Entre o Tempo Livre e a Educação
Considerações sobre Juventude, Mídias e Lazer
DOI:
https://doi.org/10.35699/1981-3171.2018.1951Palavras-chave:
Adolescente, Mídias, Atividades de LazerResumo
Este ensaio reflete sobre as relações entre juventude, mídias e lazer, buscando identificar as principais demandas formativas advindas dessa relação, bem como apresentar algumas das respostas dadas a elas. A relevância dos meios de comunicação no âmbito do lazer já é antiga e remonta a um passado não tão recente em que mídias massivas como a TV já ocupavam parte significativa do tempo livre das massas. Com a ascensão das mídias digitais, surgem novos recursos voltados à informação, criação e sociabilidade, cujas potencialidades têm sido amplamente reconhecidas e divulgadas. Nesse sentido, as apropriações dos jovens são objeto de intensos debates, ora pela originalidade e vanguardismo apresentados por elas, ora pelos discursos deterministas e essencialistas que tem ocultado suas contradições e insuficiências.
Referências
ABRAMO, H. W. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. In: PERALVA, Angelina Teixeira; SPÓSITO, Marília Pontes (Org.). Revista Brasileira de Educação, n. 5-6, p. 25-36. 1997.
BAUMAN, Z. Sobre educação e juventude: conversas com RiccardoMazzeo/Zygmunt Bauman. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013. 131 p.
______. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2010. 228 p.
BOURDIEU, P. A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (Org.). Escritos de Educação. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 39-64.
BUCKINGHAM, D. Precisamos realmente pensar uma educação para os meios? Comunicação & Educação, São Paulo, ano. 20, n. 1, 2015. p. 41-60.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz & Terra, 1999.
CANCLINI, N. G. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Rio de Janeiro: Editoria UFRJ, 2009. 283 p.
CAPRINO, M. P.; MARTINEZ-CERDÁ, J. Media literacy in Brazil: experiences and models in non-formal education. Revista Comunicar, Huelva, v. 24, n. 49, 2016. p. 39-48, 2016.
DAYRELL, J. O Jovem Como Sujeito Social. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro. n. 24, 2003. p. 4-13.
______. Por uma sociologia da juventude. Centro de referencia virtual do professor, p.1-14, Set. 2010. Disponível em: < https://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7BD6965967-E284-4B3C-B005-A28EBBBE3B35%7D_Sociologia%20da%20Juventude.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2017.
EISENSTADT, S. N. De geração a geração. São Paulo: Perspectiva, 1956. 305 p.
FERRÉS, J; PISCITELLI, A. Competência midiática: proposta articulada a dimensões e indicadores. Lumina, Juiz de Fora, v. 9, n. 1, 2015. p. 1-16.
GROPPO, L. A. Juventude: ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. Rio de Janeiro: Difel, 2000. 301 p.
HALL, S. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 102 p.
IANNI, O. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. 228 p.
LEVY, P. O que é virtual. São Paulo: Ed. 34, 1996.
LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2010. 299 p.
MANEVY, A. Política da cultura digital. In: SAVAZONI, R.; COHN, S. (Org.). Cultura Digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010.
MARCASSA, L. Lazer. In: GONZÁLES, F. J.; FENSTERSEIFER, P. E. (Org.). Dicionário crítico da Educação Física. Ijuí: Editora Unijuí, 2005.
MARTIN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2009.
RIVOLTELLA, P. C. A formação da consciência civil entre o "real" e o "virtual" In: FANTIN, Monica; GIRARDELLO, Gilka. (Org.). Liga, roda, clica: estudos em mídia, cultura e infância. Campinas: Papirus, 2008. p. 41-56.
______. Knowledge, culture, and society in the information age. In: RAHMAN, Hakikur (Org.). Selected Readings on global information technology: contemporary Readings. Herschey: IGI, 2009.
PAIS, J. M. A construção sociológica da juventude – alguns contributos. Análise Social, Lisboa, Vol. 25, n. 105-106, 1990. p. 139-165.
______. Culturas juvenis. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1993. 430 p.
PAIS, J. M. Jovens e cidadania. Sociologia, Problemas e Práticas. n. 49, 2005. p. 53-70.
PARSONS, T. Sociedades: perspectivas evolutivas e comparativas. São Paulo, Livraria Pioneira, 1984. 191 p.
PÉREZ, M. A.; DELGADO, A. Da competência digital e audiovisual à competência midiática: dimensões e indicadores. Lumina, Juiz de Fora, v. 11, n. 1, 2017. p.1-21.
POSTMAN, N. O Desaparecimento da Infância. Rio de Janeiro: Grafhia Editorial, 1999. 190 p.
PRENSKY, M. Digital Natives, digital Immigrants. On the Horizon, v. 9, n. 5, p. 1–6, 2001. Disponível em: <http://www.emeraldinsight.com/10.1108/10748120110424816>. Acesso em: 12 out. 2016.
REGUILLO, R. Jóvenes y esfera pública. In: PÉREZ ISLAS, J. A. (Org.). Jóvenes mexicanos del siglo XXI. Encuesta Nacional Juventud 2000. Cidade do México: Instituto Mexicano de la Juventud-Centro de Investigación y Estudios sobre la Juventud-Secretaría de Educación Pública, 2002.
SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia? São Paulo: Edições Loyola, 2005.
SHIRKY, C. A cultura da participação: criatividade e generosidade no mundo conectado. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 210 p.
WILLIS, Paul. Aprendendo a ser trabalhador: escola, resistência e reprodução social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 241 p.
WHYTE, W. F. Sociedade de esquina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. 390 p.