformam não apenas o
comportamento individual, mas o de todo o grupo social (KENSKY, 2007, p. 21).
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As TDIC se fazem presentes na vida das pessoas de forma cotidiana nos estudos, nas
atividades domésticas, no trabalho, etc. fazendo com que os frutos dos mais variados
tipos de tecnologias acabem se espalhando por toda a sociedade, até mesmo por
modismo frente a campanhas dos vculos de massa como TV e Rádio.
Classe 5. Os docentes e sua relação com as TDIC
A Classe 5 diz respeito a como os docentes fazem para se relacionar com as TDIC.
Trabalho com internet o dia todo, desenvolvendo sistema de rede, e dou aula à noite na
mesma área. Estou o tempo todo utilizando a tecnologia, interagindo com ela e ensinando
sobre ela através de videoaula (DOCENTE 8).
Uma das necessidades dos docentes do ensino profissional não é apenas o saber
saber, mas sim o saber fazer; para isso torna-se necessário que ele se aproprie daquilo
que ensina, não apenas de maneira trica, mas também de forma prática, aplicando as
TDIC em todas os seus afazeres, como descrito pelo Docente 10.
Tenho boa afinidade; procuro utilizar a tecnologia em tudo o que realizo, tanto na docência
quanto em meus outros afazeres, encontros com outros profissionais de TI e cursos
(DOCENTE 10).
Portanto, esse docente precisa constantemente estar disposto a explorar recursos
tecnológicos; o desafio maior está em transformar informações em conhecimento, pois
apenas ter acesso à informação não garante conhecimento; torna-se necessário agir
cognitivamente sobre essas informações.
Atualmente tenho me atualizado através da internet, blog, fóruns, jornais e vídeos. Quando
é assunto mais específico, que não encontro na internet, eu procuro em livros também
(DOCENTE 5).
A internet tem sido a fonte de busca primária destes docentes, que querem agilidade e
praticidade para realizar suas pesquisas. Se o conteúdo não estiver disponível online, os
docentes o procuram em outras fontes sicas, como livros. Seja onde for, a internet nos
possibilita acessar conteúdos e também nos comunicar, daí a crescente apropriação
dela, tanto pela sociedade quanto pelo ambiente escolar. Segundo Cebrian (1999), a
internet
oferece todas as possibilidades com as quais nem mesmo os mais entusiastas escritores de
ficção ou os utópicos sonhadores de Alexandria poderiam sonhar. A quantidade de
informações é tal, que com menos de 12 anos de idade pode-se ter tido acesso a um número
muito superior do que aquele que um adulto na Idade Média seria capaz de recolher durante
toda a sua vida (CEBRIAN, 1999, p.120).
Segundo o IBGE (2017), em seu último senso sobre o uso da internet, em 2015, metade
dos brasileiros eso conectados à internet; as regiões Sudeste (57%), Sul (53,5%) e
Centro-Oeste (54,3%) registraram os maiores percentuais de utilização da internet,
considerando-se todos os equipamentos. O uso massivo da internet para pesquisas é
uma realidade e, quando se fala em pesquisa de preços, que é algo que se faz
corriqueiramente, o IBGE descobriu que 92% destes internautas pesquisam pros
antes de comprarem qualquer produto em loja física.
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A internet está crescendo como a mídia mais promissora desde a implantação da
televisão, por ser aberta, descentralizada e participativa. Em uma sociedade que produz
informação, estas podem ser encontradas em sites especializados ou em redes sociais.
Mas não é apenas a população que faz uso desta tecnologia; universidades, escolas e
bibliotecas também possuem o seu ambiente virtual de pesquisa.
Cursos WEB, capacitações fornecidas pela instituição onde trabalho, cursos presenciais e
pesquisas na internet. A dificuldade está na grande gama de áreas de atuação e o grande
desenvolvimento de novas ferramentas, aplicativos, programas. etc. (DOCENTE 3).
Como o Docente 3 relata em seu discurso, uma das coisas procuradas por eles são os
cursos pela internet, descritos por ele como cursos WEB. O artigo 80 da LDB incentiva
todas as modalidades de ensino a distância e continuada em todos os veis. Segundo
o senso realizado pelo MEC (2017), a educação a distância (EAD) é a que mais cresce
no Brasil. Uma das vantagens da EAD em relação ao ensino presencial é o menor custo:
algumas apresentam mensalidades até 4 vezes mais baixas e outras são até de graça,
por não precisar de uma estrutura física muito elaborada para acontecer. Um outro fator
deste crescimento é a facilidade de acesso, visto que o alunoo precisa se deslocar
fisicamente, basta apenas ter acesso à internet, podendo interagir e realizar o curso de
onde desejar, com flexibilidade de horários algo tão procurado atualmente, conforme
destacado por Ramírez (1999): um sistema produtivo flexível e com baixo custo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os docentes da área de Tecnologia da Informação e Comunicação estão em processo
constante de atualização, sendo a sua formação realizada através da internet, de livros,
de participação em fóruns, de buscas em redes sociais e revistas. A internet é a fonte
principal de pesquisa e aprimoramentos, seguindo a tendência mundial dos internautas,
que procuram nos buscadores virtuais todo tipo de assunto, por ser um procedimento
mais prático e ágil. É a informação napalma da mão, pois com apenas alguns cliques
podem acessar sites de instituições de ensino, fazer download de e-books, assistir a
videoaulas ou participar de fóruns virtuais especializados tudo com a comodidade da
mobilidade propiciada pela internet.
As TDIC obedecem a lógica da modernidade líquida citada por Bauman (2001),
evoluindo e mudando constantemente; acompanhar estas mudanças é uma
necessidade dos docentes de TDIC. Uma outra necessidade deles é a de manter-se de
acordo com a identidade institucional, através do processo decertificação, cumprindo
uma série de normas que os enquadrem como profissionais qualificados para
determinada função.
Em sala de aula, o docente de TDIC faz uso constante de todo o material tecnológico
disponível, a fim de envolver o aluno através da informática educativa, cuja premissa é
dar suporte aos professores como um instrumento a mais em sala de aula, tornando
possível por meio de ela simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir
conjecturas abstratas, fundamentais à compreensão de um conhecimento ou modelo de
conhecimento que se está construindo.
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Data da submissão: 13/11/2017
Data da aprovação: 18/05/2020