A Bicicleta como Elemento da Paisagem Cultural de Fortaleza
Experiências e Imaginários sobre a Cidade
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2024.52159Palavras-chave:
Bicicleta, Fortaleza, Experiência urbana, Paisagem culturalResumo
A presença das bicicletas em Fortaleza, uma capital brasileira que tem ampliado a oferta de rotas cicláveis, ciclovias e ciclofaixas, é notada em diversas regiões da cidade e pode ser percebida como elemento fundamental na paisagem e tem forte influência nas alterações do tecido urbano de Fortaleza, desde a intensa manifestação cidadã em sua defesa como meio de transporte ou através da arte urbana. O estudo baseia-se em pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, com observação participante e realização de grupo focal; traz reflexões sobre a bicicleta como bem simbólico, como elemento comunicativo, indutor do direito à cidade e instrumento de desenvolvimento urbano sustentável. Dialogando com Armando Silva (2014), Jane Jacobs (2011), Michel Maffesoli (2014), Fernanda Sánchez (2010), Jean-Mar Besse (2014), arguimos a importância do artefato bicicleta como elemento dinâmico na composição da paisagem cultural de Fortaleza.
Downloads
Referências
ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2012.
BATISTA, Rosana. Cidade em trânsito: as Fortalezas que embarcam no Grande Circular. Universidade Federal do Ceará, 2021.
BESSE,Jean-Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: Editora UERJ, 2014.
BORJA, Jordi; CASTELLS, Manuel. As cidades como atores políticos. In: Novos Estudos – CEBRAP. São Paulo, n.45, p.152-166, 1996.
CAIAFA, Janice. Jornadas urbanas. Exclusão, trabalho e subjetividade nas viagens de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
CRUZ, Renata Rôla M. CAVALCANTE, Sylvia Cavalcante, MARTINS, José Clerton de O. Mobilidade, lazer e sustentabilidade: a bicicleta no contexto urbano da cidade de Fortaleza. Licere. Belo Horizonte, v.21, n.1, mar/2018.
CRUZ, William. Como surgiram as gosthbikes. Vá de Bike.org. 4 de março de 2022. Disponível em https://vadebike.org/2022/03/origem-ghost-bike-morte-ciclistas-bicicleta-branca/ Acesso em janeiro de 2024.
DIÁRIO DO NORDESTE, Fortaleza, 04 ago., 2013. Grupo pinta ciclofaixa na Ana Bilhar. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/grupo-pinta-ciclofaixa-na-ana-bilhar-1.383634. Acesso em jan,2024.
FORTALEZA. Lei Nº 10.303. Institui a Política de Transporte Cicloviário. Aprova O Plano Diretor Cicloviário Integrado do Município de Fortaleza. Diário Oficial do Município de Fortaleza de 23 de dezembro de 2014.
FORTALEZA. Lei Nº 10.752. Altera o Art. 15 da Lei Nº 10.408/2015, para destinar os recursos provenientes do sistema rotativo zona azul para a política cicloviária do município de Fortaleza. Disponível em: https://sapl.fortaleza.ce.leg.br/ta/8/text?
GUATTARI, Félix. O inconsciente maquínico: ensaios de esquizo-análise. Campinas: Papirus, 1988.
HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Tradução de Carlos S. Mendes Rosa. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
LEFEBVRE. Henri. O direito à cidade. São Paulo: Ed. Documenta, 1969.
MAFFESOLI, Michel. Homo Eroticus: as comunhões emocionais. São Paulo: Forense Universitária, 2014.
NILO, Fausto. Fausto Nilo: inédito. Fortaleza, 2023. Entrevista concedida a Janayde de Castro Gonçalves.
NOBRE, Ana Luiza. Morte e vida de grandes cidades. Apresentação da edição brasileira. São Paulo, 2011.
O POVO. Ceará ocupa o segundo lugar no mercado de blindagem no Brasil. 22 de agosto de 2018. Disponível em https://www.opovo.com.br/noticias/economia/2018/08/ceara-ocupa-o-2-lugar-no mercado-de-blindagem-no-brasil-diz-forneced.html. Acesso em janeiro de 2024.
OLIVEIRA, Rogerio. Devagar quase parando: o uso da bicicleta como ferramenta para o estudo da paisagem. In: OLIVEIRA R, Lazos A. (org.) Geografia Histórica do Café no Vale do Rio Paraíba do Sul. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2018.
PINHEIRO, Denise. A bicicleta na construção das paisagens culturais: um método de experienciação da rota cicloviária da Ilha do Governador, RJ. Rio de Janeiro: UFRJ, 2018.
PONTE. S. R. Fortaleza Belle Époque: reforma urbana e controle social 1860 – 1930. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001.
PREFEITURA DE FORTALEZA. Plano Diretor Cicloviário Integrado de Fortaleza (PDCI). Secretaria Municipal de Infraestrutura. 2015. Disponível em: https://mobilidade.fortaleza.ce.gov.br/images/pdf/PDCI_FORTALEZA.pdf. Acesso em janeiro de 2024.
SAMPAIO, Alana Norberto. Proposta de implantação do sistema cicloviário do Campus Pici - UFC: estudo da 1ª etapa. 2018. 75 f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
SANTOS, M; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.
SCHETINO, André Maia. Pedalando na Modernidade: a bicicletas e o ciclismo no Rio de Janeiro e em Paris na transição dos séculos XIX-XX, 2007.
SILVA, Armando. Imaginários: estranhamentos urbanos. Tradução: Carmen Ferrer. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2014.
SOARES, André, GUTH, Daniel (Org.). O Brasil que pedala: a cultura da bicicleta nas cidades pequenas. Rio de Janeiro: Ed. Jaguatirica, 2018.
ZHONG, Raymond. Venda de bicicletas cresce mais de 100% mesmo durante pandemia. Revista Exame. 27 de setembro de 2020. Disponível em https://bityli.com/zlBAq0 Acesso em janeiro de 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
