O argumento do morcego em perspectiva: subjetivo e objetivo em Thomas Nagel
Palabras clave:
Thomas Nagel, problema mente-corpo, fisicalismo, argumento do morcego, subjetivo vs. objetivo.Resumen
No célebre artigo “Como é ser um morcego?”, Thomas Nagel argumenta contra o reducionismo sobre a consciência, segundo o qual eventos mentais podem ser suficientemente descritos a partir de noções como comportamento ou processos físicos. Apesar do artigo ser bastante discutido fora do contexto mais amplo de sua obra, vale a pena inseri-lo na estrutura mais geral de seu pensamento, especialmente a partir da distinção que Nagel faz entre o subjetivo e o objetivo. É o que faço aqui. Além disso, apresento outra distinção importante, aquela entre dois tipos de objetividade: a objetividade científica e a objetividade mental. Esta última inclui a consciência, mas ainda assim deixa de fora parte do real, a realidade subjetiva – que diz respeito aos diferentes pontos de vista. Por sua vez, a noção de subjetividade em Nagel pode ser entendida enquanto uma tese sobre a compreensão (Thomas, 2009) ou enquanto uma tese ontológica. Cada uma das teses, por sua vez, com diferentes consequências filosóficas, com as quais concluirei.