A congenialidade fraterna: pressuposto da comunicação como justiça - DOI: 10.9732/P.0034-7191.2013v107p331

Autores

  • Maria Helena Damasceno e Silva Megale

Resumo

O ser humano – aspirante do lógos – revela uma necessidade constante de se compreender e a seus semelhantes, buscando na comunicação a compreensão. Esta, objeto central do presente artigo, realiza sua finalidade quando apresenta algo comum àquele que fala e ao auditório, constituindo elemento essencial ao processo comunicativo a presença da congenialidade, pois é exatamente o voltarem-se para o outro, na tentativa de compreenderem-se, compreendendo o alter e a si mesmos, que os homens encontram o comum de suas singularidades e podem coexistir inter e plurissubjetivamente, alcançando a liberdade, fator de existência de amigos, na intimidade privada e no espaço público, desde que aquele que se mostra signifique o ser visto em suas verdadeiras possibilidades de existência, aparecendo na reluzência da verdade e da justiça, o que não tem ocorrido em diversos contextos, principalmente no político. Possivelmente, o que faz
refletir sobre este tema, sobretudo diante das ações repetidas de corrupção, fraudes e crimes a associarem o político à falácia, seja a esperança na construção de um espaço público, no qual os homens e as mulheres assumam uma aparência explícita, isto é, cada um se revele ao outro tal como possível, na palavra e na ação,de modo cordial e justo.

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Biografia do Autor

Maria Helena Damasceno e Silva Megale

Professora Titular de Filosofia do Direito da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2014-03-19

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Seção

Artigos