O Preço da Música
Notas sobre o Trabalho Musical Feminino na Sociedade Escravocrata do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.32472Palavras-chave:
Música, Trabalho Musical Feminino, História do Século XIXResumo
Este artigo tem por objetivo discutir o preço da música no Rio de Janeiro oitocentista e como a produção musical fez parte da cultura, do lazer e do entretenimento daquela sociedade escravocrata, tendo por referência um recorte temporal de pouco mais de 25 anos (1852-1879). A análise apresentada considerará as relações de trabalho baseadas no trabalho forçado e na presença incipiente do dinheiro e do trabalho assalariado como pano de fundo para o desenvolvimento das atividades relacionadas à música e sua influência nos modos de vida da época. Para tanto, farei um breve registro da implantação dos serviços musicais na cidade e seus impactos na vida de um expressivo contingente de mulheres, tanto do ponto de vista do entretenimento quanto do ponto de vista da música como atividade laboral. A ênfase da discussão estará nas musicistas profissionais e nas visões contrastantes que esta sociedade tinha sobre o trabalho artístico.
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