Carl Schmitt: um teórico da exceção sob o estado de exceção - DOI: 10.9732/P.0034-7191.2012v105p225

Autores

  • Adamo Dias Alves
  • Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira

Resumo

O presente texto parte, em linhas gerais, deuma reconstrução do pensamento político de CarlSchmitt, em três períodos do seu desenvolvimento,acerca da situação ou estado de exceção. Após isso,será analisada a época em que Schmitt, ele mesmo,esteve sob uma situação de exceção no pós-guerra.Para isso, inicialmente será realizado um pequenorelato biográfico do autor, visando demarcar traçosdeterminantes de seu desenvolvimento teórico no seuperíodo pré-weimariano. Em seguida, serão apresentadasbrevemente algumas das teses constantes dassuas obras mais famosas de 1919 a 1932, destacandoas características do pensamento Schmitt, sua críticaao liberalismo e ao positivismo, sua compreensão dasituação ou estado de exceção e a defesa do presidencialismoe da centralização do poder. Posteriormente,será analisada a re-significação da teoria de Schmitte seu desdobramento nos escritos nazistas de 1933até 1936, bem como seu elogio ao fascismo. Por fim,será então analisado o período em que Schmitt estevepreso pelas Forças Aliadas, no imediato pós-guerra.Os interrogatórios a que foi submetido serão analisadosbrevemente, assim como sua participação nogoverno nazista. Com a presente exposição buscar-se-áconhecer mais das implicações das teorias da excepcionalidade,sob o recorte de um de seus principaisintérpretes. Carl Schmitt conheceu a exceção comopoucos, uma vez que, além de teórico, vivenciou aexcepcionalidade no momento em que foi preso pelasForças Aliadas em 1945.

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Publicado

2013-02-05

Edição

Seção

Artigos