@article{Campos_2022, place={Belo Horizonte}, title={OS APOSENTADOS E A FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA}, volume={30}, url={https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/34513}, DOI={10.35699/2238-037X.2021.34513}, abstractNote={<p>Esta pesquisa teve por objetivo compreender o sentido da formação realizada pelos aposentados após se aposentarem. Eles pertencem a um grupo de voluntários alfabetizadores de jovens e adultos de um comitê de cidadania de Belo Horizonte. Este grupo é constituído por 29 participantes, sendo 25 mulheres e quatro homens. Para realizar a pesquisa, recorreu-se às construções teóricas da “Formação ao longo da vida”, tendo como principais referências os autores: Meirieu (2005), Lima (2007) e Tomasi e Ferreira (2013). Foi realizada uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa e os procedimentos para a coleta de dados foram a realização de um questionário enviado aos 29 participantes do grupo e uma entrevista semiestruturada individual com uma amostra de seis dos 27 respondentes do questionário. Os dados foram tratados por meio da técnica de análise de conteúdo e os temas mais relevantes foram agrupados em categorias e subcategorias de análise. Foram identificadas 6 categorias: 1: Formação antes da aposentadoria; 2: Formação para a aposentadoria; 3: Formação após a aposentadoria; 4: Projeto de formação para o futuro; 5: Diferença entre a formação antes e após a aposentadoria. Durante a análise percebeu-se outros temas recorrentes entre os entrevistados e criou-se, então, mais uma, a categoria 6: Outros aspectos apresentados sobre a aposentadoria. A partir da análise dos resultados, constatou-se que os aposentados interessam e buscam realizar atividades de formação, mesmo após a aposentadoria. As atividades citadas foram de variados tipos, como graduação, mestrado, idioma, terapias complementares, dança, canto, tocar instrumento musical, corte e costura, atividades voluntárias, entre outras. O sentido da formação para eles é de continuar se formando durante toda a vida e para a vida, ampliar a visão de mundo, retomar sonhos que não foram possíveis de serem realizados quando do trabalho ou que foram planejados para esta fase da vida. Antes da aposentadoria, a formação estava mais voltada para o trabalho e necessidade do mercado, como criticam os autores citados acima. E a diferença da formação após a aposentadoria, é que eles exercem a autonomia para escolher as atividades de acordo com o seu interesse e desejo, sendo estes a marca da Formação ao Longo da Vida. Os resultados apontaram para um perfil de aposentados mais ativos e dinâmicos que valorizam a trajetória de formação e, agora, com mais autonomia para fazer as suas escolhas de acordo com os seus interesses e desejos, continuam a trajetória de formação tanto pessoal quanto profissional. Há evidências que está modificando o conceito de aposentadoria de “retorno aos aposentos” e “inatividade” para uma vida mais ativa, de pessoas que participam de atividades de formação, socialização e buscam viver a longevidade com mais autonomia. Esta pesquisa contribuiu para o avanço dos estudos sobre a aposentadoria e a formação ao longo da vida, além de possibilitar novas reflexões. Há de se pontuar que este estudo abordou a escolha de um único segmento de atividade, funcionários de uma instituição financeira, sendo que a maioria vive em uma capital, Belo Horizonte, e região metropolitana, possui formação acadêmica e profissional e pertencem à classe média. Portanto, sugere-se para a realização de estudos futuros a ampliação para outras classes sociais, principalmente a classe menos favorecida econômica e socialmente, com pouca ou nenhuma formação escolar, além de outras categorias profissionais e de outras regiões brasileiras.</p>}, number={3}, journal={Trabalho & Educação}, author={Campos, Maria Bárbara de}, year={2022}, month={fev.}, pages={205–207} }