PIRA QUEM A MUSA INSPIRA: Uma leitura do Íon de Platão

Autores

  • Rafael Guimarães Tavares Silva UFMG

Palavras-chave:

Platão. Poética. Íon. Inspiração.

Resumo

Pretendemos abordar o tema da inspiração poética no Íon de Platão, um diálogo em que o filósofo parece sugerir principalmente os aspectos negativos da possessão divina na performance do rapsodo. Sob influência de uma manía [loucura] inspirada pela divindade, fica indicado que quem apresenta e interpreta poemas encontra-se desprovido de razão e não pode dar conta daquilo que faz. Ainda assim, inúmeros argumentos sugeridos ao longo do diálogo permitem questionar essa primeira leitura, de modo a relativizar a radicalidade aparente do cisma entre ato poético e ato filosófico (na contramão do que muitas das interpretações tradicionais do Íon levam a crer). Nossa leitura privilegia alguns desses aspectos tradicionalmente deixados à sombra, a fim de iluminar uma nova compreensão do ato poético – tornada possível a partir do próprio Íon.

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Biografia do Autor

Rafael Guimarães Tavares Silva, UFMG

Estudante de Língua e Literatura Clássicas (Grego Antigo) pela UFMG, com interesses que vão da Filosofia (Antiga e Contemporânea) à Teoria da Literatura, além de teoria e prática da Tradução.

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Publicado

2017-08-27