Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios <p><em>Vestigios – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica </em>promove a aproximação e interação de pesquisadores que trabalham com este campo do conhecimento na região. Trata-se de uma publicação pluralista, voltada principalmente a apoiar a produção teórica e a formulação e o desenvolvimento de abordagens alternativas que dêm conta das dinâmicas particulares que têm construído nossas sociedades.</p> UFMG pt-BR Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica 1981-5875 <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons"></a><br>O trabalho Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica de <a href="/index.php/vestigios/index" rel="cc:attributionURL">https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index</a> está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a>.<br>Baseado no trabalho disponível em <a href="/index.php/vestigios/index" rel="dct:source">https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index</a>.<br>Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em <a href="/index.php/vestigios/index" rel="cc:morePermissions">https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/index</a>.</p> Não há nada escrito sobre gostos? https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/48276 Lorena Puebla Copyright (c) 2024 Lorena Puebla https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 193 195 10.31239/vtg.v18i1.48276 Janelas abertas, portas fechadas https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/47967 <p>Muito pouco ainda se sabe sobre como se desenrolaram as relações espaciais entre senhores e escravizados nas unidades domésticas situadas no Sul de Minas Gerais. Com este artigo, focalizo meu interesse nas possíveis tecnologias visuais e espaciais amparadas nos vãos de um sobrado urbano edificado em Campanha/MG na primeira metade do século XIX, atualmente em estado de ruínas. Com a aplicação de metodologias tradicionais da Teoria da Sintaxe Espacial e uma nova proposta à leitura das espacialidades visuais e dos postos de vigilâncias, me interesso pelas estratégias senhoriais às censuras de circulação de escravizados, as quais puderam paralelamente ter favorecido a remodelação de alguns aspectos de suas vidas como também atos de resistências norteados pelas movimentações discretas em meio a alguns espaços.</p> Leonardo Lopes Villaça Klink Copyright (c) 2024 Leonardo Klink https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 3 28 10.31239/vtg.v18i1.47967 Nada além de contas https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/46455 <p>As contas de vidro foram os únicos bens pessoais encontrados junto aos remanescentes dos africanos enterrados no Cemitério dos Pretos Novos, Rio de Janeiro, o que as caracteriza como importantes indicadores étnicos e sociais. Através da análise quantitativa e qualitativa de 223 artefatos, buscou-se estabelecer um padrão para as contas utilizadas pelos cativos recém-chegados, bem como compará-lo com a tipologia anteriormente definida para as contas utilizadas pelos cativos já estabelecidos na cidade do Rio de Janeiro. Observou-se o predomínio absoluto de contas comuns e com menor valor de mercado, com manufatura do tipo <em>drawn</em>, pequenas, simples e brancas. Este resultado, compreendido como mais um aspecto da violência sofrida pelos escravizados, mostrou-se oposto àquele obtido com as contas recuperadas no Cais do Valongo.</p> João Gustavo Alves Chá Chá Andrea Lessa Copyright (c) 2024 João Gustavo Alves Chá Chá, Andrea Lessa https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 29 56 10.31239/vtg.v18i1.46455 Mapas coloniais e arqueologia https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/48497 <p>Este artigo mapeia os sítios arqueológicos dos séculos XVI e XVII da Baía de Guanabara, localizada no estado do Rio de Janeiro, e analisa sua representação na cartografia da época. Realizam-se plotagens dos sítios arqueológicos registrados no Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (IPHAN) por meio de Sistema de Informação Geográfica (SIG) e imagens de satélite. Em seguida, são comparadas as geolocalizações dos sítios plotados com sua representação na cartografia da época, marcada por uma mentalidade colonialista. A cartografia é entendida enquanto fonte para discorrer sobre o passado, ou seja, como um documento histórico. Analisa-se também a cartografia enquanto formadora de uma paisagem colonial e um imaginário europeu sobre o território brasileiro, estabelecendo-se uma relação entre cartografia e dominação territorial – no contexto da época, entre cartografia e colonização. A paisagem representada nos mapas coloniais é entendida no viés da Arqueologia Pós-processual, ou seja, como uma imagem subjetiva, mediada entre o sujeito e o ambiente que o cerca.</p> Pedro de Carvalho Brandão Soares Copyright (c) 2023 Pedro de Carvalho Brandão Soares https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 57 72 10.31239/vtg.v18i1.48497 O caso do sítio arqueológico Fazenda Braúna I https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/47490 <p>A ocupação histórica do sertão nordestino, na região do Sítio Fazenda Braúna I está relacionada à colonização do sertão baiano, em especial à expansão dos currais de gado. Esta pesquisa é desenvolvida no município de Nordestina, Bahia e objetiva contribuir para a compreensão da ocupação histórica nesta localidade que de acordo com a história oficial data do ano de 1937. A metodologia incluiu escavação e análise dos vestígios arqueológicos e entrevistas com residentes locais. A fazenda margeava o rio Itapicuru apresentando sede, olaria e casa de farinha, indicando certa autossuficiência dessas famílias sertanejas. A construção da fazenda remonta a finais do século XIX, anterior aos dados historiográficos oficiais. A escavação de 184 quadras resultou em sete líticos, 695 cerâmicas, 247 louças, 459 vidros, 115 metais e quatro fragmentos de madeira. Observam-se muitos itens para o preparo de alimentos como panelas, fragmentos de tigelas e potes cerâmicos de produção local-regional; fragmentos de pratos, xícaras e pires de louças, talheres, garrafas de bebida e frascos de medicamentos em vidro. A variabilidade da cultura material aponta para uma economia sertaneja com autonomia rural, mesmo com a presença de objetos produzidos no Sudeste, indicando interesse pela modernidade da época.</p> Marcone da Cunha Carneiro Cristiana de Cerqueira Silva Santana Joyce Avelino Carneiro Santana Copyright (c) 2024 Joyce Avelino Carneiro Santana, Marcone da Cunha Carneiro, Cristiana de Cerqueira Silva Santana https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 73 92 10.31239/vtg.v18i1.47490 A louça “Padrão de Salgueiro” (Willow Pattern) em Rosario, Argentina https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/41547 <p>O desenho <em>Willow Pattern</em> ou “Padrão de Salgueiro” para louça de mesa tem sido tratado em vários trabalhos sobre a indústria e costumes ingleses. Usados ​​em pratos, xícaras, tigelas e bandejas, eles sobreviveram até hoje como um desenho que conta uma lenda: a dos amantes chineses que, perseguidos, se transformam em dois pássaros e evitam o castigo. Através da técnica do transfer, o desenho – famoso pela cor azul – encheu as casas das classes médias inglesas desde o final do século XVII, produzindo massivamente, até a atualidade. No entanto, hoje é pouco frequente encontrar essas peças em antiquários e museus. Mas, sobretudo, é muito raro encontrá-lo nos lixões de Rosário entre 1870 e 1920. O presente trabalho visa estabelecer e explicar essa contradição entre essa presença, e ausência arqueológica, pelo menos para Rosário. Articulando um registo quase ausente com testemunhos orais, o trabalho tenta elucidar o papel que esta louça teve na imigração inglesa, a partir de meados do século XIX, cuja memória perdura como uma história por vezes esbatida nos descendentes, mas sempre valorizada.</p> Gustavo Osvaldo Fernetti Copyright (c) 2023 Gustavo Osvaldo Fernetti https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 93 116 10.31239/vtg.v18i1.41547 O Campo de Concentração da Seca do Patu https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/48169 <p>A presente pesquisa visou levantar uma discussão sobre o Campo de Concentração da Seca do Patu, em 1932, localizado no município de Senador Pompeu, Ceará, às margens do rio Patu, a partir de uma perspectiva arqueológica e histórica da paisagem e da memória. Para isso, inicialmente fizemos uma contextualização do local, considerando como as antigas estruturas da Vila Inglesa foram reapropriadas como sede administrativa do Campo do Patu. Com isso, observou-se três formas diferentes de se perceber a paisagem em relação ao patrimônio arqueológico edificado: os diferentes contextos históricos que levaram à fiscalização de obras da barragem do rio Patu; o sistema de vigilância, controle e prisão dos sertanejos durante seu uso como Campo de Concentração; e, atualmente, os aspectos da memória. Ao final da discussão, entendemos esses espaços como a materialização de um lugar de memória e a fé como promotora da lembrança dos sertanejos que perderam suas vidas nos campos de concentração.</p> Danyel Douglas Miranda de Almeida Maria do Amparo Alves de Carvalho Copyright (c) 2024 Danyel Douglas Miranda de Almeida, Maria do Amparo Alves de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 117 140 10.31239/vtg.v18i1.48169 Comunidades de pescadores fluviomarítimos na APA de Santa Cruz (PE) https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/46019 <p>O habitante tradicional do litoral é geralmente referenciado como caiçara, que corresponde ao agente social que interage com o espaço marítimo através de uma relação de subsistência. Sua construção histórica reflete o espelho da colonização do Brasil: indígenas, africanos escravizados e europeus colonizadores. Os modos de viver destas pessoas resguardam especificidades nos usos e apropriações da paisagem, tendo a relação com as águas como elo comum. No Brasil, pescadores, canoeiros e marinheiros utilizaram-se, no litoral, dos diversos corpos aquáticos disponíveis para alimentação e locomoção. Entender, em perspectiva histórica, os reflexos sociais destas relações nos territórios conectados pelas águas na Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz, no litoral norte de Pernambuco, corresponde ao principal objetivo do nosso texto. O local é legalmente constituído como Unidade de Conservação desde o ano de 2008.</p> Josué Lopes dos Santos Copyright (c) 2023 Josué Lopes dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 141 168 10.31239/vtg.v18i1.46019 O papel do município na preservação do patrimônio arqueológico https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/47841 <p>A preservação do patrimônio arqueológico está vinculada ao desenvolvimento do sistema de salvaguarda que envolve instituições públicas e privadas, participação comunitária, legislações, políticas públicas, saberes diversos, fomento, entre outros. No Brasil, o sistema funciona através das relações entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgãos estaduais e municipais de cultura, museus, universidades, instituições privadas e a sociedade civil. No Litoral Norte do Estado de Pernambuco, pesquisas arqueológicas identificaram e analisaram diversos vestígios das ocupações indígenas, fortificações militares coloniais, antigos engenhos e estruturas em centros históricos nos municípios de Abreu e Lima, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Paulista. Esses sítios arqueológicos são ameaçados pela urbanização, pouco engajamento da comunidade, ausência de técnicos locais, falta de políticas públicas, baixo interesse da iniciativa privada e escassez de recursos. Nesse artigo, objetiva-se pensar os sistemas de preservação municipais, seus instrumentos legais, e os desafios na preservação desses patrimônios. Para isso, o artigo analisa os casos dos municípios do Litoral Norte de Pernambuco, onde percebemos que não há uma uniformidade no conjunto legal e estrutura organizacional, o que resulta em mudanças, desigualdades e descontinuidades no sistema de preservação municipal.</p> Moysés Marcionilo de Siqueira Neto Fabiano Henrique do Nascimento Isaac Lopes Garcia de Melo Jade Paiva de Lima Ana Catarina Peregrino Torres Ramos Copyright (c) 2024 Moysés Marcionilo de Siqueira Neto https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 169 192 10.31239/vtg.v18i1.47841 Expediente https://periodicos.ufmg.br/index.php/vestigios/article/view/51030 Editores Vestígios Copyright (c) 2024 Editores Vestígios https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-01-29 2024-01-29 18 1 1 2 10.31239/vtg.v18i1.51030