Arte e estilo nas estearias maranhenses

Autores

  • Alexandre Guida Navarro Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Palavras-chave:

Arte, estilo, estearias, cultura material

Resumo

Os conceitos de arte e estilo são temas concernentes tanto à Antropologia quanto à Arqueologia e, na Pré-História, geralmente, estão associados a significados semânticos que funcionam como simbolismo, veículos de mensagem cosmológica que servem para comunicar valores sociais, políticos e religiosos de uma determinada sociedade. Neste artigo tratamos de apresentar como a arte se apresenta nas estearias maranhenses, sítios palafíticos pré-coloniais que se localizam a sudoeste da Ilha de São Luís, Maranhão. Dois segmentos da arte são analisados: a mobiliária, formada por estatuetas e a gráfica, que compreende as pinturas e iconografias plasmadas no material cerâmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Guida Navarro, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Doutor em Antropologia UNAM, Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS), Departamento de História (DEHIS), Laboratório de Arqueologia (LARQ), São Luís – Maranhão.

Referências

Ab’sáber, A. N. (2006). Brasil: paisagens de exceção: o litoral e o pantanal matogrossense: patrimônios básicos. São Paulo: Ateliê Editorial.
Arnold, Dean E. (1985). Ceramic theory and cultural process. Cambridge: Cambridge UniversityPres, 1985.
Barreto, Cristiana Nunes Galvão. (2008).Meios místicos de reprodução social: arte e estilo na cerâmica funerária da amazônia antiga. Tese de doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
Binford, Lewis. Styles of style.(1989). Journal of Anthropological Archaeology, 8:51-67.
Boas, Franz. (2014). Arte primitiva. Petrópolis: Vozes, [1955].
Burke C.; Ericson, J.; Read, D. (1972) Research design: the relationships between the primary functions and the physical properties of ceramic vessels and their implications for ceramic distributions on an archaeological site. Anthropology Ucla 3: 84-95.
Conkey, Margaret. (1990). Experimenting with style and archaeology: some historical and theoretical issues. In: ConkeyM. eHastorf, C. (Orgs.) The uses of style in archaeology, pp.5-17, New Directions in Archaeology Series. Cambridge UniversityPress, Cambridge, pp.5-17.
Corrêa, Conceição G.; Machado, Ana Lúcia; Lopes, Daniel F. (1991). As estearias do lago Cajari-Ma. Anais do I simpósio de pré-história do nordeste brasileiro, Clio série arqueológica n. 4, pp. 101-103. Recife: Ufpe, pp. 101-103.
Correia Lima, Olavo; Aroso, Olir Correia Lima. (1991). Pré-história maranhense. São Luís: Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
Dietler, Michael. (2001).Feasts: archaeological and ethnographic perspectives on food, politics, and power. Boston: Smithsonian Series in ArchaeologicalInquiry.
Eliade, Mircea. (1969).O mito do eterno retorno. Lisboa: edições 70.
Ember, Carol R.; Ember, Melvin; Peregrine, Peter.(2004). Antropología. Madri: Pearson Prentice Hall.
Fisher, J. L. (1961). Art styles as a cultural cognitive maps. American Anthropologist 63: 79-93.
Franco, José Raimundo Campelo. (2012).Segredos do rio Maracu. A hidrogeografia dos lagos de reentrâncias da Baixada Maranhense, sítio Ramsar, Brasil.São Luís: Edufma.
Gell, Alfred. (1998). Art and agency: an anthropological theory. Oxford: ClarendonPress.
Geertz, C. (1989). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. Gombrich, Ernst H. (1984).The senseoforder.Londres: Phaeidon.
Gomes, Denise Maria Cavalcante.(2012).O perspectivismo ameríndio e a ideia de uma estética americana. Bol. Museu. Paraense Emílio Goeldi, vol. 7, n. 1. Belém, p. 133-159.
Gomes, Denise Maria Cavalcante. (2001). Santarém: symbolismandpower in the tropical forest. In: McEwan, Collin; Barreto, Cristiana; Neves, Eduardo (eds.). The unknown Amazon.Culture and nature in ancient Brazil. Londres: The British Museum Press, p. 134-155.
Grieder, T. (1975).The interpretation of ancient symbols.American Anthropologist 77:849-55.
Guapindaia, Vera Lúcia Calandrini. (2008). Além da margem do rio: a ocupação konduri e pocó na região de porto trombetas, PA. Tese de doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
Heckenberger, Michael. (2005). Ecologia do poder: a base simbólica da economia política na Amazônia. Amazônia além dos 500 anos. Forline, L. C.; Murrieta, R. S. S.; Vieira, I. C. G. (Orgs.). Belém: p. 39-69.
IBGE. Censo 2010.
Lagrou, Els. (2007). A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro: Topbooks, 565 p.
Lévi-Strauss, Claude. (2008). Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac &Naiff, [1958]
Lévi-Strauss, Claude. (2004).O cru e o cozido. Mitológicas 1. Tradução Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac & Naif, [1964].
Leite Filho, Deusdedit. (2010). Ocupações pré-coloniais no litoral e nas bacias lacustres do maranhão. In: Pereira, E.; Guapindaia, V. (Orgs.). Arqueologia amazônica, 2 vols. Belém: Emilio Goeldi-IPHAN. pp. 743-773.
Lopes, Raimundo. (1924). A civilização lacustre do brasil. Boletim do Museu Nacional1 (2), pp. 87-109. Rio de Janeiro.
Lopes, Raimundo. (1916).O torrão maranhense.Rio de Janeiro: Typographia do Jornal do Commercio.
Marconi, Marina de A.; Presotto, ZeliaM. (2009). Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas.
McGuire, Randall H. (1981). A consideration of style in archaeology. University of Arizona Anthropology Club Occasional Papers 2: 13-29.
Martin, Gabriela. (1966). Pré-história do nordeste brasileiro. Recife: Editora Universitária da Ufpe.
Meggers, Betty J. (1974). A reconstrução da pré-história amazônica. São Paulo: Edusp.
Müller, R. P. (1990). Os asurini do Xingu: história e arte. Campinas: Unicamp.
Navarro, A. G.(2016). O complexo cerâmico das estearias, Maranhão. In: Cerâmicas arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese, v, 1. Belém: Museu Emilio Goeldi e Iphan, v. 1, p. 158-169.
Navarro, A. G. (2013). O povo das águas: carta arqueológica das estearias da porção centro-norte da Baixada Maranhense. Caderno de Pesquisas, v. 20, n. 3. São Luís, pp. 57-64 (setembro-novembro).
Neves, Eduardo G. (2006). Arqueologia da Amazônia. Rio de janeiro: Zahar Editora.
Porro, A. (2010). Arte e simbolismo xamânico na Amazônia. Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi. Ciências Humanas. Belém, vol. 5, n.1, p. 129-144.
Porro, A. (1992). As crônicas do rio Amazonas. Notas etno-históricas sobre as antigas populações indígenas da Amazônia.Petrópolis: Vozes.
Prous, André. (2005). A pintura em cerâmica tupiguarani. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 36, n. 213, p. 22-28.
Prous, André. (1992). Arqueologia brasileira. Brasília: UnB.
Reichel-Dolmatoff, G. (1976). O contexto ritual de um alucinógeno aborígene: banisteriopsiscaapi. In: Coelho, V. P. (org.). Os alucinógenos e o mundo simbólico. São Paulo: Edusp, p. 59-104.
Reichel-Dolmatoff, G. (1971). Amazonian cosmos. Chicago: University of Chicago Press.
Renfrew, Colin; Bahn, Paul. (2004). Arqueología. Teorías, métodos y prácticas. Madri: Akal.
Roosevelt, Anna Curtennius. (1996). The origins of complex societies in Amazonia. In: Hester, T.; Laurencich-Minelli, L.; Salvatori, s. (eds.). The prehistory of the Americas. Forli: International Union of Prehistoric and ProtohistoricSciences/ a.b.c.o. Edizioni,p. 27-31.
Roosevelt, Anna. (1980). Parmana: prehistoric maize and manioc subsistence along the Amazon and Orinoco. Nova Iorque: Academic Press.
Sacket, J. R. Style and ethnicity in Archaeology: the case for isochrestism. In: Conkey, M.; Hastorf, C. (eds.). (1991). The uses of style in archaeology. Cambridge: Cambridge Press, pp. 32-43.
Sahlins, Marshall D. (1968). Tribesman.Prentice-Hall, Englewood Cliffs.
Schaan, Denise P. (2004). The camutins chiefdom. Rise and development of complex societies on Marajó island, Brazilian Amazon. Tese de doutorado, Universidade de Pittsburgh.
Schaan, Denise P. (2001). Into the labyrinths of marajoara pottery: status and cultural identity in prehistoric Amazonia. In: McEwan, Collin; Barreto, Cristiana; Neves, Eduardo (eds.). The unknown Amazon.Culture and nature in ancient Brazil. Londres: The British Museum Press.
Schaan, Denise P. (1997). A linguagem iconográfica da cerâmica marajoara: um estudo da arte pré-histórica da ilha de Marajó, Brasil (400-1300 AD). Porto Alegre: EDIPUC/RS, (coleção arqueologia, v. 3).
Silver, H. R. Ethnoart. (1979). Annual Review of Anthropology, vol. 8, p. 267-307.
Simões, M. F. (1981). As pesquisas arqueológicas no museu paraense Emílio Goeldi (1870-1981). Acta Amazonica, Manaus, v. 11, n. 1. Suplemento.
Simões, M. F; Araújo-Costa, F. (1978). Áreas da Amazônia legal brasileira para pesquisa e cadastro de sítios arqueológicos. Publicações avulsas do Museu Goeldi, Belém.
Velthem, Lucia Hussak Van. (1992). Das cobras e lagartas: a iconografia Wayana. In: Vidal, Lux (org.). Grafismo indígena. São Paulo: Studio Nobel/Fapesp/Edusp.
Vidal, Lux. (1992). A pintura corporal e a arte gráfica entre os Kayapó-Xikrin do Cateté. In: Vidal, Lux (org.). Grafismo indígena. São Paulo: Studio Nobel/Fapesp/Edusp, p. 143-189.
Viveiros de Castro, Eduardo. (2002). A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac&Naif.
White, Leslie A. (1949). The science of culture. Nova Iorque: Farrar, Straus and Co.

Downloads

Publicado

2018-10-04

Edição

Seção

Artigos