Torceres
Pensando Diferentes Possibilidades de Pertencimento Clubístico
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.32455Palavras-chave:
Torcedoras, Torcer, Gênero, Pertencimento Clubístico, Polifiliação ClubísticaResumo
Partindo do conceito de pertencimento clubístico, traçamos reflexões sobre fidelidade, exclusividade e imutabilidade, comumente acionadas para legitimar a relação torcedor-clube. No diálogo com quatro pesquisas, identificamos elementos que, de diferentes modos, tensionam tais aspectos. Na experiência de mulheres casadas com jogadores de futebol, encontramos uma polifiliação com diferentes nuances entre torcer para o “time de coração” e para clubes nos quais jogam ou jogaram os cônjuges: formas de torcer marcadas por diferentes intensidades e modos de engajamento. Para torcedoras organizadas, a construção do torcer próprio é permeada por relações desiguais de gênero, concessões e, até mesmo violências, que sustentam os padrões de um “torcer genuíno". E, por fim, no caso de uma torcedora travesti, a cisheteromasculinidade atua a excluindo do universo futebolístico, e o acolhimento acontece no clube rival.
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