Este artigo visa refletir acerca das experiências raciais vivenciadas por negros no Brasil e sua expressão na produção literária de autores negros. Em diálogo com Fanon (2008) e Nascimento (2016 [1978]), o trabalho analisa os conflitos acerca da narrativa racial construída no país, com ênfase no movimento de “contranarrativa” organizado por autoras negras. Em articulação com Conceição Evaristo (2005) localiza a literatura negra feminina como ferramenta de disputa política e renovação da análise sociológica. Visa, por fim, compreender a realidade racial brasileira, seu papel na literatura e como este aspecto permeia as obras de autoras negras brasileiras ao longo dos últimos anos.