Decisionismo e ficção no pensamento - DOI: 10.9732/P.0034-7191.2012v105p21
Resumo
O presente artigo desafia a interpretaçãodo decisionismo de Carl Schmitt como uma espéciede ocasionalismo niilista, tal como sugerida por KarlLöwith e por muitos outros intérpretes passados epresentes. Primeiro, ele afirma que a Teologia Políticatem de ser compreendida em harmonia com o livro an-terior de Carl Schmitt, O Valor do Estado, e que isso temconsequências para a interpretação do decisionismo deSchmitt. Segundo, ele sublinha a atitude polémica deSchmitt face ao normativismo de Kelsen, mostrandoo carácter polémico das formulações de Schmitt taiscomo “a norma vem do nada”. Terceiro, ele afirma quea articulação dos conceitos de Schmitt de “norma”,“ordem” e “decisão” não nos permite ver Schmittcomo um defensor niilista de decisões arbitrárias: adecisão soberana, argumenta ele, não tem a normacomo princípio, mas tem sempre a ordem como fim.Downloads
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