Práticas Corporais na Natureza
O Risco e os Ritos
DOI:
https://doi.org/10.35699/1981-3171.2016.1367Palavras-chave:
Assunção de Risco, Natureza, Sociedade, Atividade de LazerResumo
O objetivo do estudo é discutir os riscos e ritos e suas relações com as práticas corporais na natureza. Foram apresentadas três categorias analíticas oriundas de estudos relacionados sobre a temática: a primeira, concepções do risco na sociedade pós-moderna, a qual trata a transição da sociedade e a ampliação de consequências de risco; a segunda, concepção dos riscos nas práticas corporais na natureza, expõe a diversidade dos riscos e incertezas, sejam positivos ou negativos, encontradas nestas práticas; e a terceira, ritos nas práticas corporais na natureza, consiste em manifestar a adoção de ritos para a preparação à exposição ao risco. O risco e rito nas práticas corporais na natureza apresentam uma interrelação a partir da incerteza encontrada nestas práticas e com o universo imaginário.
Downloads
Referências
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BAUDRILLARD, J. A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70, 2008.
______. Simulacros e Simulações. Lisboa: Relógio D’água, 1991.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BECK, Ulrich. Autodissolução e auto-risco da sociedade industrial: o que isso significa? In: GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna.Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997.
BENTLEY, Tim; PAGE, Swet; MACKY, Keith. Adventure tourism and adventure sport injury: the New Zealand experience. Applied Ergonomics, v. 38, n. 6, p. 791-796, 2007.
______.; MACKY, Keith.; EDWARDS, Jonathan. Injuries to New Zealanders participating in adventure tourism and adventure sports: an analysis of accident compensation corporation (ACC) claims. The New Zealand Medical Journal, v. 119, n. 1247, 2006.
______; PAGE, Swet; WALKER, Leighton. The safety experience of New Zealand adventure tourism operators. Journal of Travel Medicine, v. 11, n. 5, p. 280-286, 2004.
______. A.; PAGE, Swet;; LAIRD, Ian. Safety in New Zealand’s adventure tourism industry: the client accident experience of adventure tourism operators. Journal Travel Medicine, v. 7, n. 5, p. 239-245, 2000.
BERNARDO, Rui; MATOS, Margarida. Desporto aventura e auto-estima nos adolescentes, em meio escolar. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto, v. 3, n. 1, p. 33-46, 2003.
BLANQUET, Brigitte. Lordalieducontact : unanalyseur de lascèneordalique, Thèse de doctorat de l' Université Lyon2, 2008.
BRUHNS, Heloisa Turini. A busca pela natureza: turismo e aventura. Barueri: Manole, 2009.
COSTA, Marisa Vorraber. Sobre as contribuições das análises culturais para a formação dos professores do início do século XXI. Educar em Revista [online], n.37, 2010, p. 129-152.
COSTA, Vera Lúcia Menezes. Esportes de Aventura e Risco na Montanha. São Paulo: Manole, 2000.
DE MASI, Domenico. A Sociedade Pós-Industrial. In: DE MASI, Domenico (Org.). A Sociedade Pós-Industrial. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1999.
ELIAS, Nobert; DUNNING, Eric. A busca da excitação. Lisboa: DIFEL, 1992.
FERRAZ, T. G. Cotidiano e Dança na Periferia: reflexões para uma prática educativa. Pensar a Prática, v. 6, 2003, p. 117-138.
FOLLARI, Roberto A. Estudios sobre postmodernidad y estudiosculturales: ¿sinónimos? Revista Latina de Comunicación Social, La Laguna, ano 3, n. 35, nov. 2000.
FRANQUES, Pascale et al. Sensation seeking as a common factor in opioid dependent subjects and high risk sport practicing subjects. A cross sectional study. Drug and Alcohol Dependence, v. 69, p. 121-126, 2003.
FREITAS, Clara Maria Silvestre Monteiro. Da emoção à contradição no esporte: uma reengenharia da modernidade. Recife: EDUPE, 2005.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade.Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
______; BECK, Ulrich; LASH, Scott.Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna.Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997.
______. As Conseqü.ncias da Modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991. GUIVANT, Julia. A trajetória das análises de risco: da periferia ao centro da teoria social. Revista Brasileira de Informações Bibliográficas– ANPOCS,n. 46, p. 3-38, 1998.
HARVEY, David. A condição pós-moderna: Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2001.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. Tradução João Paulo Monteiro. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
IMPERATO, Pascal; Mitchells, John. Acceptable risks. New York: Viking, 1985.
LAVOURA, Tiago Nicola; MELO, Cíntia Cristina; MACHADO, Afonso Antonio. Estados Emocionais na Prática Esportiva: Relações Entre Medo e Vergonha no Contexto Esportivo. Revista Brasileira de Ciência e Movimento,v. 15, n. 3, p. 79-77, 2007.
LE BRETON, David. Condutas de risco: dos jogos de morte ao jogo de viver. Tradução Lólio Lourenço de Oliveira. Campinas: Autores Associados, 2009.
______. Aqueles que vão para o mar: O risco e o mar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 28, n. 3, p.9-19, 2007a.
______. A Sociologia do Corpo. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2007b.
______. Risco e Lazer na Natureza. In: In: MARINHO, Alcyane e BRUHNS, Heloisa Turini. Viagens, Lazer e Esporte: o espaço da natureza. Barueri: Manole, 2006,p. 94-117.
LESHEM, E. et al. Clinical Features of Patients with severe altitude illness in Nepal. Journal of Travel Medicine, v. 15, n. 5, p. 315-322, 2008.
LIPOVETSKY, Gilles. A sociedade pós-moralista: crepúsculo do dever. Tradução: Armando Braio Ara. Barueri: Manole, 2005.
MAFFESOLI, Michel. Os tempos das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
MARINHO, Alcyane. Lazer, Aventura e Risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza. Revista Movimento. Porto Alegre, v. 14, n. 02, p. 181-206, 2008.
MCLAUGHLIN, Kyle et al.Pattern of Injury and Illness During Expedition-Length Adventure Races. Oficial Journal of the Wilderness Medical Society, v. 17, n. 3, p.158-161, 2006.
PIMENTEL, Giuliano. Gomes. A. Ritos e risco na prática do vôo livre. Movimento. Porto Alegre, v.14, n. 3, p. 13-32, 2008.
RYAN, Chris. Risk Acceptance in Adventure Tourism – Paradox and Context. In: WILLKS Jeff, PAGE, Stephen. Managing tourism health and safety in the new millennium. Oxford, UK: Pergamon, 2003. p. 55-67
SLOVIC, Paul. WEBER, Elke. Perception of risk posed by extreme events. Columbia University and Wissenschaftskollegzu Berlin. In Risk Management Strategies in an Uncertain World Conference, April, 2002. Disponível em: http://ssdb.ldeo.columbia.edu/chrr/documents/meetings/roundtable/white_papers/slovic_wp.pdf . Acesso em: 23 jun. 2010.
SILVA, Priscilla Pinto Costa; FRENTAS, Clara Maria Silvestre Monteiro. Emoções e riscos nas práticas corporais na natureza: uma revisão sistemática. Motriz. Rio Claro, v.16, n. 1, p. 221-230, 2010.
SPINK, Mary Jane P. Trópicos do discurso sobre risco: risco-aventura como metáfora na modernidade tardia. Caderno Saúde Pública, v. 17, n. 6, p. 1277-1289, 2001.
TURNER, B.; WYNNE, B. Risk communication. In: DURRANT, J. Biotechnology in public: a review of recent research. London: Science Museum, 1992.
TAHARA, A. K.; DIAS, V. K.; SCHWARTZ, G. M. A aventura e o lazer como coadjuvantes do processo de educação ambiental. Pensar a Prática, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 1-12, jan./jun. 2006.
WILDAVSKY, Aaron Public policy. Davis, B. (ed.). The genetic revolution. Scientific prospects and public perceptions. Baltimore e Londres: The John Hopkins University Press, 1991.