Este trabalho apresenta a relação da música popular latino-americana com o cinema no período de transição do cinema silencioso ao cinema sonoro, partindo da análise comparativa entre duas obras fílmicas que utilizaram maneiras peculiares para atrelar o antes utópico som às consideradas paixões na- cionais do rádio. São elas: ¡Tango!, de Luis Moglia Barth, e Alô, alô, carnaval, de Adhemar Gonzaga e Wallace Downey. Por meio de extensa pesquisa bibliográca, enriquecida a análise fílmica, buscando explanar a recepção, por parte do público, da nova tecnologia, as maneira de produção e estratégias para delização do público nacional, chega-se até as maneiras em que as tentativas de recuperação do espectador serviram de alavanca política, entremeada por um forjado discurso nacionalista.