O Brincar e e Criança em Tratamento Oncológico

Relações para além da Dimensão Terapêutica

Autores

  • André da Silva Mello Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Luísa Helmer Trindade Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Emmily Rodrigues Galvão Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Giuliano Gomes de Assis Pimentel Universidade Estadual de Maringá (UEM)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.34867

Palavras-chave:

Criança, Jogos e Brinquedos, Neoplasias

Resumo

Analisa as relações que crianças em tratamento oncológico estabelecem com os jogos e as brincadeiras mediadas por um projeto de extensão universitária. Trata-se de um Estudo de Caso Etnográfico, cujo foco é o projeto Brincar é o Melhor Remédio, desenvolvido por meio de parceria entre a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (ACACCI) e o Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e Seus Fazeres (NAIF), do Centro de Educação Física e Desportos da UFES. Pela categoria “com olhos de criança”, destacamos as experiências do projeto que promovem o brincar como direito das crianças, centrado em suas subjetividades e autorias. Propomos que a mediação com esse “olhar”supera o viés utilitarista, cujo foco principal é a adesão ao tratamento.

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Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O Brincar e e Criança em Tratamento Oncológico: Relações para além da Dimensão Terapêutica. (2021). LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 24(2), 97-119. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.34867