Sobre a tradução de Cien años de soledad para o inglês: a crítica de uma crítica
Abstract
Este trabalho é uma crítica a uma crítica de tradução Tomou-se a tradução de Cien años de soledad para o inglês, feita por Gregory Rabassa. A crítica de Gerardo Vásquez-Ayora (1978) sobre o trabalho de Rabassa é aqui o objeto de estudo. Para Ayora, a tradução feita por Rabassa é inadequada por não utilizar procedimentos técnicos chamados avançados e se circunscrever apenas àqueles chamados elementares. Neste trabalho, considera-se que a "tradução próxima", que caracteriza o trabalho" de Rabassa, é uma exigência do texto de partida e se mostra adequada. Busca-se na crítica literária evidências para confirmar tal ponto de vista, tomando como base a análise de Rodrigues (1985) sobre o fenômeno do espelhismo em Garcia Márquez e aplica-se à teoria da tradução considerações de Possenti (1987) sobre a importância da questão formal na literatura. A principal sustentação deste trabalho é que a tradução é essencialmente um processo de produção de textos, rejeitando-se qualquer segmentação desse processo em fases estanques.