O conceito de ruína nas coleções dos museus de ciências e história natural

Autores/as

  • Mário Sousa Junior Universidade Federal de Minas Gerais

Palabras clave:

acervos, conservação, deterioração, ruína, perda da informação

Resumen

O armazenamento, o transito e a exibição dos objetos que constituem os acervos pertencentes às coleções dos museus de ciências e história natural constituem-se de procedimentos condicionantes e determinantes para a sua conservação e preservação. No momento em que analisamos a interação desses acervos e seus materiais constitutivos considerando o manuseio, as condições climáticas e o transcurso do tempo, os seus respectivos estados de conservação e as diretivas de preservação adotadas pelas instituições museológicas se tornam evidentes.

Torna-se cada vez menos aceitável a possibilidade de intervenções de restauração na maioria dos casos de deterioração apresentados nos citados acervos, dado ao aspecto documental por um lado e, por outro, a possibilidade ou a necessidade de reposições. Casos que envolvem o aspecto documental são mais complexos e definidos pela perda total da informação contida e aportada ao objeto já patrimoniado e musealizado.

A partir deste ponto propomos uma discussão sobre o conceito de ruína nesses acervos com um olhar para a História da conservação e restauração de bens culturais e para a História dos museus e suas coleções, no momento que indagamos sobre quais relações existem entre o envelhecimento e a informação, a total degradação do objeto causando inexoravelmente a sua perda irreversível e a possibilidade iminente da perda da informação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abreu, R. (1996). Síndrome de museus? Série Encontros e Estudos-Funarte.2: 51-68.
Benjamin, W.(1990) [1925]. El origen del drama barroco alemán. Taurus: Madrid. p.76.
Brandi, C. (2011). Teoría de la restauración. Alianza Forma: Madrid. p.43.
Calvo, A. (1997). Conservación y restauración: materiales, técnicas y procedimientos de la A la Z. Serbal: Barcelona. p.199.
Castro, A.A.N (2013). Do restaurador de quadros ao conservador-restaurador de bens culturais: o corpus operandi na administração pública brasileira de 1855 a 1980. (Tese doutoral) – Universidade Federal de Minas Gerais. 255p.
Cirlot, J. E. (1991). Diccionario de los símbolos. Labor: Barcelona. p.394.
Fonseca, M. C. L. Da modernização à participação: a política federal de preservação nos anos 70 e 80. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 24: 153-163.
Froner, Y. (1995). Conservação preventiva e patrimônio arqueológico e etnográfico: ética, conceitos e critérios. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. 5: 295.
Gleizer, R. (1995). Do teatro da memória ao laboratório de história: a exposição museológica e o conhecimento histórico. Anais do Museu Paulista. 3: 99.
Hegel, G.W. F. (2004) [1837]. Lecciones sobre la filosofía de la historia universal Alianza: Madrid. p.47.
Julião, L. (2002). Apontamentos sobre a história do museu. Caderno de diretrizes museológicas. 1: 24.
Lima, T. A. (2001). A proteção do patrimônio arqueológico no brasil: omissões, conflitos, resistências. Revista de Arqueologia Americana. 20: 51-79.
Meneses, U.T.B. (1994). Do teatro da memória ao laboratório de história: a exposição museológica e o conhecimento histórico. Anais do Museu Paulista.2:118-121.
Oliveira, M.A.M. (1989). Museu: memória e acervo. Comunicações e Artes. 22:80.
Peters, R. F. (2016) The parallel paths of conservation of contemporary art and indigenous collections. In: Studies in Conservation, 2: 183.
Poulot, D. (2009). Uma história do patrimônio no ocidente, séculos XVIII – XXI: do monumento aos valores. Estação Liberdade: São Paulo. p.33.
Rússio, W. (1984). Cultura, patrimônio, preservação.Produzindo o passado. 59-78.
Souriau, E. (1998).Diccionario de estética.Akal: Madrid. p.977.
Sousa Jr., M.A. (2015). De la imagen de la ruina a la ruina de la imagen: un dilema para la conservación del arte contemporáneo. (Tese doctoral) – Universitat Politècnica de València. 327p.
Ustárroz, A. (1997). La lección de las ruinas. Fundación Caja de Arquitectos: Barcelona. p.12.

Publicado

2021-04-22

Número

Sección

Artigos