Este artigo visa efetuar uma análise crítica do emprego do con- ceito de “tradição arqueológica” nos estudos de arte rupestre no Brasil. Encarado apenas como uma ferramenta metodológica, o uso da noção de “tradição” possui, entretanto, sérias implicações teóricas as quais serão ex- plicitadas ao longo do texto, buscando-se ao final esboçar uma compreensão da arte rupestre alheia à primazia da imagem e da representação – elementos que são privilegiados na abordagem que se serve do conceito de “tradição”.