Trabalho & Educação | v.29 | n.1 | p.33-46 | jan-abr | 2020
percentual de 28%. Ou seja, segundo os professores orientadores, o programa foi capaz
de fazer com que os professores cursistas refletissem sobre suas práticas:
A prática deles melhorou né, a questão da, do relacionamento interpessoal com os
estudantes também melhorou, eles, é conseguiram é, construir projetos que deram assim
voz ao estudante, eles fizeram trabalhos de escuta do estudante, que eles, é, achavam até
das aulas deles, então, foi uma avaliação muito boa, eles, tiveram essa, essa questão dessa
mudança de, de postura, que eu acho que é importante (JAQUELINE, 2017).
Além de afirmarem que os professores refletiram sobre suas práticas, os orientadores
afirmaram que houve uma boa participação dos docentes nas formações com 14% e
também uma satisfação dos professores sem participar do programa com 4% das
respostas. Ou seja, segundo os orientadores os professores cursistas tiveram boa
participação e assiduidade nas formações como mostra as falas abaixo:
No conhecimento, na reflexão para melhoria do ensino, no refazer do planejamento, do
currículo e daquilo que a gente coloca como plano de aula, né, ou no plano de aula, que
cada um pode repensar sua prática, sua metodologia, pode repensar, repensar também
sobre si, seu papel na educação, seu objetivo na sala de aula, que objetivo quer alcançar,
despertou também um outro olhar para o aluno, para o estudante, nós pudemos discutir e
discutimos, é, o nosso aluno, né, o protagonista do processo e isso fez com que o grupo
fizesse uma avaliação madura de que aluno nós temos e como nós devemos melhorar a
relação com eles (JUCELENE, 2017).
A prática deles melhorou né, a questão da, do relacionamento interpessoal com os
estudantes também melhorou, eles, é conseguiram é, construir projetos que deram assim
voz ao estudante, eles fizeram trabalhos de escuta do estudante, que eles, é, achavam até
das aulas deles, então, foi uma avaliação muito boa, eles, tiveram essa, essa questão dessa
mudança de, de postura (JAQUELINE, 2017).
Em relação aos orientadores se avaliarem, 12% afirmaram que o PNEM promoveu a
reflexão de suas práticas pedagógicas, além desse dado, quando perguntado se a
experiência formativa permitiu aos orientadores uma reflexão de suas práticas, 23%
afirmaram que sim. Ou seja, houve um repensar pelos orientadores de suas práticas,
como mostra as falas abaixo:
Eu acho que foi boa, é, aprendi bastante né, com, com, principalmente essa visão de Ensino
Médio né, que muitas vezes a gente não vê ou não via como o aluno protagonista e depois
dessa, dessa formação continuada eu acho que a minha visão de, de, de educador e de,
em relação ao Ensino Médio mudou bastante, acho que ficou mais enriquecida (JUCILEIDE,
2017).
De uma certa forma sim, né, porque a prática precisa ser renovada e essas formações
reflexivas e críticas fazem a gente repensar, a, a, nosso dia a dia na sala de aula, tudo mais,
então, assim, sempre é muito bom, muito positivo, precisa um aprofundamento e ter
continuidade, ter que ser uma coisa constante esse aprofundamento, não pode ser um pacto
e parou, não pode ser só ai né (ANTÔNIO, 2017).
A partir das falas dos professores podemos afirmar que, se os professores cursistas
tiveram uma assiduidade e uma satisfação em participar do PNEM, foram influenciados
pelas informações e debates que acompanhavam o programa. Essa percepção de
mudanças que mencionamos está atrelada a nossa próxima seção. Nela, vamos
analisar, o conceito de reflexividade, a partir das falas dos professores.