PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DE DIQUES MÁFICOS MESOZOICOS E CAMBRIANOS(?) DE MINAS GERAIS: COMPARAÇÕES COM BASALTOS DA PROVÍNCIA PARANÁ-ETENDEKA E COM DIQUES DA SUÍTE FUNDÃO
DOI:
https://doi.org/10.18285/geonomos.v24i1.826Keywords:
Diques máficos de Minas Gerais, Petrografia, Litoquímica, Cretáceo, Cambriano.Abstract
Resumo
Minas Gerais (MG) guarda diversas gerações de diques máficos, com idade desde o Paleoproterozoico ao Cretáceo. Datam do Cretáceo os enxames de diques Transminas e Serra do Mar, e há possíveis representantes do Cambriano denominados Suíte Fundão, descrita no estado vizinho do Espírito Santo (ES). Macroscopicamente, todas estas rochas são semelhantes entre si, sendo diabásios de granulação fina. Microscopicamente, são hipo- a holocristalinas com textura subofítica. Os diques cretáceos são olivina gabros/olivina basaltos (assim como os basaltos da província Paraná-Etendeka), enquanto que os cambrianos são gabro noritos. Litoquimicamente, todos estes diques são basaltos toleíticos com algum grau de contaminação crustal, sendo os cretáceos de alto Ti e os cambrianos de baixo Ti. Apenas dois diques entre os diques estudados, pertencentes ao enxame Serra do Mar, são andesitos traqui-basálticos alcalinos. Os diagramas de elementos incompatíveis e elementos terras raras dos diques cretáceos mostram semelhanças com os da província Paraná-Etendeka, seguindo o padrão OIB, típico de plumas mantélicas. Os diques cretáceos de MG correlacionam-se geocronológica, petrográfica e litoquimicamente aos basaltos da província Paraná-Etendeka. Este magmatismo cretáceo deriva de uma fonte do tipo granada lherzolito, relacionada ao contexto geodinâmico possivelmente ligado à atividade da pluma mantélica de Tristão da Cunha. Já os diques cambrianos, tanto em MG quanto no ES, são petrográfica e litoquimicamente semelhantes entre si e guardam assinatura de basaltos enriquecidos de assoalho oceânico. Os diques da Suíte Fundão derivam de uma fonte do tipo espinélio lherzolito e estariam relacionados ao colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.
Palavras Chave: Diques máficos de Minas Gerais, Petrografia, Litoquímica, Cretáceo, Cambriano.
Abstract
PETROGRAPHY AND LITHOCHEMISTRY OF MESOZOIC AND CAMBRIAN (?) MAFIC DYKES FROM MINAS GERAIS: COMPARISON WITH ROCKS OF THE PARANA-ETENDEKA PROVINCE AND FUNDÃO SUITE. Minas Gerais (MG) keeps several generations of mafic dykes, dating from the Paleoproterozoic to the Cretaceous. From Cretaceous, there are the Transminas and Serra do Mar dyke swarms, and also there are possible representatives of the Cambrian, termed Fundão Suite, which is already described in Espírito Santo (ES). Macroscopically, all of those rocks are similar to each other being fine-grained grey dolerites. Microscopically, all of those rocks show subophitic texture. However, cretaceous dykes are olivine gabbros/olivine basalts and Cambrian dykes are gabbro norites. Lithochemically, all of these dykes are tholeiitic basalts with some degree of crustal contamination, and the Cretaceous are high Ti and the Cambrian are low Ti. Only two dykes belonging to the Serra do Mar swarm are alkaline trachybasaltic andesites. The spidergrams of incompatible and rare earth elements of the Cretaceous dykes show similarities with basalts of the Paraná-Etendeka province, following the OIB pattern, typical of mantle plumes. The Cretaceous dykes of MG correlate geochronologically, petrographic and lithochemically to the basalts of Paraná-Etendeka province. This Cretaceous magmatism derived from a garnet lherzolite source, related to the geodynamic context possibly linked to the activity of Tristan da Cunha mantle plume. The Cambrian dykes, both in MG and in ES, are petrographic and lithochemically similar to each other and show a signature of enriched ocean ridge basalts. Dykes of the Fundão Suite derived from a spinel lherzolite source and are related to the gravitational collapse of Araçuaí Orogen.
Keywords: Mafic dyke swarms of Minas Gerais, petrography, lithochemistry, Cretaceous, Cambrian.
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