Arquitetura Escolar e as Experiências Lúdicas: Aproximações através de Diretrizes de Projeto para os Espaços Livres Escolares da Rede Municipal de Ensino de Curitiba/PR
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41724Palavras-chave:
Arquitetura escolar, Cultura lúdica, Espaços livres, Lazer, Avaliação pós-ocupaçãoResumo
O lazer na infância, que diz respeito aos jogos e brincadeiras, é uma importante dimensão da vida, pois contribui para o desenvolvimento humano criativo e emancipatório, e para o enriquecimento da cultura lúdica. Nas escolas, essas experiências encontram seu lugar mais privilegiado nos espaços livres, como pátios, quadra e jardins, os quais propiciam uma maior variedade de práticas lúdicas espontâneas. Contudo, apesar da importância desses espaços para as crianças, eles tendem a ser menos explorados e valorizados nos projetos arquitetônicos escolares. Dessa forma, esta pesquisa parte da seguinte questão: ‘Como os projetos dos espaços livres das escolas municipais de ensino fundamental de Curitiba/PR podem contribuir para as experiências lúdicas das crianças nos momentos de lazer?’, e tem como objetivo geral identificar diretrizes de projeto para os espaços livres das escolas municipais de ensino fundamental de Curitiba/PR, que possam contribuir para as experiências lúdicas das crianças. Para isso, foi utilizada a Avaliação Pós-Ocupação (APO) como abordagem metodológica, e a construção dos dados se deu a partir de entrevista com a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, visitas em escolas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, atividade de escuta com as crianças e busca por referenciais de projeto. Os resultados alcançados neste trabalho apontam que os projetos para os espaços livres escolares podem contribuir para as experiências lúdicas das crianças ao dialogar mais com a cultura lúdica local, ao envolver a comunidade escolar no processo de projeto, ao proporcionar condições ambientais mais confortáveis, ao se relacionar com o entorno da escola, ao contribuir para que o intervalo seja uma experiência mais democrática para todos e ao promover contato com mais elementos naturais. Neste sentido, as diretrizes de projeto para os espaços livres escolares desenvolvidas nesta pesquisa são uma ferramenta, através da qual, busca-se a concretização dessas intenções.
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