Biotecnologia e Bioética

Autores

  • José Geraldo de Freitas Drumond

Resumo

RESUMO: Os avanços da biotecnologia têm sido tão espetacularesquanto os desafios colocados pelo próprio ser humano no sentidode mitigar  suas necessidades básicas de nutrição, saúde e bemestar.

Esta nova realidade científico-tecnológica - cujos impactosna economia mundial já se tornam mensuráveis -, teve a suaevolução há pouco mais que meio século; no entanto, suacapacidade de transformação e intervenção no meio ambiente ena espécie humana vem provocando, a um só tempo,perplexidades científicas e éticas.

A biotecnologia na área médica vem alimentando trêsgrandes utopias humanas, que são a utopia da eternidade (pelo aumento da longevidade), a utopia da beleza (pelas mudançascosméticas) e a utopia do prazer (pelo aparecimento de novasdrogas que suprimem a dor e promovem o prazer físico e psíquico).

Mais que antes, a aplicação de novas tecnologias àmedicina e à saúde humana tem que levar em conta os princípiosfundamentais da pessoa humana, a saber: o princípio dadignidade e inviolabilidade; o princípio da não comercializaçãodo corpo humano; o princípio da não discriminação; o princípioda confidencialidade e o princípio da autonomia, através doconsentimento livre e informado.

As esperanças propiciadas no progresso técnico-científiconão têm sido satisfeitas de todo. Não tem sido o progresso aqueletranqüilo derivar para as perfeições possíveis da Natureza e do Homem. Não tem sido a Humanidade, em cujo nome se invocouo verbo da ciência, melhor quanto mais ciência teve. Quase todasas racionalidades têm se revelado irracionais em algum de seusdesenvolvimentos. Nada tem falhado mais que o êxito.

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Publicado

2007-07-01

Edição

Seção

Artigos