Partindo de uma reconstrução histórica da imigração alemã em Belo Horizonte e da trajetória da comunidade evangélica luterana nesta cidade e com base em pesquisa qualitativa, o artigo trata da questão da identidade deste grupo, considerando etnicidade e religiosidade e a relação entre ambas no que se refere à formação identitária social. Observa-se como a identidade deste grupo foi sendo construída e maleada em resposta ao contexto, a princípio com ênfase na etnicidade, e mais recente- mente, com uma preponderância da religiosidade enquanto principal elemento distintivo. Tal tendência constitui umà estratégia de sobrevivência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que tem cada vez mais se aberto a novos fiéis e se afastado de sua identificação com a Alemanha.