A LIBIDO EM FREUD E O “DESEJO DE SER DEUS” EM SARTRE

UMA POSSÍVEL RELAÇÃO?

Autores

  • Marcelo Vinicius Miranda Barros Universidade Federal da Bahia - UFBA

Resumo

Para Sartre, a libido não pode ser evidente por si mesmo e não pode ser irredutível a investigação, como quer a psicanálise freudiana. Ao invés da libido como energia da pulsão que impulsiona o sujeito na busca incessante de seu alvo, Sartre conceitua o Para-si (sempre consciência de alguma coisa que não é), que caracteriza a consciência humana e que está sempre questionando o seu ser, buscando ser completo ou “Desejando ser Deus”, que é a aspiração humana de encontrar fundamento para as suas ações. Ser Deus, fundamento de si e plenitude, é a tentativa do sujeito em preencher o seu vazio. Assim, interroga-se se o “Desejo de ser Deus” como a aspiração humana mais profunda não pode ser uma espécie de ferramenta, como a libido de Freud? Há uma possível relação entre essas duas premissas?

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Biografia do Autor

Marcelo Vinicius Miranda Barros, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e mestrando em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, com pesquisas na filosofia de Jean-Paul Sartre. É membro do GT de Filosofia Francesa Contemporânea, da ANPOF, e integrante do grupo de pesquisa 'Fenomenologia e Existencialismo', da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF/CNPq. Foi bolsista do projeto de pesquisa 'Sartre e as fronteiras da escolha', financiado pelo CNPq/UEFS. Fez parte da equipe editorial da Revista Ideação do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas Em Filosofia - NEF/UEFS. Foi editor da Revista de Filosofia Sísifo. Atua principalmente nas seguintes áreas e temas: existencialismo, fenomenologia, filosofia da psicologia, filosofia social, corpo e subjetividade.

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Publicado

2020-01-27