A LIBIDO EM FREUD E O “DESEJO DE SER DEUS” EM SARTRE
UMA POSSÍVEL RELAÇÃO?
Abstract
Para Sartre, a libido não pode ser evidente por si mesmo e não pode ser irredutível a investigação, como quer a psicanálise freudiana. Ao invés da libido como energia da pulsão que impulsiona o sujeito na busca incessante de seu alvo, Sartre conceitua o Para-si (sempre consciência de alguma coisa que não é), que caracteriza a consciência humana e que está sempre questionando o seu ser, buscando ser completo ou “Desejando ser Deus”, que é a aspiração humana de encontrar fundamento para as suas ações. Ser Deus, fundamento de si e plenitude, é a tentativa do sujeito em preencher o seu vazio. Assim, interroga-se se o “Desejo de ser Deus” como a aspiração humana mais profunda não pode ser uma espécie de ferramenta, como a libido de Freud? Há uma possível relação entre essas duas premissas?