Teorias do Lazer e Modernidade

Problemas e Definições

Autores

  • Cleber Augusto Gonçalves Dias Universidade Federal de Goiás (UFG)

DOI:

https://doi.org/10.35699/1981-3171.2009.846

Palavras-chave:

História, Lazer, Modernidade

Resumo

Este trabalho quer discutir os limites e as possibilidades das proposições teóricas que apresentam o lazer enquanto um fenômeno moderno. Mais particularmente, o objetivo aqui é identificar as fontes intelectuais de tais teorias, as concepções majoritárias em que se registra o emprego dos conceitos de modernidade ou de sociedade moderna, bem como as suas respectivas implicações para os estudos do lazer, especialmente no âmbito de pesquisas históricas, mais especificamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. 6.ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2003.

ARIÈS, Philippe. Por uma história da vida privada. In: ______; DUBY, Georges (Dir.). História da vida privada: da renascença ao século das luzes. v. 3. São Paulo: Companhia das letras, 1991. p. 7-20.

BAUDELAIRE, Charles. Sobre a modernidade. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

_________. O Salão de 1846. In: BAUDELAIRE, Charles. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 671-731.

BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. 3. ed, 2. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 2000.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das letras, 2007.

BLAJ, Ilana. Agricultores e comerciantes em São Paulo nos inícios do século XVIII: o processo de sedimentação da elite paulista. Revista Brasileira de História, v. 18, n. 36, p. 281-296, 1998.

CABRAL, Diogo de Carvalho. Floresta, política e trabalho: a exploração das madeiras- de-lei no Recôncavo da Guanabara (1760-1820). Revista Brasileira de História, v. 28, n. 55, p. 217-241, 2008.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle epoque. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 2001.

CHATEUABRIAND, François R. Memorias de ultratumba. Madrid: Alianza, 2005. _________. Mémoires d'outre-tombe. Paris: Garnier Freres, 1947.

CROWTHER, Margaret A. The workhouse system (1834-1929): the history of an English social institution. Athens: Univ. Giorgia, 1982.

CORBIN, Alain. A história dos tempos livres. In: CORBIN, Alain (Ed.). História dos tempos livres: o advento do lazer. Lisboa: Teorema, 2001. p. 5-18.

DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das letras, 1990.

DECCA, Edgar de. E. P. Thompson: tempo e lazer nas sociedades modernas. In: BRUHNS, Heloísa T. (Org.). Lazer e ciências sociais: diálogos pertinentes. São Paulo: Chronos, 2002. p. 57 – 74.

DEL PRIORE, Mary. Festas e utopias no Brasil colonial. São Paulo: Brasiliense, 1994.

DRIVER, Felix. Power and pauperism: the workhouse systems (1834-1884). Cambridge: Cambridge Univ., 1993.

DOBB, Maurice Herbert. A evolução do capitalismo. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

DUBY, Georges. Advertência. In: DUBY, Georges. História da vida privada: da Europa feudal à Renascença. v. 2. São Paulo: Companhia das letras, 1990. p. 9-15.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. 3.ed. São Paulo: Perspectiva, 2004. _________. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva ; SESC, 1999.

DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

ELLIS, Myriam. A baleia no Brasil colonial. São Paulo: Melhoramentos; EDUSP, 1969.

EISENSTADT, Shmuel. Modernização: protesto e mudança. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.

FALCON, Francisco. Moderno e modernidade. In: RODRIGUEZ, Antonio; FALCON, Francisco. Tempos modernos: ensaios de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 223-239.

FEBVRE, Lucien. Los orígenes del espíritu moderno: libertinaje, naturalismo y mecanicismo. In: ______. Erasmo, la contrareforma y el espiritu moderno. Barcelona: Martinez Roca, 1970. p. 237-259.

FERLINI, Vera. Terra, trabalho e poder: o mundo dos engenhos no Nordeste colonial. Bauru: EDUSC, 2003.

GEBARA, Ademir. Considerações para uma história do lazer no Brasil. In: BRUHNS, Heloísa T. (Org.). Introdução aos estudos do lazer. Campinas: Ed. da Unicamp, 1997.

GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. 6. reimp. São Paulo: Unesp, 1991.

GINZBURG. Carlo. Relações de força: história, retórica, prova. São Paulo: Companhia das letras, 2002.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos sentidos. São Paulo: Ed. 34, 1998. HABERMANS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções (1789-1848). 20.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

IANNI, Octavio. Enigmas da modernidade-mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

JARVIE, Grant; MAGUIRE, Joseph. Sport and leisure in social thought. London: Routledge, 1994.

JAUSS, Hans Robert. Tradição literária e consciência atual da modernidade. In: OLINTO, Heidrun Krieger (Org). Histórias de literatura: as novas teorias alemãs. São Paulo: Atica, 1996. p. 47-100.

LE GOFF, Jacques. Na idade média: tempo da Igreja, tempo do Mercador. In: ______ . Para um novo conceito de idade média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa, 1993a. p. 43-60

LE GOFF, Jacques.. O tempo de trabalho na “crise” do século XIV: do tempo medieval ao tempo moderno. In: LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de idade média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa, 1993b. p. 61-74.

_________. Antiguo / Moderno. In: LE GOFF, Jacques. Pensar la historia: modernidad, presente, progresso. Barcelona: Paidos, 1991. p. 145-173.

LOYN, Henry (Ed.). Dicionário da Idade Média. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

MACHADO, José Pedro. Dicionário etimológico de língua portuguesa – com a mais antiga documentação escrita e conhecida de muitos vocábulos estudados. v. 2, 2. ed. Lisboa: Confluência, 1967.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. 6. de. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MARCASSA, L. A invenção do lazer: educação, cultura e tempo livre na cidade de São Paulo (1888-1935). Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2002.

MARX, Karl. Prefácio. In: ______. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

MELO, Victor (Org.). Lazer: olhares multidisciplinares. São Paulo: Alínea, 2009. No prelo.

PÁDUA, José Augusto. “Aniquilando as naturais produções”: crítica iluminista, crise colonial e as origens do ambientalismo político no Brasil (1786 – 1810). Dados, Rio de Janeiro, v. 42, n. 3, p. 497 – 538, 1999.

PARKER, Robert. A sociologia do lazer. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

PEREIRA, Belmiro Fernandes. Antigos e modernos: o humanismo norte-europeu nas retóricas peninsulares do século XVI. Península: Revista de Estudos Ibéricos, n. 5, p. 93-101, 2008.

PERRAULT, Charles. Festiva ad capita annulumque decursio a Rege Ludovico XIV, principibus, summisque aulae proceribus edita anno M.DC.LXII. Urbana Champaign: University of Illinois, 1989.

RAMONEDA, Arturo. Prólogo: la obra literaria y politica de Chateaubriand. In: CHATEUABRIAND, François R. Memorias de ultratumba. Madrid: Alianza, 2005. p. 7-43.

RODRIGUEZ, Antonio. A querela entre antigos e modernos: genealogia da modernidade. In: RODRIGUEZ, Antonio; FALCON, Francisco. Tempos modernos: ensaios de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 241-285.

SEMINARIO "O LAZER EM DEBATE", 10. 2009, Belo Horizonte. Coletânea... Belo Horizonte: UFMG, 2009.

SILVA, Luiz Geraldo. A faina, a festa e o rito: uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (séculos XVII ao XIX). Campinas: Papirus, 2001.

SOMESSO, João. CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL DE LISBOA. Cancioneiro da Biblioteca Nacional: antigo Colocci-Brancuti. v. 2. Lisboa: Edições da R. de Portugal, 1949. Edição fac-similada.

THOMPSON, Eduard P. O tempo, a disciplina do trabalho e o capitalismo. In: ______ . Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 267-303.

TOMLINSON, Alan. Ócio. In: OUTHWAITE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 533-534.

Downloads

Publicado

2009-09-20

Como Citar

Dias, C. A. G. (2009). Teorias do Lazer e Modernidade: Problemas e Definições. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 12(3). https://doi.org/10.35699/1981-3171.2009.846

Edição

Seção

Artigos de Revisão