Memória e Arte na Velhice
O Caso das “Meninas de Sinhá”
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.26880Palavras-chave:
Envelhecimento, Memória, ArteResumo
Buscamos compreender a relação entre a prática artística do grupo “Meninas de Sinhá” e a memória, como processo cognitivo e cultural vivenciado na velhice. A memória das brincadeiras de roda da infância constitui-se como matéria-prima de criações artísticas coletivas do grupo. Realizamos uma abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica e observação participante registrada em diário de campo. Discutimos os conceitos apropriados pela revisão bibliográfica a partir das vivências do “Meninas de Sinhá”. Concluímos que, o processo de criação pode ser um recurso para que, na velhice, perdure a escrita autoral da vida. E que, nesta escrita, a memória e outros elementos da cognição sejam preservados e estimulados. O processo de criação demanda alta atividade cognitiva, e no caso da criação coletiva, amplia a participação social e cultural, a troca de sensibilidades e cuidados.
Downloads
Referências
ARAÚJO, A. G. Apropriações de sentidos de um grupo cultural de cantigas de roda. 2014. 203 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014.
BAKTHIN, M. Questões de literatura e de estética. São Paulo: Editora Hucitec, 1988 apud SALLES, C. A. Gesto Inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP / Annablume, 1998b.
BRAMANTE, A. C. Lazer: concepções e significados. Licere. Belo Horizonte, v.1, n.1, p. 9-17, 1998. Disponível em: http://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/1552. Acesso em: 01 jun. 2019.
______. O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. 259 p.
ECKERT, C. A vida em outro ritmo. In: BARROS, M. (org.) Velhice ou terceira idade? Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2000. p.169-206.
FERREIRA, M. L. Memória e velhice: do lugar da lembrança. In: BARROS, M. (org.) Velhice ou terceira idade? Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2000. p. 207-222.
GIL, T. N. Meninas de Sinhá: a reinvenção da vida nas tramas do discurso musical. 2008. 190 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
GOMES, C.; ELIZALDE, R. Horizontes latino-americanos do lazer. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. 343 p.
MENINAS DE SINHÁ. Daqui do Alto [DVD]. Belo Horizonte, 2014.
MINAYO, M. C. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 80 p.
MUCIDA, A. Escrita de uma memória que não se apaga: envelhecimento e velhice. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 149 p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2005. 59 p.
OSTETO, L. Danças circulares na formação de professores: a inteireza de ser na roda. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2014. 190 p.
SALLES, C. A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP / Annablume, 1998. 185 p.
______. Redes de criação: construção da obra de arte. São Paulo: Editora Horizonte, 2006.
SOUZA, J.; CHAVES, E. O efeito do exercício de estimulação da memória em idosos saudáveis. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.9, n.1, p.13-19, março 2005. Disponível em: https://www.periodicos.usp.br/reeusp/article/view/41430/45015. Acesso em: 01 jun. 2019.
TADIÉ, J.Y; TADIÉ, M. Le sens da la mémorie. Paris: Gallimard, 1999, apud SALLES, C. A. Redes de criação: construção da obra de arte. São Paulo: Editora Horizonte, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.